domingo, 16 de junho de 2013

nao duvido



Serviço secreto da PM diz que PSOL 'recruta' punks para protestos

o  serviço secreto da Polícia Militar afirma em relatórios sobre as manifestações contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo que os grupos mais violentos nem sempre agem de maneira espontânea.

Punks que partem para o quebra-quebra são arregimentados por militantes do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) com o objetivo de desgastar o PT do prefeito Fernando Haddad e o PSDB do governador Geraldo Alckmin, de acordo com documentos sigilosos aos quais a Folha teve acesso.


Para a polícia, a forma de ação desses supostos punk é "semelhante a atos de guerrilha". Seria também uma forma que integrantes do PSOL teriam encontrado de constranger os dois governantes sem aparecer numa situação que poderia desgastar a imagem do partido, de acordo com esses relatórios.

Um dos relatórios do P2, sigla pela qual é conhecido o serviço reservado da PM, frisa que não há envolvimento do PSOL como partido, mas de militantes avulsos. A avaliação foi feita por policiais militares infiltrados.


Os punks e anarquistas partem para o que a polícia chama de "atuações paralelas" sempre que suas propostas são rejeitadas pelo Movimento Passe Livre, que convoca as manifestações.

O presidente nacional do PSOL, o deputado federal Ivan Valente, diz que a avaliação é completamente equivocada. "Os arapongas sempre cometem erros crassos de avaliação política. O

PSOL nunca apoiaria esse tipo de comportamento. Não precisamos utilizar ninguém para criticar governos".

PINGA ANTES E DEPOIS

O monitoramento mostrou que os punks seguem um ritual que se repete nas manifestações, segundo os relatos feitos. Tomam pinga antes de começar os protestos, esperam o movimento atingir o seu ápice para começar a agir e comemoram os resultados com mais pinga depois que o corre-corre acaba.

Para destruir vitrines e janelas, eles usam uma meia recheada com ferro e pregos, segundo o relato dos PMs.

A polícia diz que os punks que seriam recrutados por militantes do PSOL já acreditavam na violência como forma de protesto. Parte deles é ligada ao Black Bloc (Bloco Negro), uma estratégia anticapitalista que nasceu na Alemanha, nos anos 70.

O Black Bloc prega o ataque a símbolos como o McDonald´s como uma forma de combate ao capitalismo. Todos usam máscaras e roupas pretas, tida pelos anarquistas como a cor da negação.

A avaliação da polícia o é que o Movimento Passe Livre tem intenções "sinceras" ao defender a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3,00 e não tem orientações violentas. Mas, como não aceita lideranças, permite que esse tipo de comportamento violento explore o movimento.

A inexistência de lideranças é considerada o pior pesadelo para a polícia porque não há alvos claros. Outra dificuldade é separar a ação política dos atos criminosos.



vixi...




Fotógrafo flagra apresentadora de TV supostamente sendo agredida pelo marido



Um fotógrafo do Reino Unido flagrou o momento em que a apresentadora de TV Nigella Lawson estava supostamente sendo agredida por seu marido, o milionário e colecionador de arte Charles Saatch.

O casal estava em um restaurante na cidade Londres quando as imagens foram feitas. Nas fotos, Charles aparece com a mão envolta no pescoço de Nigella e mexendo no nariz de sua mulher, segundo informou o jornal "Daily Mirror" neste domingo (16).


Momentos após a suposta agressão, a apresentadora teria deixado o restaurante chorando e, horas depois, Nigella foi vista saindo de sua casa com uma mala nas mãos.

Uma testemunha que viu o incidente disse que Nigella teria ficado muito abalada com o ocorrido.

"Não tenho dúvidas de que ela estava assustada. Foi horrível, realmente. Ela estava chorando e constantemente enxugando os olhos. Ela tinha um olhar de medo em seu rosto".

De acordo com o site "Yahoo News", a polícia da Inglaterra ainda não indiciou Charles Saatch, mas está analisando as fotos.

A apresentadora veio ao Brasil em maio para divulgar um livro de receitas de sua autoria.

apoio ao Brasil so aumenta



Manifestação em apoio a protestos no Brasil leva 2.000 às ruas de Dublin



Cerca de 2.000 pessoas foram a um dos principais pontos turísticos de Dublin --o Spire, monumento em forma de agulha, situado na região central da cidade-- neste domingo para um ato em apoio aos manifestantes brasileiros.

Os números são da polícia local, que acompanhou o evento, chamado Brazil Awakening Dublin. Segundo a organização, a ideia de promover apenas um ato, sem envolver caminhadas pela cidade, foi determinação da polícia, para evitar transtornos no trânsito.


Segundo Andréa Cordeiro, uma das organizadoras do evento, a quantidade de pessoas que compareceram surpreendeu a organização. "Tínhamos pouco mais de 3.000 presenças confirmadas no Facebook, mas não imaginávamos que as pessoas de fato fossem para a rua".

A ideia surgiu na sexta-feira (14) mas, segundo Andrea, que é jornalista e vive na Irlanda há um ano e meio, no sábado a organização se deu conta de que o evento seria maior do que se imaginava.


Os responsáveis pelo evento marcaram fizeram uma reunião com a polícia antes do protesto.

