segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

chora mane...




Fernando Haddad admite: ‘Perdi o ano’
Após derrota no IPTU, prefeito se mostra abatido e reclama, mas a presidente Dilma não dá sinais de que vai ajudá-lo a curto prazo

Sem dinheiro para investimentos e com dificuldades na seara política, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), não conteve o abatimento em conversa com aliados do PMDB, na semana passada. "Perdi o ano", desabafou ele, em seu gabinete, ao comentar a sucessão de derrotas, em 2013.

Até agora, porém, não há sinais de que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, vá ajudar Haddad a recuperar as finanças da Prefeitura a curto prazo. Preocupado com a percepção externa de que o Brasil pode estar sendo negligente com o ajuste fiscal, o governo Dilma decidiu não mais apoiar a proposta que prevê a mudança retroativa do indexador das dívidas de Estados e municípios.

O projeto de lei complementar, assim como está, é a esperança de Haddad para recuperar a capacidade de investimento da cidade, após a Prefeitura sofrer um baque com a decisão do Supremo Tribunal Federal, que barrou o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). A simples troca do indexador da dívida (de IGP-DI mais 9% ao ano por IPCA mais 4%, limitada à taxa Selic), em caráter retroativo, pode aliviar em R$ 24 bilhões o débito da Prefeitura, que hoje é de R$ 56 bilhões. A equipe econômica, no entanto, não quer a aprovação da proposta pelo Senado.

Prestes a completar um ano de governo e com a imagem desgastada desde os protestos de junho, Haddad não esconde mais a mágoa com o governo federal e com dirigentes do PT. Patrocinadores do "homem novo" na política, todos temem agora o impacto de sua baixa popularidade nas campanhas de Dilma e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao Palácio dos Bandeirantes.

A estratégia de Padilha, por exemplo, é começar a campanha pelo interior do Estado e Região Metropolitana, até a esperada recuperação de Haddad. Motivo: o PT faz de tudo para evitar que o índice de rejeição do prefeito, ex-ministro da Educação de Dilma, contamine a repaginada aposta do partido no "homem novo".

Nos bastidores, Haddad avalia que sofre cobranças injustas, que aliados do PMDB são mais bem tratados do que ele pelo Palácio do Planalto e os petistas não o defendem nem divulgam medidas positivas de sua gestão, como o Bilhete Único Mensal e a ampliação das faixas exclusivas para ônibus.

O problema, no diagnóstico do prefeito, não é a política, mas, sim, a absoluta impossibilidade de tomar crédito, até mesmo para oferecer contrapartidas em programas, como o PAC das Cidades. O pacote de investimentos do governo federal destinou R$ 8 bilhões para obras de mobilidade urbana - como construção de corredores de ônibus - e também para drenagem e recuperação de mananciais. Algumas dessas obras, porém, exigem desapropriações, que não são financiadas pelo PAC.

"Se a dívida da Prefeitura não for renegociada, a cidade ficará estagnada e quebrará em 2030", afirmou o secretário das Finanças de São Paulo, Marcos Cruz, numa referência ao ano do fim do contrato. "Politizou-se essa discussão, mas atrelar a dívida à eleição de 2014 não tem cabimento porque não se trata de um projeto com resultado imediato. O maior beneficiário com essa renegociação será o próximo prefeito."

Risco. Para a equipe econômica, porém, o risco de rebaixamento da nota do Brasil por parte das agências internacionais de rating exige mais cautela. "O projeto de renegociação da dívida não é oportuno, neste momento, porque não dá uma boa sinalização", resumiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Não podemos deixar dúvida de que estamos perseguindo um superávit primário maior."

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ajudar Haddad, mas o aconselhou a não comprar tantas brigas de uma só vez. Para Lula, Haddad perdeu a batalha da política e da comunicação. "É como se estivesse num ringue, apanhando de todos os lados, sem conseguir reagir", disse, segundo relato de um ministro que esteve com ele, pouco antes do Natal.

