segunda-feira, 5 de agosto de 2013

greve



Policiais federais do RJ param por 24h e pedem reestruturação
Em passeata nas ruas do centro na manhã desta segunda-feira, 5, cerca de 300 policiais fizeram reivindicações como melhorias na metodologia de investigação


Cerca de 300 policiais federais do Rio de Janeiro fizeram uma passeata pelas ruas do centro no fim da manhã desta segunda-feira, 5. A categoria faz uma paralisação de 24 horas e reivindica reestruturação da Polícia Federal e da metodologia de investigação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal e diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flavio Werneck, a metodologia atual é muito burocratizada e impede o combate efetivo ao crime. “Somos o único país que tem cartório na polícia”, afirma. “A repetição de procedimentos atrapalha nosso trabalho. O resultado é que menos de 5% dos investigados recebem alguma punição.”

Werneck ressaltou que a perseguição política interna também é um problema e citou o exemplo da greve nacional que aconteceu no fim do ano passado. Segundo o agente, 14 policiais de elite, cujo treinamento individual custa em média R$ 300 mil, foram realocados para outras áreas por terem participado da paralisação. “Eles foram colocados em setores abaixo dos seus para serem humilhados. São mais de R$ 4 milhões desperdiçados.” Werneck atentou, ainda, para o fato de a Polícia Federal ser regida disciplinarmente pela lei 4878/65, aprovada durante a ditadura militar.

O grupo seguia para a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde estava prevista uma audiência pública sobre a reestruturação da PF. A passeata levava um grande elefante branco inflável com o objetivo de chamar atenção para o fato de a metodologia usada pelo Brasil ser única  no mundo, segundo Werneck. “O elefante é pesado, difícil de ser empurrado, e simboliza o nosso atraso. Quanto a cor, é porque não é comum vermos elefantes brancos por aí – assim como a investigação burocratizada típica do nosso país.”



e tomara que funcione



Vacina brasileira contra aids será testada em macacos
Cientistas estimam que, no estágio atual, a vacina não eliminaria totalmente o vírus do organismo

Uma vacina brasileira contra o vírus HIV, causador da aids, começará a ser testada em macacos no segundo semestre deste ano. Com duração prevista de 24 meses, os experimentos têm o objetivo de encontrar o método de imunização mais eficaz para ser usado em humanos. Concluída essa fase, e se houver financiamento suficiente, poderão ter início os primeiros ensaios clínicos.

Denominado HIVBr18, o imunizante foi desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca. Atualmente, o projeto é conduzido no âmbito do Instituto de Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), um programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apoiado pela Fapesp no Estado de São Paulo.

O trabalho teve início em 2001, com apoio de um Auxílio Regular sob a coordenação de Cunha Neto. Em parceria com Kalil, o pesquisador analisou o sistema imunológico de um grupo especial de portadores do vírus que mantinham o HIV sob controle por mais tempo e demoravam para adoecer. No sangue dessas pessoas, a quantidade de linfócitos T do tipo CD4 – o principal alvo do HIV – permanecia mais elevada que o normal.

"Já se sabia que as células TCD4 são responsáveis por acionar os linfócitos T do tipo CD8, produtores de toxinas que matam as células infectadas. As TCD4 acionam também os linfócitos B, produtores de anticorpos. Mas estudos posteriores mostraram que um tipo específico de linfócito TCD4 poderia também ter ação citotóxica sobre as células infectadas. Os portadores de HIV que tinham as TCD4 citotóxicas conseguiam manter a quantidade de vírus sob controle na fase crônica da doença", contou Cunha Neto.

Os pesquisadores então isolaram pequenos pedaços de proteínas das áreas mais preservadas do vírus HIV – aquelas que se mantêm estáveis em quase todas as cepas. Com auxílio de um programa de computador, selecionaram os peptídeos que tinham mais chance de serem reconhecidos pelos linfócitos TCD4 da maioria dos pacientes. Os 18 peptídeos escolhidos foram recriados em laboratório e codificados dentro de um plasmídeo – uma molécula circular de DNA.