"Eles deixaram a gente super a vontade para fazer o que a gente quisesse", relata Cordeiro, que explica ainda que a única solicitação das autoridades foi que o trânsito não fosse bloqueado.

Outra participante e organizadora do evento, a paulistana Carolina Valeis, conta que os manifestantes levaram flores para os policiais.

"No final, fizemos uma homenagem para a polícia: sentamos no chão, agradecemos e aplaudimos".

Segundo Valeis, que está na Irlanda há apenas um mês, a manifestação foi uma forma de apoiar os brasileiros que estão indo às ruas, "mesmo de longe". "Se eu estivesse no Brasil eu iria para a rua, não apenas pelos vinte centavos, mas por tudo", diz.


afff



PT não descarta Lula para 2018


Apesar de negar veementemente que não é candidato à Presidência em 2014, Luiz Inácio Lula da Silva e seus seguidores no PT não descartam seu lançamento em 2018, independentemente do resultado do pleito ano que vem.

Quem revela é o secretário-geral do partido, deputado Paulo Teixeira (SP) – que disputa a presidência do PT em Novembro. A legenda já registra sete pré-candidatos à presidência, entre eles Valter Pomar, Renato Simões, Teixeira e o atual presidente, Rui Falcão.

Em 2018 Lula terá 72 anos – não considerado idoso, mas um veterano experiente, para aliados. É o nome natural, caso nenhum petista esteja forte até lá, defende parte do partido.

Nas hostes petistas, há uma sinalização de apoio a Lula, caso queira se candidatar. Enquanto isso, hoje, no bastidor Palaciano, não se esconde mais a rivalidade entre Lulistas e Dilmistas.

De olho na saúde do fundador, o PT obviamente discute planos B para o Planalto. Entram no rol Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e Lindbergh Farias – caso se eleja para o governo do Rio.

Sobre o atual cenário para Dilma, a cúpula do PT anda tranquila com as últimas pesquisas. A CNT surgiu como contraponto à Datafolha, mais alarmante. ‘Ela não vai perder a dona de casa’, diz petista graúdo, sobre o perigo da alta da inflação.


REDE INSTALADA

Embora não divulgue, Marina Silva desde o início de Junho já comemora as 400 mil assinaturas coletadas para a oficialização da Rede Sustentabilidade no TSE. É pré-candidata oficial mês que vem.

IMPÉRIO X SÉCULO 21

O Instituto Brasil Imperial conclamou, em mensagens enviadas por email, seus asseclas a participarem do movimento pró-Império. ‘Estamos trabalhando assiduamente pela restauração da monarquia brasileira’. Pede a fundação de núcleos municipais para o debate e, em pesquisa, requer opinião sobre criação de um partido político. O partido com viés imperial será ‘para funcionar em paralelo ao Movimento da Restauração que atinja mais diretamente a divulgação junto à população, e à classe política’, informa na mensagem a Casa Imperial do Brasil.

PRELO DO RELATÓRIO

O advogado do cantor Roberto Carlos reuniu-se com o senador Humberto Costa (PT-PE) num jantar na casa de Paula Lavigne no Rio, semana passada. Preocupado com a nova lei sobre direitos autorais e biografias não-autorizadas. Costa é relator no Senado.

GOVERNADOR VITALÍCIO

Com aposentadoria de governador suspensa em 2011 pelo governo do Paraná, o senador Roberto Requião conseguiu rever a situação no TJ, em mandado de segurança. Desde dia 5, pede reembolso de 15 meses não-recebíveis, ou R$ 361.764,30.

CORRIDA NO DF

Pesquisa Parlamento & Pesquisas em Brasília e entorno mostra a presidente Dilma Rousseff com 28,4%, Marina Silva em 2º, com 19,6%, e o tucano Aécio Neves em terceiro com 15,2%. Eduardo Campos (PSB) aparece com 9,5%. Na sondagem estimulada, Joaquim Roriz tem 27% das intenções para o Governo, seguido Reguffe (19,2%), e do atual governador Agnelo (14%).

MISTÉRIO

Continuam o mistério e o silêncio no TJDFT, apesar da demanda da Coluna, sobre o PL que torna Juiz de Paz indicação partidária, enviado ao Congresso Nacional e que avança na Câmara dos Deputados.

PM´S DESPREPARADOS,isso sim




O PM me disse: 'Você vai pagar pelos outros', diz estudante preso



"'Você vai pagar pelos outros', disse o policial, quando me levava, com outros manifestantes, para a delegacia. Eu não entendia direito, mas fui. Até então, achava que ia ser uma coisa rápida. Não foi."

Ao todo, foram três noites entre delegacias, camburões e o presídio de Tremembé, onde estão encarcerados Alexandre Nardoni e os irmãos Cravinhos. Júlio Henrique Camargo foi um dos 19 manifestantes presos pela polícia na noite de terça-feira passada (11), quando a avenida Paulista presenciou mais uma noite de confrontos entre policiais e milhares de pessoas que protestavam contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens.


Naquela noite, várias cenas de vandalismo foram registradas. Júlio, porém, nega fazer parte dessa turma. "Quem quebrava eram os outros, uma turma mais jovem", diz o rapaz de 21 anos, até aquele dia sem antecedentes criminais ou problemas com a justiça.