Auxiliares do prefeito, no entanto, reclamam que, por causa dos interesses eleitorais de Dilma e de Padilha, não podem tratar o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) nem o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, como adversários. Kassab foi atingido pela investigação da máfia dos fiscais, que acabou derrubando o secretário de Governo, Antônio Donato (PT). Candidato ao governo paulista, Skaf promoveu campanha na TV contra o aumento do IPTU.

"Vocês tem de pedir para o Skaf ligar para a Luciana (secretária de Assistência e Desenvolvimento Social e filha do vice-presidente Michel Temer) e ver se está sobrando dinheiro lá", esbravejou Haddad, em reunião com aliados. O PMDB controla três secretarias. "O prefeito está muito preocupado com as contas", atestou o vereador Ricardo Nunes, líder do PMDB na Câmara. Além da dívida com a União, a cidade tem o maior débito do País em precatórios: R$ 18 bilhões.

Embora enxergue a ação de Skaf contra o reajuste do IPTU como uma oportunidade de divulgar a candidatura do PMDB em São Paulo, Temer viu exagero na campanha. "O povo vai esquecer a propaganda, mas vamos nos preparar, porque o PT não esquece", avisou Temer a um ministro do PMDB.


pra que?




Paulistano paga até R$ 10 mil para ir à praia de helicóptero
A cada ano aumentam 20% as solicitações para quem quer viajar mais rápido

Enquanto a grande maioria dos paulistanos que se aventuram a passar feriadões no litoral chega a perder várias horas nos congestionamentos das estradas, alguns fazem o mesmo percurso em pouco mais de meia hora. A resposta está no bolso: cada vez mais há gente disposta a pagar até R$ 10 mil por trecho para ir da capital ao litoral de helicóptero.

Dados das principais empresas de táxi aéreo da capital mostram que a demanda de voos entre São Paulo e as principais cidades litorâneas do Estado quase triplica entre novembro e janeiro, se comparado com os outros meses do ano. E é um mercado em ascensão. "A cada ano, registramos um aumento de 20% na procura por esse tipo de serviço para o litoral", afirma o gerente comercial da empresa Helimarte, Rafael Dilys.

Para literalmente passar por cima das longas filas de carros comuns nas estradas nessa época do ano, é preciso desembolsar valores que vão de R$ 1,8 mil a R$ 10 mil por trecho, conforme o destino e a aeronave escolhida. Do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, para a Baixada Santista, por exemplo, leva-se cerca de meia hora. Para destinos do litoral norte, como Ilhabela, o tempo estimado é de 1 hora de voo.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dos 26 helipontos privados de todo o litoral paulista, 18 estão no litoral norte e no Guarujá. Desse número, nove foram registrados em 2013 - o que indica uma tendência de crescimento nesse tipo de deslocamento. E o Guarujá parece ser o destino mais requisitado, já que cinco dos helipontos privados de 2013 ficam nesse município.

Agilidade. Há 15 anos o consultor jurídico Sergio Alcebíades, de 52 anos, vai de helicóptero para o Guarujá. "Já fui de carro para mostrar que não dava, para mostrar o quanto era difícil", diz, rindo. Alcebíades utiliza um pacote mensal de horas de voos de uma empresa de táxi aéreo que custa cerca de R$30 mil. O serviço é utilizado pelo consultor em situações de trabalho e lazer ao longo do mês .

Quando viaja, ele chega a decidir até 30 minutos antes a hora da partida e diz que a vista do alto vale a pena. "É encantador ver os navios, os barcos, cruzar a Serra do Mar e as cachoeiras do alto. Por mais que se voe, sempre é diferente, cada vez você percebe alguns detalhes que não tinha visto", afirma. Antes do Natal, o executivo foi com a namorada passar três dias na praia das Astúrias, para curtir o barco novo.