Testes in vitro feitos com amostras de sangue de 32 portadores de HIV com condições genéticas e imunológicas bastante variadas mostraram que, em mais de 90% dos casos, pelo menos um dos peptídeos foi reconhecido pelas células TCD4. Em 40% dos casos, mais de cinco peptídeos foram identificados. Os resultados foram divulgados em 2006.

Em outro experimento divulgado em 2010 na PLoSOne, em parceria com Daniela Rosa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Susan Ribeiro, da FMUSP, os peptídeos foram administrados a camundongos geneticamente modificados para expressar moléculas do sistema imunológico humano. Nesse caso, 16 dos 18 peptídeos foram reconhecidos e ativaram tanto os linfócitos TCD4 como os TCD8.

"Fizemos o experimento com quatro grupos de camundongos. Cada um expressava um tipo diferente da molécula HLA (sigla da expressão em inglês para Antígenos Leucocitários Humanos), que está diretamente envolvida com o reconhecimento do vírus", contou Cunha Neto.

O grupo então desenvolveu uma nova versão da vacina com elementos conservados de todos os subtipos do HIV do grupo principal, chamado M, que se mostrou capaz de induzir respostas imunes contra fragmentos de todos os subtipos testados até o momento. O trabalho foi conduzido durante o doutorado de Rafael Ribeiro.

"Os resultados sugerem que uma única vacina poderia, em tese, ser usada em diversas regiões do mundo, onde diferentes subtipos do HIV são prevalentes", afirmou Cunha Neto.

Carga viral. No teste mais recente, feito com camundongos e ainda não publicado, os pesquisadores avaliaram a capacidade dessa nova vacina de reduzir a carga viral no organismo. "O HIV normalmente não infecta camundongos, então nós pegamos um vírus chamado vaccinia – que é aparentado do causador da varíola – e colocamos dentro dele antígenos do HIV", contou Cunha Neto.

Nos animais imunizados com a vacina, a quantidade do vírus modificado encontrada foi 50 vezes menor que a do grupo controle. Agora estão sendo realizados experimentos para descobrir se, de fato, a destruição viral aconteceu por causa da ativação das células TCD4 citotóxicas.

"Vamos imunizar um camundongo e injetar o vírus modificado. Em seguida, separaremos os linfócitos produzidos e injetaremos em um segundo animal apenas as células TCD4. Um terceiro animal receberá apenas as células TCD8. Depois esses dois animais que receberam os linfócitos com o vírus modificado serão infectados – e um terceiro receberá apenas placebo – para podermos ver qual organismo é capaz de combater melhor o vírus", explicou Cunha Neto.

Os cientistas estimam que, no estágio atual de desenvolvimento, a vacina não eliminaria totalmente o vírus do organismo, mas poderia manter a carga viral reduzida ao ponto de a pessoa infectada não desenvolver a imunodeficiência e não transmitir o vírus.

Segundo Cunha Neto, a HIVBr18 também poderia ser usada para fortalecer o efeito de outras vacinas contra a aids, como a desenvolvida pelo grupo do imunologista Michel Nussenzweig, da Rockefeller University, de Nova York, feita com uma proteína do HIV chamada gp140.

"Em um experimento conduzido pela pesquisadora Daniela Rosa, observamos que a pré-imunização com a HIVBr18 melhora a resposta à vacina feita com a proteína recombinante do envelope do HIV gp140, que é a responsável pela entrada do vírus nas células. Uma vacina capaz de induzir a produção de anticorpos contra essa proteína poderia bloquear a infecção pelo HIV", disse Cunha Neto.

Macacos Rhesus. A última etapa do teste pré-clínico será realizada na colônia de macacos Rhesus do Instituto Butantan – uma parceria que envolve as pesquisadoras Susan Ribeiro, Elizabeth Valentini e Vania Mattaraia. A vantagem de fazer testes em primatas é a semelhança com o sistema imunológico humano e o fato de eles serem suscetíveis ao SIV, vírus que deu origem ao HIV.

"Nosso objetivo é testar diversos métodos de imunização para selecionar aquele capaz de induzir a resposta imunológica mais forte e então poder testá-lo em humanos. Além da vacina de DNA originalmente criada, vamos colocar os nossos peptídeos dentro de outros vírus vacinais, como o adenovírus de chimpanzé, vacina da febre amarela ou o MVA, e selecionar a melhor combinação de vetores", afirmou Cunha Neto.