A manifestação estava mesmo violenta, admite o rapaz. Por isso, ele e uma conhecida resolveram se afastar. Foram comer e, ao voltar à Paulista, encontraram ao menos 12 policias da Rocam. Eles sacaram as armas, prenderam os dois e outros manifestantes que estavam próximos.

Foram levados ao 78º DP (Jardins). Foi indiciado sob acusação de formação de quadrilha e dano ao patrimônio. Na quarta-feira (12), a Secretaria de Estado da Segurança Publica afirmou, sem citar nomes, que 11 das 19 pessoas presas eram acusadas de depredar uma guarita da PM na região da Paulista. Júlio nega.



Segundo Júlio, o clima na delegacia era tenso. "Eles não deixaram ligar para a minha família e isso me angustiava. Eu sabia que minha mãe devia estar nervosa." Já na cela, um investigador, "um pouco mais humano", ligou para sua mãe, Maria Cecilia.

Ainda sem comer, foi levado no outro dia, algemado e em um camburão, para o IML (Instituto Médico Legal). Na sequência, de novo as algemas e o camburão, rumo ao 2º DP (Bom Retiro). Foi lá que o até então cabeludo Júlio teve de raspar a cabeça. "Sofri todo tipo de humilhação. Me chamavam de vagabundo o tempo inteiro".

Ficou numa cela com dez presos, onde só cabiam seis pessoas por quase quatro horas. Estava com o jornalista Pedro Ribeiro Nogueira, também detido na manifestação, e outros oito 'presos comuns'.

"Reclamava que estava com muita fome, mas ninguém ligava. Fui chamado de inimigo número 1 do Estado".

De lá, ele e Pedro foram de novo levados ao camburão, sem saber qual seria o destino. "Quando perguntei, falaram que íamos 'para Rondônia, de férias'. Estávamos em quatro dentro do camburão e um policial falava: 'vocês vão se ferrar! Nunca mais vão fazer uma manifestação'. Tinha medo, muito medo. Não tinha controle algum da minha vida".

Júlio disse que só comeu por volta das 21h da quarta. Em Tremembé, disse que foi bem tratado. "Talvez porque lá tenha gente famosa", ironiza. Passou duas noites. Soube da mãe graças à ajuda de um funcionário.

Foi solto na noite de sexta-feira (14) após um habeas corpus, mas ainda vai responder a inquérito. "Agora, minha prioridade é provar minha inocência. Provar que não havia razão para eu ser preso".

Não era a primeira vez que Júlio participava das manifestações, embora diga não ter ligações com o Movimento Passe Livre, organizador dos protestos, ou com partidos políticos. "Sou do movimento estudantil", afirma ele, aluno de ciências sociais da Unesp de Araraquara.

Júlio não vai participar das próximas manifestações, já que está em liberdade condicional e com restrições de horário.

"Mas não me arrependo nem um pouco. É uma luta extremamente legítima".

OUTRO LADO

A assessoria de imprensa da Segurança Pública informou que o delegado Kleber Antonio Torquato Altale, da Delegacia Seccional Centro, está a disposição para ouvir o estudante. Segundo a secretaria, um procedimento poderá ser aberto para investigar as denúncias feitas pelo estudante.

Disse ainda que o boletim de ocorrência registrado no dia 11 de junho aponta que Júlio e outras dez pessoas foram acusadas de destruírem e incendiar uma guarita da PM.



mais uma para o "Momento Vergonha"





Mandatos “tudo incluído”: com verba pública, direitos de senadores vão de assinatura de revistas a biscoitos
Em 2012, gasto de parlamentares com gasolina, comida, hotel e aluguel superou R$ 21 milhões


O Senado Federal vai gastar R$ 375 mil para comprar os itens do "cafezinho do Senado" em 2013. O ambiente fica no plenário da Casa e serve lanchinhos para senadores, assessores e convidados. Serão comprados, entre outros produtos, 2.000 pacotes de biscoito, mais de 8.000 frascos de adoçantes, 4.800 quilos de presunto e queijo. O valor do edital é R$ 163 mil superior ao do ano passado.    

A regalia será toda paga com verba pública e engrossa a lista de mordomias às quais os senadores têm acesso. Por lei, cada senador tem direito a receber de volta até R$ 180 mil por ano em gastos com gasolina, alimentação, aluguel de imóvel ou veículo, hospedagem, consultoria e comunicação.  

Só em 2012, o gasto total com verbas indenizatórias no Senado foi de R$ 21 milhões. Com o valor daria para equipar mais de 230 leitos de UTI. Além disso, outros gastos dos parlamentares são debitados da conta do contribuinte.  
Os senadores não precisam se preocupar com a conta do celular, já que não há limites para gastos e todo o valor é pago com verbas públicas. No Portal da Transparência do Senado, há faturas mensais de senadores que ultrapassam R$ 2.000. Os parlamentares também têm o telefone residencial pago com verba pública. Cada um pode gastar até R$ 500 por mês e, no caso do líder partidário e membros da Mesa, o valor é de R$ 1.000.  