Segundo o gerente comercial da empresa Helimarte, o perfil de quem fecha voos para o litoral nesta época do ano varia. "A maior parte dos passageiros é composta por famílias, mas também há casais, amigos solteiros etc", diz Rafael Dilys.

De acordo com ele, o maior motivo para a procura de helicópteros é a fuga dos engarrafamentos. "Neste ano mesmo, fechamos com uma cliente de São Paulo para o Guarujá que vai e volta três vezes: no feriado de Natal, no feriado de ano-novo e no fim de semana após os feriados. Tudo para passar a folga com a família e trabalhar nos dias úteis."

Ilhabela. Além da Baixada Santista, um dos principais destinos dos voos é Ilhabela, no litoral norte. Jorge Maroum, dono de um dos cinco helipontos privados da cidade, no qual passam cerca de mil aeronaves por ano, diz que a média diária de 80 helicópteros por mês salta para 160 em dezembro e janeiro. "Noventa e cinco por cento dos voos que pousam aqui vêm de São Paulo, enquanto os outros 5% são do Rio de Janeiro e de São José dos Campos." Para ele, o município é procurado por causa dos serviços oferecidos. "O público de helicóptero é triplo A e aqui na ilha, além de praias limpas, há bons restaurantes e hotéis."

e por que nao investe na educação?




Cada aparição de Dilma em rede nacional custa R$ 90 mil
Valor se refere à produção e edição de material que vai ao ar; até o momento, governo Dilma já gastou mais de R$ 1 milhão

 A estratégia da presidente Dilma Rousseff de aparecer cada vez mais em pronunciamentos em rede nacional de rádio e televisão custou até agora R$ 1,2 milhão aos cofres públicos desde o primeiro ano de seu mandato, em 2011. Cada vez que a presidente vai à TV, o Palácio do Planalto desembolsa R$ 90 mil com produção, gravação, edição, computação gráfica, trilha, locução, equipe e equipamentos.

Ontem Dilma fez seu 17.º pronunciamento desde que tomou posse. Trata-se de uma média que supera cinco aparições por ano. Seus antecessores, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, registraram uma média inferior a três pronunciamentos de TV anuais.

Nas aparições de 2013, além da que foi ao ar ontem, Dilma divulgou medidas de impacto de seu governo, como a redução da tarifa de energia (23 de janeiro), a desoneração da cesta básica (8 de março) e a promessa de destinar dinheiro do pré-sal para a educação (1.º de maio). Foi à TV também para dar uma resposta às manifestações (21 de junho), para exaltar a criação do programa Mais Médicos (6 de setembro) e para comemorar a conclusão do primeiro leilão do pré-sal (21 de outubro).

O pronunciamento de 21 de junho, em meio às manifestações, foi o mais atípico. A aparição foi organizada às pressas e não contou com a superprodução de R$ 90 mil. Naquela oportunidade, quem produziu tudo foi a EBC/NBR, estatal de comunicação, "pois não havia tempo hábil para a mobilização de uma das agências contratadas", segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Em condições normais, é a secretaria que fica responsável por contratar uma agência para a produção dos pronunciamentos da presidente.

O senador Aécio Neves (MG), provável candidato tucano à Presidência, é crítico da estratégia de Dilma. Ele acusa a presidente de contrariar a legislação em vigor e apropriar-se "indevidamente" da rede para fins eleitorais. Para a Secretaria de Comunicação, porém, a presidente vale-se da prerrogativa dos pronunciamentos "quando há necessidade de comunicar fatos relevantes de interesse nacional".

Decreto de 1979 prevê que as emissoras de radiodifusão poderão ser convocadas para transmitir gratuitamente pronunciamentos do presidente da República e dos presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, quando o objetivo for a "divulgação de assuntos de relevante importância".

Reajuste. Em dezembro de 2012, o valor gasto pelo governo para produzir um pronunciamento passou de R$ 58 mil para os atuais R$ 90 mil - cerca de 56% de aumento. A Secretaria de Comunicação diz que houve "atualização de valores", "uma vez que os preços até então praticados remontavam ao ano de 2008". A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008 a 2012 foi de 32%.