Há dados que mostram, por exemplo, que a vacina com adenovírus recombinante contendo os mesmos 18 fragmentos do HIV em camundongos induz uma resposta imunológica de maior magnitude que a vacina de DNA.

Segundo Cunha Neto, o objetivo é verificar não apenas qual é a formulação que mais ativa os linfócitos TCD4 citotóxicos como também a que mais auxilia a resposta de linfócitos TCD8 e a produção de anticorpos contra a proteína gp140, do envelope do vírus.

O ensaio clínico de fase 1 deverá abranger uma população saudável e com baixo risco de contrair o HIV, que será acompanhada de perto por vários anos. Nesse primeiro momento, além de avaliar a segurança do imunizante, o objetivo é verificar a magnitude da resposta imune que ele é capaz de desencadear e por quanto tempo os anticorpos permanecem no organismo.

Se a HIVBr18 for bem-sucedida nessa primeira etapa da fase clínica, poderá despertar interesse comercial. A esperança dos cientistas é atrair investidores privados, uma vez que o custo estimado para chegar até terceira fase dos testes clínicos é de R$ 250 milhões. Até o momento, somando o financiamento da Fapesp e do governo federal, foi investido cerca de R$ 1 milhão no projeto.

essa eu quero ver


Dilma defende um governo 'digital' e 'mais conectado'
A um público formado basicamente por jovens militantes e ativistas de esquerda, a presidente defendeu aproximação não só com a 'voz das ruas', mas também com a 'voz das redes'

A presidente Dilma Rousseff aproveitou discurso de sanção do Estatuto da Juventude para defender, nesta segunda-feira, 5, que o governo fique "digital" e não só conectado "à voz das ruas", mas à voz das "redes" também. "Diante da juventude, um governo tem de ficar digital. Nós vamos ficar cada vez mais conectado, não só com a voz das ruas, mas a das redes também", disse Dilma. O comentário foi feito durante cerimônia realizada no Palácio do Planalto.

Segundo a presidente, o Brasil enfrenta uma série de problemas, envolvendo também a exclusão digital. "Outro grande problema do Brasil é a exclusão digital. Temos empenho de construir programa de acesso à banda larga com qualidade", afirmou Dilma.

Ao dirigir-se ao público da cerimônia, formado basicamente por jovens militantes e ativistas de esquerda, Dilma disse que esteve, durante a sua juventude, lutando por mais democracia e direitos. "Não deixei meus compromissos democráticos quando assumi a Presidência", afirmou, sendo interrompida por fortes aplausos.

faltava so mais essa ne...




Filho de Mussum vai lançar cerveja artesanal batizada de Biritis no próximo dia 19
Sandro Gomes, um dos quatro filhos do humorista, quer se destacar como empreendedor

Muita gente não o conhece pelo nome de batismo - Antonio Carlos Bernardes Gomes. Mas todos se lembram do personagem Mussum, eternizado como uma dos principais comediantes do País e integrante do quarteto Os Trapalhões. Mussum morreu em 1994, mas deixou em um de seus filhos, Sandro Gomes, a paixão pela cerveja - ou 'mé', como o personagem se referia à bebida alcoólica. Agora, Gomes pretende também tornar-se conhecido, mas como empreendedor. Gomes prepara o lançamento - no dia 19 - da cerveja artesanal Biritis.

A cerveja, do tipo Vienna Lager, é o primeiro produto da cervejaria Brassaria Ampolis, criada por Gomes e outros dois empreendedores, Diogo Mello e Leonardo Costa. De acordo com a empresa, mais do que uma cerveja divertida - ela utiliza a imagem do humorista -, trata-se de um projeto feito com carinho, atenção e o cuidado de um filho em forma de homenagem ao pai, também um notório apreciador de cerveja.

Inicialmente, a Biritis será vendida em garrafas de 600 ml apenas em alguns pontos de venda selecionados em São Paulo e Rio de Janeiro. Haverá venda do produto na loja que funciona na quadra da escola de samba Mangueira, outra paixão de Mussum. Nos planos da cervejaria está uma expansão cuidadosa, mas existe a ideia de produzir 50 mil litros da bebida até o fim do primeiro semestre de operação.