A reportagem do R7 foi às ruas para saber a opinião do contribuinte sobre as regalias. A professora Natália Amorim ficou indignada ao saber que o gasto com celular não é controlado.   

— Eu acho isso um absurdo. Se eu não me preocupar em controlar meus gastos com telefone, não consigo pagar nada no fim do mês. Enquanto isso, eles gastam celular à vontade e sou eu também que pago a conta.  

Para se manter bem informado, cada senador tem direito à assinatura de duas revistas de sua escolha — a assinatura anual de uma revista pode ultrapassar R$ 500 — e quatro jornais, sendo um de Brasília, um do Rio de Janeiro, um de São Paulo e um do Estado representado.  

Os parlamentares também têm direito a despesas médicas sem limitação de valor. O atendimento beneficia o parlamentar, cônjuge e dependentes com até 21 anos — ou até 24, se universitários. Já para despesas odontológicas e psicoterápicas, o gasto pode ir a até R$ 25,9 mil.  

Para o lavador de carros, Josivaldo Pereira, os parlamentares não deveriam ter privilégios.   

— E o pobre tem que ficar lá na fila do hospital, sofrendo, sem saber se vai ser atendido. Eu acho que todo mundo tinha que ser tratado igual. Queria ver senador e deputado na fila do SUS também.   

Além dos gastos para manter a saúde dos parlamentares em dia, as despesas com os Correios também são pagas com verba pública e variam de acordo com o Estado de origem do parlamentar e o tamanho da população. A cota mensal mínima é de 4.000 correspondências.  

O gasto com publicações dos senadores também corre a cargo do contribuinte. Cada parlamentar tem disponíveis por mês R$ 8.500 para esse fim. Sendo líder ou membro da Mesa Diretora, a cota é dobrada. O valor pode ser usado para impressão de trabalhos — livros, separatas, folders, agendas — que podem ser deles ou orientados por eles e de interesse legislativo.   

Os senadores têm cota diária até de combustível, quando estão em Brasília. Por dia podem ser gastos de 25 litros de gasolina ou 36 litros de álcool, de segunda a sexta-feira. Cada senador tem direito ao uso de um veículo oficial, e o presidente da Casa, de dois.  

Os parlamentares de outros Estados podem ser hospedar em um dos 72 apartamentos funcionais à disposição. Já os que não ocupam imóveis podem optar por um auxílio-moradia no valor mensal de R$ 3.800, para cobrir despesas com aluguel ou diária de hotel.  

Os 14º e 15º salários foram extintos no Congresso Nacional depois de pressão da imprensa e da população. O fim dos benefícios foi aprovado em fevereiro deste ano. O estudante de letras Gustavo Souza sugere que o mesmo seja feito com os benefícios.  

— Eles poderiam aprovar uma lei que acaba com todas essas mordomias também, né?   Todos os benefícios que já foram citados estão fora do salário de R$ 26.723,12 que os senadores recebem todos os meses.  

Um senador, que preferiu não ser identificado, disse não ver "nada de mais em receber esses benefícios".

— Eu não moro aqui, gasto com passagens aéreas para vir até Brasília, não tenho casa aqui e fico hospedado em hotéis.

Procurados, os líderes do governo Eduardo Braga (PMDB-AM) e da oposição Aloysio Nunes (PSDB-SP) não retornaram ao pedido de entrevista da reportagem.      

Sobre a compra de produtos para o cafezinho, em nota, o Senado informou que vai reavaliar o valor do edital.   

Os gastos dos parlamentares podem ser acompanhados pelo site www.senado.gov.br/transparencia/sen/senadores.


vaia merecida!!!






Abertura da Copa das Confederações é marcada por vaias e tumultos
Enquanto o Brasil vencia o Japão em campo, a polícia reprimia manifestações fora do estádio




Após a abertura da Copa das Confederações, no estádio Mané Garrincha, neste sábado (15), a torcida brasileira protagonizou um ato inusitado antes do começo da partida entre Brasil e Japão. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi vaiado durante o discurso inaugural da competição, assim como a presidente Dilma Rousseff. Após a barulheira dos torcedores, o chefão máximo do futebol mundial ficou visivelmente nervoso:

— Por favor, amigos do futebol, mostrem ter respeito e fair play.

REVOLTANTE!!!