Agências. Os pronunciamentos deste ano - à exceção do veiculado em junho em reação aos protestos - foram feitos pelas agências de publicidade Propeg e Leo Burnett. A escolha pelas agências contratadas para a produção dos pronunciamentos obedece a "normativos e dispositivos legais, que determinam a seleção da agência que possua melhores condições para atender à demanda naquele momento, familiaridade com o tema e reaproveitamento de linha criativa", informa a secretaria.

Neste final de 2013, os presidentes da Câmara e do Senado também recorreram à rede nacional para discursar à Nação.

infelizmente...



São Paulo tem educação abaixo da média do País segundo dados do Pisa
Por Estados, só 4 redes públicas conseguem superar média; Brasil ficou em 57º lugar entre 65 países na avaliação internacional

Apenas quatro redes de ensino estaduais brasileiras têm resultados superiores à média geral do Brasil, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) de 2012. A rede de São Paulo, o Estado mais rico do País, fica abaixo do Brasil na média das áreas avaliadas.

Os dados desagregados pelas redes de cada Estado são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que trabalha com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na realização do Pisa. A OCDE realiza a avaliação nos 34 países considerados de primeiro mundo e em outros convidados, como o Brasil.

Nesta última edição, o País ocupou 57.º lugar entre os 65 países participantes. O Brasil está entre os que mais cresceram em pontuação desde 2000, quando a prova foi criada, mas ainda não conseguiu sair das últimas posições. O índice geral leva em consideração as redes particular e pública. Quando separadas apenas as redes estaduais (que concentram 85% das matrículas do ensino médio, fase em que está a maioria dos alunos avaliados no Pisa), o cenário é mais preocupante.

Até a rede estadual mais bem colocada no Pisa, a de Santa Catarina, com 422 pontos, ainda fica a 75 pontos de distância da média dos países ricos. A pontuação equivale a quase dois anos de aprendizado.

São Paulo. A rede estadual de São Paulo é a quinta melhor rede estadual do País, mas está um ponto abaixo da média geral do País. Apenas na área de Matemática o resultado paulista é superior à média do Brasil.


Se São Paulo fosse um país, estaria na 58.ª posição, abaixo de Brasil, Uruguai e Chile e acima somente de oito países, incluindo Jordânia, Argentina, Colômbia e Peru. A Secretaria de Educação do Estado tem como objetivo (em seu programa Educação - Compromisso de São Paulo, lançado pela atual gestão) que a educação paulista figure entre as mais avançadas do mundo até 2030, com base nos dados do Pisa. O plano é que São Paulo chegue à 25.ª posição. Se levar em consideração também a rede particular, São Paulo subiria para 54.º, com média de 415 pontos.

Para a professora Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), os resultados mostram uma falta de continuidade na política educacional nos últimos 20 anos. "São Paulo tem tomado medidas muito pontuais na educação, responde a questões emergenciais. Falta um plano estadual de educação, um projeto articulado", diz Maria Izabel.

A consultora em educação Ilona Becskeházy concorda que o sistema educacional ainda é deficiente em São Paulo, mas ressalta que a amostra do Pisa para a rede estadual pode, na comparação, esconder alguns aspectos positivos. "São Paulo é a rede que tem mais gente dentro da escola e mais gente no ensino médio. Fica difícil penalizar."

Análise. A Secretaria afirmou, em nota, que a análise do Pisa 2012 é feita pela Coordenadoria de Informação e Monitoramento e Avaliação (Cima). "As escolas estaduais de São Paulo são caracterizadas pelo atendimento universal, inclusivo, e que respeita a diversidade da maior rede de ensino do País, com 4,3 milhões de alunos."

