terça-feira, 29 de outubro de 2013

digno?



Para Lula, Sarney foi tão importante quanto Ulysses na constituinte
Num discurso em que fez um desagravo à própria atuação e do PT, petista disse que o maranhense teve 'comportamente digno' durante o processo de formulação da Carta Magna

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira, 29, durante cerimônia em comemoração aos 25 anos de Constituição brasileira, no Senado, uma homenagem pública à atuação de José Sarney (PMDB-AP) durante a Assembleia Constituinte. No discurso, em tom de desagravo à atuação dele próprio e do PT, ele disse que Sarney, responsável por convocar a Constituinte, foi tão importante quanto Ulysses Guimarães (1916-1992) na formulação da Constituição.

Em 1988, José Sarney era presidente da República e Ulysses Guimarães era o presidente da Câmara dos Deputados.

Em um breve discurso, Lula afirmou que Ulysses certamente foi o símbolo da Constituinte, mas ressalvou a importância da atuação de Sarney, atualmente senador pelo Amapá, presente à solenidade de entrega da Medalha Ulysses Guimarães. Lula disse que Sarney nunca se queixou das críticas e "desaforos" que recebeu durante todo o processo de elaboração da nova Carta Magna.

"Em nenhum momento, mesmo quando era afrontado no Congresso, o senhor levantou um único dedo, uma só palavra para criar qualquer dificuldades aos trabalhos da Constituinte, que certamente foi o trabalho mais extraordinário que o Congresso já viveu", afirmou ele, ao destacar o "comportamento digno" que teve em todo o processo. "Eu tenho consciência que o senhor não teve facilidade, muito menos moleza. Quero colocar a sua presença na Presidência no período da Constituinte em igualdade de condições com o companheiro Ulysses Guimarães", discursou.

Mea culpa. Lula negou que o Partido dos Trabalhadores tenha se recusado a assinar a Constituição de 1988, no processo constituinte. "Chegamos aqui com um projeto de Constituição e com um projeto de regimento interno", afirmou o ex-presidente. "Até brinquei outro dia que se ela (a Constituição proposta pelo PT) tivesse sido aprovada, eu teria um pouco de dificuldade de governar o País", pontuou Lula.

"O dado concreto é que nós não votamos favorável à Constituição porque tínhamos o nosso projeto, mas assinamos por termos participado (do processo constituinte)". O ex-presidente disse que na época da Constituinte era "jovem" e "muito impetuoso", mais até do que hoje em dia.

Durante cerimônia o ex-presidente Lula afirmou também que grande parte das políticas sociais colocadas em prática pelo seu governo (2003-2010) estão contidas na Constituição de 1988. "E esta Constituição continua sendo seguida pela presidente Dilma (Rousseff), que está aprofundando o combate à miséria neste País", completou.

Críticas. Lula fez também uma crítica àqueles que "desprezam" ou "avacalham" a política, citando inclusive a imprensa. Segundo ele, caso as pessoas lessem biografias de figuras históricas, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, elas "não iriam desprezar a política e, muito menos, a imprensa iria avacalhar a política como avacalha hoje".

"Não há um momento da história, em lugar nenhum do mundo, em que a negação da política trouxe algo melhor do que a política", afirmou Lula. "O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo ou uma pessoa praticando, na verdade, a ditadura", concluiu.

Também receberam a homenagem os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Alvaro Dias (PSDB-PR), José Agripino (DEM-RN), Francisco Dornelles (PP-RJ), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Luiz Henrique (PMDB-SC) e Paulo Paim (PT-RS), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o ministro de Minas e Energia Edson Lobão e o ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, que colaboraram na elaboração da nova Constituição.

sera??