Festa para uns, trabalho para outros
Com 70 mil pessoas, evento em Brasília desagrada quem precisou trabalhar durante a madrugada
Com atrações como o cantor sertanejo Gusttavo Lima e a banda Asa de Águia, além da transmissão da cerimônia de abertura da Copa das Confederações e do jogo entre Brasil e Japão, a festa Brasília Joga Junto atraiu cerca de 70 mil pessoas para a Esplanada dos Ministérios, no centro da cidade.
Depois do evento, no entanto, muitos trabalhadores reclamaram do esforço extenuante que fizeram antes e depois do evento. 
Os garis são os que mais protestaram em relação às condições de trabalho.
Empregados da empresa Sustentare reclamam de ter o turno normal de sábado, das 17h até meia-noite, trocado por conta da festa. Como o evento acabou às 23h, os coletores de lixo tiveram de trabalhar das 22h até as 5h.
De acordo com os empregados, que preferiram não se identificar, aqueles que reclamaram do horário receberam a resposta que, se não queriam trabalhar naquelas condições, deveriam ter estudado mais. 
Para os ambulantes, todo o trabalho não valeu a pena. Muitos acordaram cedo para montar as barracas e se preparar para os torcedores.
“Cheguei às sete da manhã e tive que carregar os produtos na mão por conta do bloqueio aos carros. Só devo sair lá para a uma da manhã de domingo”, reclama Ivanilson Portela. 
A restrição à venda de produtos diminuiu o lucro dos camelôs. Alimentos podiam ser vendidos de acordo com a preferência de cada comerciante, mas as bebidas liberadas eram só as comercializadas pelos patrocinadores da Fifa.
“ A cerveja que a gente podia vender custava R$ 5 e não era a preferida dos brasilienses. Empacou tudo”, explica Portela. 
Quem gostou da festa foi o catador Domingos Silva. Com quatro sacolas cheias de latas metálicas, conversou com a reportagem sem parar de andar.
“Vim para trabalhar com os meus irmãos, que são ambulantes, mas não encontrei a barraca deles. Aproveitei para ganhar algum dinheiro com as latinhas”, disse o catador, que estima ter um lucro de R$ 150 a 200 com o que recolheu.

deu medo ne




Governo de SP chama manifestantes para diálogo
Anúncio ocorre depois de novo protesto, marcado para amanhã no Largo da Batata, conseguir mais de 180 mil confirmações pelo Facebook


O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, anunciou na tarde deste domingo, 16, que o governo estadual quer dialogar com os líderes do movimento que organizou as manifestações pela redução da tarifa de ônibus. A reunião acontecerá amanhã, às 10h, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no centro da capital. O chamado ao diálogo é o primeiro realizado pelo governo e acontece depois de o protesto marcado para amanhã, às 17h, no Largo da Batata, conseguir mais de 180 mil confirmações pelo Facebook.


De acordo com Grella, a intenção é conversar com líderes do movimento para definir a rota da manifestação. "O objetivo é anunciar um convite para os líderes do movimento", disse o secretário. Ele afirmou ainda que o intuito é discutir "os prós e os contras do trajeto".

Ele não respondeu qual será a medida adotada caso os manifestantes desviem da rota combinada e disse crer em um protesto pacífico.

A SSP, segundo Grella, vai contatar líderes do Movimento Passe Livre e conta com a ajuda da imprensa para divulgar a informação

chega ser vergonhoso (3)




Grupo organiza um protesto neste domingo no Maracanã
Cerca de mil manifestantes entraram em confronto com a PM, que atacou bombas de efeito moral




Tropas da Polícia Militar (PM) do Rio voltaram a atacar os manifestantes no entorno do Maracanã, após o primeiro confronto, minutos antes, próximo ao viaduto Oduvaldo Cozzi, acesso à entrada principal do estádio.

Bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo foram atiradas contra as cerca de 500 pessoas que sentaram-se no asfalto, no acesso à vizinha Quinta da Boa Vista.

No momento do ataque, os manifestantes cantavam o "Hino Nacional". A PM alegou que precisava desocupar a via pública, parcialmente interditada pelos manifestantes. Mais uma vez, o protesto se dispersou.

Situada ao lado do local onde ocorreu o segundo tumulto, a estação São Cristóvão do Metrô foi fechada. Diversas pessoas queixaram-se de ter sido atingidas por jatos de spray de pimenta.

Afastados do tumulto por um cordão de policiais militares, os jornalistas conseguir ver, à distância, muita correria e tumulto.

Asmática, uma manifestante caiu ao chão no primeiro ataque da PM e teve que ser socorrida por colegas, já que tinha dificuldades de respirar em meio à fumaça. Não há ainda informações sobre outras vítimas. Também não se sabe se há presos pelos cerca de 20 PMs da Tropa de Choque e 16 profissionais da Força de Segurança Nacional, encarregados de reprimir o protesto.

O estudante Daniel Batista, um dos organizadores da manifestação, considerou arbitrária a ação policial, pois o protesto transcorria de maneira pacífica.

"Desde o princípio fizemos tudo certo. Entregamos ofício ao 4.º Batalhão da PM. O tempo todo negociamos, mas não houve diálogo. Cercaram os manifestantes. Fomos encurralados, quando a polícia deveria nos proteger", afirmou Batista.

Os manifestantes carregavam cartazes contra os gastos públicos com o evento e conclamam a população a se manifestar. "Copa para quem?", "Quando o povo parar de se conformar, o Brasil vai mudar" e "Desliga a TV e pensa" são alguns dos dizeres, parte deles em inglês.

No início, um grupo de 20 homens da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança acompanhavam o protesto, que reunia jovens, em sua maioria. Com bandeiras do Brasil, eles tentaram subir o viaduto que dá acesso ao estádio, mas foram barrados pela polícia, que garantiu a entrada das pessoas que tinham ingressos para assistir à partida. A situação deixou os torcedores amedrontados. Os manifestantes forçaram a passagem e a polícia conteve o grupo com spray de pimenta.

