quinta-feira, 14 de março de 2013
Brasil é o país que mais cresceu em média de anos de estudo entre os Brics, diz ONU
Apesar de ter uma média de escolaridade entre a população adulta menor que países como a vizinha Argentina, o Brasil está avançando na Educação e foi o país que mais cresceu em média de anos de escolaridade entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), segundo dados do Relatório do Desenvolvimento Humano de 2013 do PNUD (Programa das Nações Unidas Desenvolvimento), divulgado nesta quinta-feira (14) pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Em 1990, a média de anos na escola do brasileiro adulto (25 anos) era de 3,8 anos. Em 2012, este número quase dobrou, chegando a 7,2 anos.
Segundo o coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil e representante do PNUD no País, Jorge Chediek, esses avanços fazem do País um exemplo entre os demais.
— O país passa a ser reconhecido como país que tem mudado o padrão histórico em muito pouco tempo. Hoje, os indicadores mostram que são mais de sete anos de estudo e há 20 anos eram pouco mais de três. Isso significa que um menino brasileiro que entra na escola hoje tem expectativa de estudar igual um menino de país desenvolvido.
Apesar dos dados positivos, a representante do PNUD, Daniela Gomes, explica que o Brasil ainda tem muito a avançar e que há uma "dívida história" com os brasileiros na educação.
— O Brasil é o país que mais cresceu entre os Brics na média de anos de estudo. Em 1990, foram 3,8 anos de estudo, enquanto Argentina tnha 7,9 anos. Hoje, são 7,2 anos, na Argentina, 9,3 anos. Não é de um ano para outro que você muda a média de anos de estudo de uma população. O relatório mostra a dinâmica histórica brasileira. A partir de 1990 o Brasil tem mudanças que permitem hoje o Brasil crescer com mais qualidade, mas ainda há dívida história com educação.
Críticas do governo
Apesar dos dados considerados positivos pela ONU, o governo brasileiro todos os anos critica os dados divulgados pelo PNUD e diz que eles são defasados e não refletem a realidade brasileira.
O representante do PNUD confirma a defasagem dos dados e diz que esse é um mecanismo necessário para poder comparar os 187 países do mundo em um único relatório.
Chediek elogiou o País e disse que o Brasil tem o IBGE e dados muito atuais, que os outros países não têm. Ele reconheceu ainda que, com os dados brasileiros atuais, o Brasil está melhor ainda que no relatório. ]
Daniele comentou que a maioria dos dados do PNUD são de 2005 e 2010, enquanto o governo brasileiro atualiza os dados anualmente.
Para diminuir as críticas, a ONU fez um comparativo dos resultados com dados brasileiros.
Nos dados brasileiros, o IDH seria 0,754 e não 0,730. A média de anos de estudo seria 7,4 e não 7,2 e a expectativa de estudo quando a criança entra na escola saltaria de 14,2 para 15,7.
— O PNUD sofre críticas no mundo todo e o PNUD enfrenta dificuldades de alinhar dados históricos de 187 países, mas acha que vale a pena porque mostra dados importantes. Ficamos muito tranquilos em dizer que o relatório é muito importante em mostrar realidades de todo o mundo.
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