A boa educação não recomenda, mas tem horas em que um bom palavrão é insubstituível.
Segundo Nelson Rodrigues o palavrão é indispensável para o bom futebol – “Como jogar ou torcer se não podemos xingar alguém?”, pergunta ele.
Outra situação em que o xingamento de boca cheia se mostrou eficaz é no controle da dor. Aquela cena clássica, na qual o sujeito dá uma topada com o dedinho no pé da cama e vê estrelas enquanto xinga a torto e a direito tem sua razão de ser. Xingar e falar palavrão é uma atitude agressiva, e por isso induz no nosso organismo a resposta de fuga-ou-luta – diante de situações ameaçadoras o organismo libera uma descarga de adrenalina que nos prepara para enfrentar o perigo, aumentando a frequência cardíaca, a respiração e diminuindo a sensação de dor. Pois é exatamente o que ocorre quando xingamos – pessoas submetidas a testes dolorosos sentiram menos e toleraram a dor por mais tempo quando falavam palavrão do que quando gritavam palavras neutras.
Mas é importante saber que quanto mais a pessoa fala palavrão ao longo do dia, menos ele funciona. Quem fala muito palavrão se acostuma com eles, fazendo com que percam seu caráter agressivo e, portanto, eficácia.
O bom xingamento, portanto, tem hora certa.

demorou...



BMW é condenada a pagar indenização à família do cantor João Paulo
Sertanejo morreu há 16 anos, depois de perder o controle do veículo que dirigia e capotar

Dezesseis anos após o acidente automobilístico que matou o cantor João Paulo, a Justiça condenou a BMW a pagar indenizações por danos morais e pensões para a mulher e a filha do artista. A vítima conduzia um carro da empresa alemã quando perdeu o controle e capotou na Rodovia dos Bandeirantes. A montadora informou que irá apresentar recurso contra a decisão, proferida em 1.ª instância.

A decisão de condenação foi tomada pelo juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, da 4.ª Vara Cível de São Paulo. A sentença reverteu a visão anterior da Justiça, que havia absolvido a BMW de responsabilidades no caso em decisão de 2003, que foi anulada. Dessa vez, o Judiciário apontou a culpa da empresa e fixou indenização por danos morais em R$ 150 mil para cada parte - mulher e filha - e pagamento de pensão de dois terços da renda média do cantor na época do acidente; os valores passarão por correção monetária.

João Paulo formava dupla sertaneja com o cantor Daniel e morreu em pleno auge da carreira. A família acusou a empresa de falha: o pneu dianteiro direito da BMW modelo 328i teria estourado e feito o artista perder o controle, capotar e ter o veículo carbonizado. Estudos técnicos foram conduzidos para verificar a possilidade. "Não há como se descartar a possibilidade de defeito atribuído à fabricação da roda, do pneu ou do sistema de roda/pneu (...) que constituiu a causa inicial do acidente", lê-se na sentença do magistrado.
Mesmo com a decisão favorável, o advogado Edilberto Acacio da Silva, que representa a família do cantor, mostrou-se decepcionado com a demora na tramitação do processo. "Justiça que tarda não é Justiça. Compartilho dessa filosofia. A vitória não é saborosa nesse caso", disse. O advogado estima que o recurso possa levar cerca de três anos para ser apreciado no Tribunal de Justiça.

Para Edilberto, o valor pago pela empresa à família poderá ser milionário. O advogado fez estimativas de que a pensão, a ser paga retroativamente desde 1997, poderá ser mais que R$ 500 milhões. O valor foi atingido após estimativas de ganhos do cantor João Paulo no ano do acidente. A conta, no entanto, só será paga caso a condenação seja mantida pela Corte paulista.

Por meio de nota, a BMW do Brasil se manifestou de forma contrária ao entendimento do Judiciário. "A BMW do Brasil informa que não concorda com a decisão", declara a nota. A decisão de 1.ª instância deverá ser questionada por meio de de recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, segundo informou a empresa. Um órgão colegiado de desembargadores deve reanalisar o caso. "Como de costume, a BMW do Brasil compromete-se a tratar do assunto com transparência", assegurou a montadora.