No sábado, antes da abertura da Copa das Confederações, o Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), palco do jogo entre Brasil e Japão, também recebeu um protesto contra os gastos públicos para a realização da competição. Com um cordão de isolamento, a polícia evitou que os manifestantes se aproximassem dos portões de acesso da arena. E a manifestação acabou em confronto com a PM.






tomara que nao mesmo.





Governo de SP descarta Tropa de Choque em novo protesto
'Acreditamos que não será necessário porque a manifestação se dará de forma ordenada', disse secretário de Segurança Pública Fernando Grella


Depois da atuação da polícia na última manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, criticada pelo uso de força, o governo do Estado descarta o uso da Tropa de Choque e de bombas de efeito moral no protesto marcado para esta segunda-feira, 17, que deve ser o maior dos já organizados pelo Movimento Passe Livre. "Acreditamos que não será necessário (usar setores como o Choque) porque a manifestação se dará de forma ordenada", disse o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, em coletiva de imprensa realizada na tarde deste domingo, 16, em São Paulo. "Temos convicção, certeza de que a manifestação ocorrerá pacificamente", reiterou Grella.


Na sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, afirmou que a Tropa de Choque era uma "reserva estratégica" e disse que a ação do grupo poderia ser requisitada no protesto desta segunda-feira. Na coletiva deste domingo, contudo, Meira mudou o discurso: "Nossa expectativa é que essa manifestação seja ordeira e que não haja em hipótese alguma necessidade do emprego da Tropa de Choque", afirmou. "Nós acreditamos que ela não será utilizada, não será empregada", completou o coronel.

O governo paulista espera os líderes do movimento nesta segunda-feira na Secretaria de Segurança Pública do Estado, no centro da cidade, para definição conjunta do trajeto da manifestação. Com o diálogo, segundo Grella, o protesto deverá ser pacífico, sem necessidade de uso de bombas de efeito moral. O secretário também disse que nada está descartado em termos de rota, ao ser questionado se o governo permitiria que a manifestação utilizasse a Avenida Paulista, por exemplo.

"Nós não queremos que se repitam os fatos que aconteceram na semana passada. Nós queremos que a nossa cidade preserve aquilo que é certo e que é natural: uma manifestação livre, legítima, de expressão, de pensamento", falou o secretário. Perguntado sobre a apuração de eventuais excessos na participação da polícia, Grella respondeu: "Quem se desviou das suas normas de ação e agiu abusivamente tem que responder de acordo com as normas."

O comandante-geral da PM, Benedito Meira, afirmou ainda que policiais que não portarem tarjeta de identificação, se reconhecidos por foto ou vídeo, serão responsabilizados, já que a orientação é para que todos se identifiquem.

Vinagre. No último ato contra o aumento da tarifa, participantes do protesto que portavam vinagre - usado para proteção pessoal contra o efeito tóxico de bombas de gás lacrimogêneo - foram detidos. Hoje, Grella garantiu que "ninguém será detido por portar vinagre", mas ressaltou crer que não será necessário que os manifestantes levem o produto para a manifestação. 

amanha havera mais protestos em Sao Paulo,ATENÇAO!!!




Organização de protesto vai filmar e denunciar ação de vândalos
Largo da Batata, em Pinheiros, vai receber 5º ato contra o aumento das passagens amanhã



Quem depredar o patrimônio público ou privado, atear fogo ou provocar a polícia na manifestação desta segunda-feira (17) contra o aumento das tarifas dos transportes públicos de São Paulo será filmado, identificado e denunciado pelos militantes do MPL (Movimento Passe Livre), do Juntos! e da Anel (Assembleia Nacional de Estudantes-Livre). O ato está marcado para as 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital.

A identificação de quem causa quebra-quebra durante as manifestações já começou na quinta-feira passada, quando os principais articuladores do MPL afirmaram que o protesto deveria se manter pacífico. A repressão da polícia com balas de borracha, cassetetes e bombas de efeito moral, contudo, aumentou a reação agressiva dos manifestantes e impediu a identificação daqueles que são considerados, para os militantes, uma "exceção".

Maurício Costa Carvalho, um dos integrantes do MPL, disse que o movimento não tem a "orientação de quebra-quebra e de confronto".

— Ficou evidente que em todos os momentos que isso aconteceu teve a ver com uma postura repressiva da polícia


Segundo ele, os militantes pretendem, com as denúncias, conter a ação dos punks e até mesmo localizar os policiais infiltrados na multidão.

— Os vídeos divulgados na internet mostram a polícia depredando o patrimônio público, que são as viaturas, para depois incriminar o movimento. Vemos um número grande de policiais infiltrados para tentar criar confusões que pudessem nos incriminar.

Após a ação da polícia no último protesto, a equipe que organiza as estratégias para segunda-feira afirmou que a reivindicação passou a ir além da redução da tarifa de ônibus.

Arielli Tavares Moreira, da executiva nacional da Anel, afirmou que "o transporte é a nossa pauta central, mas essa luta é da juventude, que nem sempre se organiza para combater a repressão".

— Não vamos aceitar a praça de guerra que aconteceu da última vez, em que se criou um clima de terror. As pessoas foram presas por portar vinagre e mais de 200 foram detidas sem prova por parte da Polícia Militar. Isso é um procedimento irregular e não vamos deixar que se repita.

