segunda-feira, 3 de junho de 2013

nao da para agradar a todos





Torcedores criticam estrutura do Maracanã na reinauguração, em amistoso do Brasil contra a Inglaterra
Frequentadores reclamaram também da grande quantidade de poeira

Sujeira das cadeiras e desrespeito à marcação dos lugares. Essas foram algumas reclamações de torcedores que estiveram no Maracanã para assistir ao amistoso entre Brasil e Inglaterra, no último domingo (2), na reabertura do estádio. A orientação do lado externo, dentro da arena e a rapidez no acesso foram elogiados.

A professora Karine Magesse fez parte de um grupo de 14 pessoas que decidiu ir ao Maracanã e estava indignada com a sujeira dos assentos. "Não dá para sentar, está imundo", reclamava enquanto comprava refrigerantes e cachorro quente numa das lanchonetes do Maracanã, mostrando um pedaço de papel higiênico marrom de poeira.

Ela também protestou porque alguns torcedores não estavam respeitando a demarcação dos lugares.

— Estão sentando onde querem e quem comprou ingressos em sequência para ficar junto tem de ir para outro lugar.

Ao seu lado, o marítimo André Gomes interveio e explicou que para os ingressos referentes às gratuidades - caso dele, que tem o direito de assistir jogos no Maracanã sem pagar pelo bilhete - a escolha do assento é livre. André mostrou seu ingresso a Karine, confirmando suas palavras.

Questionada, uma voluntária que preferiu não ser identificada, confirmou a falta de respeito aos lugares. Mas garantiu que a grande maioria dos torcedores estava seguindo a marcação existente do ingresso. Mas ela reconheceu ser impotente para lidar com os intransigentes.

— Até agora, são poucos os casos. Quando a gente vê alguém fora do lugar, tenta orientar. E eles (torcedores) têm sido atenciosos. Se a pessoa insistir em ficar, a gente não pode fazer nada.

A voluntária revelou também que não recebeu nenhum tipo de treinamento prático, apenas orientações. Uma das determinações, em caso extremo, é pedir o auxílio da segurança privada que opera no estádio e até mesmo da polícia.

Torcedora fanática do Flamengo, a professora frequenta o Maracanã há muito tempo e elogiou o "novo figurino" do estádio.

— A visão do campo é excelente. Mas eles tinham de ter concluído todas as obras antes, né?.

Segundo a Agência Brasil, portadores de necessidades especiais tiveram muitas dificuldades para retirarem seus ingressos e entrarem no estádio. Após muito tempo na fila, alguns chegaram a ouvir dos atendentes que deveriam ter chegado mais cedo.

Karine e André confirmaram que os portões foram abertos com atraso de 30 minutos - o horário marcado era 13 horas. André afirmou que os primeiros torcedores não passaram pelo detector de metal.

— No acesso da Uerj [assim chamado porque a entrada fica próxima à universidade não passamos por detectores. Qualquer um podia entrar com qualquer coisa.

Foi constatado, de dentro do estádio, por volta das 15h, um agrupamento enorme na rampa de acesso localizada do setor da Uerj (lado oeste do estádio), antes dos detectores de metal. Pouco depois, o agrupamento foi bastante reduzido, pois a passagem pelos detectores foi "agilizada".