A pasta refutou a comparação da rede estadual com a média geral do País, afirmando que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do governo federal, aponta evolução no desempenho dos alunos de São Paulo. No Ideb de 2011, o ensino médio de São Paulo teve melhora, mas os dois ciclos do ensino fundamental ficaram estagnados, com o mesmo resultado no índice de 2009.


recordes de reclamaçoes




Telefônica lidera lista de queixas
Empresa fecha o ano de 2013 no topo entre as que mais motivaram reclamações no Procon

A Telefônica/Vivo é a primeira da lista das mais reclamadas no Procon-SP, com 27.770 registros no ranking do acumulado do ano de 2013, de um total de 784.812 atendimentos. Das queixas recebidas pelo jornal, tanto de órgãos públicos quanto de estabelecimentos privados, a empresa também foi a que rendeu a maior demanda, com 446 casos de cerca de 5 mil queixas.

O número de telefone da Vivo do cirurgião Tiago Szego foi portado para a Oi sem a solicitação dele. "Há cinco anos tenho a linha e sempre estou de sobreaviso, por causa da minha profissão", diz. "Na loja da Vivo, não explicaram como isso ocorrera e ainda prometeram solução em três dias, o que não foi feito."

Procurada, a Telefônica/Vivo informa que o problema foi solucionado.

O leitor confirma, mas explica que só conseguiu seu número de volta passado mais de um mês da queixa.

De acordo com o professor de Direito do Consumidor da Faculdade Mackenzie Bruno Boris, as hipóteses de portabilidade apenas devem ocorrer mediante autorização do próprio consumidor. "Caso tenha havido um erro por parte da operadora, esta poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados", ressaltou.

Sem sinal."Desde novembro estou com o sinal de internet intermitente, diz a professora Angela M. Damaso, de 61 anos. "Ao ligar na Vivo, sou transferida a setores diversos e cada atendente diz algo diferente." A Telefônica/Vivo responde que o serviço foi normalizado. Já a leitora relata que ficou mais de dez dias sem internet e a velocidade do Speedy continua ruim. "Nem a velocidade mínima é cumprida", afirma.

Segundo o advogado Josué Rios, no período em que a consumidora não recebeu o serviço na sua totalidade o valor da mensalidade não pode ser cobrado. "Caso tenha havido cobrança, o valor deve ser devolvido em dobro. "

Se o serviço funcionou parcialmente, deve haver desconto proporcional no valor cobrado, explica. "Os prejuízos econômicos sofridos pela consumidora, durante os dias em que não pôde usar o serviço, devem ser devidamente reparados, assim como a contratante também tem o direito de ser indenizada por dano moral, conforme o grau de transtorno sofrido, em razão de se ver privada do uso de um serviço essencial." O dano moral, afirma Rios, tem a relevante função de reprimenda pedagógica contra o fornecedor.

Quanto à redução da velocidade contratada, em certas situações operacionais, se a informação sobre tal redução não constar de forma destacada no contrato e não for informada no ato da venda do serviço, o consumidor tem o direito de exigir a devolução proporcional do valor cobrado, diz.


e amanhã é dia de Corrida de Sao Silvestre



Campeão em 2012, queniano esbanja confiança para o bi na São Silvestre
Fundista Edwin Kipsang Rotich espantou até o técnico com certeza da vitória. 'Suspetei dele', disse Moacir Marconi

O queniano Edwin Kipsang Rotich repete a rotina de seus compatriotas que vêm ao Brasil para participar da Corrida Internacional de São Silvestre: ele esbanja confiança em suas poucas palavras antes da prova.

O fundista de 25 anos, que é treinado pelo brasileiro Moacir Marconi, o Coquinho, foi campeão nas ruas de São Paulo no ano passado, em sua primeira participação na São Silvestre. Agora, ao ser perguntado se é o favorito ao bi, ele garantiu que sim. "Agora será mais fácil, conheço o percurso."

A sua confiança causou estranheza até em seu treinador. "No ano passado, a confiança era tanta que até eu ficava suspeitando dele. Ele dizia: 'Marconi, eu vou ganhar. Eu não prometi?' Era assim que ele falava, insistentemente."