Os militantes contaram que pretendem promover desta vez uma "radicalidade pacífica".

Mayara Vivian, militante do MPL, afirmou que o movimento "tem de aproveitar este momento histórico da cidade de São Paulo e do Brasil e vamos ocupar as ruas das cidades que nós construímos".

Os anúncios foram feitos após plenária realizada no último sábado (15) na sede do Sindsef-SP (Sindicato dos Servidores Federais de São Paulo), na Vila Mariana, zona sul. Na reunião, havia também membros do PSTU, da Apeoesp, do CSP-Conlutas e representantes do sindicato dos metroviários, dos servidores da Justiça e do Diretório Central dos Estudantes da USP.

Nos bastidores da plenária, integrantes negociavam por telefone a ampliação do protesto pelo País. A adesão de brasileiros no exterior também foi comemorada, pelo fato de a manifestação ter ganhado repercussão e apoio internacional.

Vivian disse que "a tendência é o movimento crescer sempre mais".

— A gente já está presente em várias cidades do País e isso vai continuar.

Adesão

Até 9h deste domingo (16), mais de 175 mil pessoas confirmaram pelo Facebook presença na quinta manifestação do MPL, no Largo da Batata. O movimento espera 30 mil pessoas. O ato contra o aumento da passagem de ônibus, agendado pela página do grupo, tem cerca de 1,5 milhão de pessoas convidadas.

Nenhum outro dos quatro eventos do grupo havia tido uma confirmação tão grande de pessoas na internet.

O texto de apresentação do evento, na página da rede social, diz que "a luta da população de São Paulo contra o aumento das passagens de um transporte que se diz público está cada vez maior e mais forte!".

— Nessa quinta (dia 13), uma manifestação de 20 mil pessoas, completamente pacífica, foi recebida a bombas e balas de borracha na Consolação. Ficou claro que a violência parte sempre da polícia.

Na sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Benedito Roberto Meira, afirmou que vai colocar a Tropa de Choque na rua para evitar descontrole de manifestantes e vandalismo.

— Não sabemos quais serão a dimensão e a magnitude da manifestação. Preciso da Tropa de Choque.


chega ser vergonhoso (2)




Datafolha: avaliação do paulistano sobre transporte público é a pior em 26 anos
Ao todo, 55% dos entrevistados consideraram o sistema de transporte ruim ou péssimo


Em meio aos protestos que acontecem desde o início do mês, a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (15) aponta a insatisfação do paulistano em relação ao transporte público na capital. A avaliação dos entrevistados é a pior desde 1987 — quando foi feita o primeiro levantamento do tipo pelo instituto.

De acordo com a pesquisa, 55% das 815 pessoas ouvidas consideraram o sistema de transporte (incluindo ônibus, metrô e trem) ruim ou péssimo. O índice ficou 13 pontos percentuais acima do registrado em setembro de 2011.

Outros 29% afirmaram que o transporte público é “regular” e para apenas 15% ele foi considerado “ótimo”.


Meios de transporte 

Entre os meios de transporte, o ônibus foi o que teve pior avaliação: 54% o classificaram com “ruim ou péssimo”. Para 27% dos entrevistados, o coletivo é “regular”. Outros 16% o consideram “ótimo ou bom”.

O ônibus, de acordo com a pesquisa, é o meio de transporte mais utilizado na capital. Ao todo, 73% das pessoas ouvidas se disseram usuárias do sistema.

Já o trem, teve reprovação de 40% dos ouvidos, que classificaram o transporte como ruim ou péssimo. Para 23% ele é regular e para 15%, ótimo ou bom.

O metrô teve a melhor avaliação entre os usuários: 32% de ótimo ou bom e 34% de ruim ou péssimo.

chega ser vergonhoso




Em oito anos, número de passageiros de ônibus em SP aumenta 80% e frota diminui
Número total de viagens feitas pelos ônibus também teve queda no período



Nos últimos oito anos, o número de passageiros transportados nos ônibus paulistanos disparou, mas a frota total de coletivos diminuiu no mesmo período. Dessa maneira, mesmo com um aumento real de 30% no valor arrecadado nas catracas desde 2004, cada ônibus passou a transportar cerca de 80% mais passageiros em 2012.

O atual contrato de concessão do transporte coletivo na cidade foi assinado em 2004, na gestão de Marta Suplicy (PT). Naquele ano, 1,6 bilhão de passageiros foram transportados nos ônibus da capital — total contabilizado cada vez que alguém gira uma catraca de algum coletivo. Esse número disparou nos anos seguintes, principalmente após a adoção do bilhete único, que passou a permitir conexões gratuitas dentro de um certo período de tempo. Em 2012, os passageiros transportados chegaram a 2,9 bilhões.