O técnico, que trabalha apenas com atletas africanos (terá seis na São Silvestre, entre quenianos, etíopes e tanzanianos) na cidade paranaense de Nova Santa Bárbara, comenta que Rotich entra na prova na "quinta marcha". "Ele é um garoto que tem um potencial fantástico, treina muito." O fundista diz que em seus treinos faz "uma São Silvestre por dia".

Rotich aparece na 12ª posição do ranking da Federação Internacional de Atletismo da prova de 10 km – a São Silvestre tem percurso 5 km mais longo -, com o tempo de 27min45. A marca, que é a melhor de sua carreira, foi conquistada em Santos, no mês de maio.

No ano passado, Rotich venceu a São Silvestre em 44min05. A expectativa é que ele melhore a marca amanhã. O recorde do percurso de 15 km é de 1995, quando o pentacampeão Paul Tergat garantiu sua primeira vitória em 43min12. Mas o trajeto mudou – a prova não desce mais a Rua da Consolação.

A estreia de Rotich em solo brasileiro ocorreu na Meia Maratona do Rio, em julho de 2012. Ele foi selecionado por Coquinho em uma prova no Quênia e ganhou a chance de ser o coelho – corredor que puxa o ritmo da prova para determinada marca esperada pelos atletas de elite. "Ele correu 12 km", lembra o técnico. "Passou os 10 km em 28min48. Depois disso, ele começou a correr e a ganhar provas. Então falei que iria colocá-lo na São Silvestre e ele me disse que iria ganhar."

Rotich coloca seu compatriota Mark Korir, terceiro na São Silvestre passada, como um dos principais adversários na prova, mas também destaca a participação do brasileiro Giovani dos Santos, que conquistou o bicampeonato da Volta da Pampulha no início deste mês. "Ele vai ter o apoio da torcida e é um grande adversário."

Na prova feminina, a queniana Maurine Kipchumba, atual campeã, está confirmada. Suas principais rivais serão a compatriota Nancy Kipron e a etíope Kabede Gudeta.

A última vitória do Brasil na prova feminina ocorreu em 2006, com Lucélia Peres. Na masculina, Marílson Gomes dos Santos venceu em 2010.



bom exemplo



China proíbe membros do governo de fumar em público

A China baniu membros do governo de fumarem em locais públicos, de modo a servirem de exemplo para o restante do país, que possui o maior número de fumantes do mundo.

A agência de notícias oficial do governo, Xinhua News, disse que os membros do governo não poderão fumar em escolas, hospitais, eventos esportivos, transportes públicos ou em qualquer outro lugar onde o fumo está banido. Oferecer cigarros enquanto estiver em serviço oficial também está proibido, assim como eles não podem usar dinheiro público para comprar cigarros. Produtos com tabaco também não poderão ser vendidos ou anunciados no Partido Comunista ou nos escritórios do governo.

A agência de notícias disse que as regras foram escritas em uma circular do Gabinete do governo chinês.

Não há uma lei nacional proibindo o fumo em locais públicos fechados, mas o governo tentou proibir essa prática no passado. Em 2011, o Ministério da Saúde formulou as linhas gerais para a proibição do fumo em locais como hotéis e restaurantes, mas elas nunca foram estritamente aplicadas.

"O fumo permanece como um fenômeno relativamente universal em locais públicos. Alguns oficiais fumam em lugares públicos, o que não só prejudica o ambiente e a saúde pública, mas também mancha a imagem do partido, dos escritórios do governo e dos líderes e tem uma influência negativa", afirmou a circular, segundo a Xinhua.

A China tem mais de 300 milhões de fumantes. Estatísticas do governo mostram que o cigarro é uma das maiores ameaças à saúde da população. Em 2012, na comparação com 2002, as vendas de cigarros aumentaram em 50%, para 2,52 trilhões, segundo a Associação Chinesa para o Controle do Tabaco. Fonte: Associated Press.