No mesmo período, o valor arrecadado com o pagamento de passagens passou de R$ 3,3 bilhões — valor já corrigido pela inflação no período — para R$ 4,5 bilhões. Entretanto, a quantidade de ônibus circulando na cidade diminuiu ligeiramente em vez de crescer. Hoje, são 13,9 mil coletivos, ante 14,1 mil em 2004. O número total de viagens feitas pelos ônibus também teve uma ligeira queda no período, passando de 200 mil para 193 mil por dia útil. Ou seja: é mais gente sendo transportada pagando um valor mais caro, mas em menos ônibus e em menos viagens



Os números são da própria Secretaria Municipal de Transportes e foram compilados pela reportagem. Como revelam uma queda de conforto no sistema, eles ajudam a entender por que grande parte da população de São Paulo critica a qualidade do transporte coletivo na capital, bandeira que virou tema de protestos nas últimas semanas.

Eficiência

Uma das explicações para que o aumento da arrecadação não ter se traduzido em mais ônibus é a alta de custos do sistema, segundo especialistas. Isso aconteceu por dois motivos. "Em primeiro lugar, a inflação setorial é maior que a inflação ao consumidor amplo. Além disso, há um aumento da ineficiência do sistema nesse período", afirma o assessor técnico da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Marcos Bicalho.


Esse crescimento na ineficiência está ligado à piora do trânsito na cidade ao longo dos últimos anos. Dos dez últimos recordes de congestionamentos registrados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), oito ocorreram de 2008 para cá.

— Como a economia melhorou, é normal que você tenha mais gente usando o transporte público. Mas os ônibus estão fazendo menos viagens, porque ficam parados no congestionamento. Isso aumenta o custo de operação e resulta em uma piora no serviço, mesmo arrecadando mais.

A própria Secretaria Municipal de Transportes admite o problema, conforme atesta documento que faz parte da nova licitação da rede de ônibus. "O sobrecusto gerado pelas deseconomias advindas da falta de racionalização do sistema (...) recai sobre os usuários, que sofrem pela ineficiência do sistema, com o aumento dos tempos de viagens. Por outro lado, também são pressionados os custos do sistema, em especial os custos fixos representados pelo custo do capital e do pessoal operacional, além de um aproveitamento ineficiente da infraestrutura instalada", diz o órgão municipal.

A proposta do prefeito Fernando Haddad (PT) para melhorar esse cenário é justamente essa licitação. A ideia é criar 150 km novos corredores de ônibus - o que, segundo a Prefeitura, deverá aumentar a velocidade média dos coletivos nessas vias para 24 km/h - e outros 150 km de faixas exclusivas na direita. Além disso, as linhas seriam reorganizadas de maneira mais eficiente, privilegiando a conexão nos novos terminais e corredores. As concorrências para os ônibus e as vans somam R$ 46,3 bilhões.



VINAGRE pode





"Ninguém será detido por levar vinagre", garante secretário de segurança de São Paulo
 Governo convidará líderes do MPL  para reunião na segunda, quando está marcado novo ato


O secretário de segurança pública de São Paulo, Fernando Grella, anunciou neste domingo (16), que o governo do Estado convidará as lideranças do MPL (Movimento Passe Livre) para uma reunião na manhã de segunda-feira (17), mesmo dia em que está agendado o quinto protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo na capital paulista.

— Queremos, na verdade, que os manifestantes exerçam seu direito de se expressar, de protestar e também queremos assegurar, a partir da reunião, que as pessoas que trabalham, que estudam e que querem voltar para casa possam fazê-lo da melhor forma possível.

O secretário acrescentou que o fundamental será definir, em conjunto, o trajeto que será percorrido pelos manifestantes.

— Com isso, faremos um ordenamento do trânsito, com bloqueio de ruas adjacentes, de modo que a população não saia prejudicada... Eles terão toda a garantia de que poderão se manifestar, realizar aquele trajeto. Queremos a reunião exatamente para isso.

Grella destacou que a “Polícia Militar tem condições de planejar, com algumas horas de antecedência, a melhor maneira de reduzir o incômodo para a população e de proteger os próprios manifestantes”. Disse ainda que um dos objetivos da reunião é assegurar uma "manifestação pacífica e ordeira", sem os atos de violência verificados no protesto de quinta-feira (13).

— São Paulo é uma cidade livre, uma cidade em que se pode exercer a cidadania. São Paulo não quer violência. Os paulistanos, mesmo os que não participam desse movimento, eles não querem que se repitam os fatos que aconteceram na semana passada. Sabemos que a maioria esmagadora dos que estão indo às ruas quer apenas expressar sua opinião e quer fazê-lo de maneira pacífica.

O secretário afirmou ainda que pretende garantir também a segurança dos profissionais da imprensa que atuarem na cobertura do ato e reiterou que "todos os fatos [de violência contra os repórteres] noticiados, todos eles estão sendo objeto de investigação.
Na última manifestação, ao menos 16 jornalistas ficaram feridos ou foram presos. Um deles, Piero Locatelli, da revista Carta Capita, foi detito por portar vinagre, que carregava para amenizar o efeito do gás lacrimogênio, usado pela polícia.
Sorrindo, Grella garantiu que "ninguém vai ser detido por estar levando vinagre".
— O que ocorre é que, às vezes, o policial se depara com um líquido e não sabe o que acontece. Achamos que vai ser tão pacífica [ a manifestação] que não vai precisar nem de vinagre nem de outro expediente.
O ato desta segunda-feira está agendado para as 17h, no Largo da Batata, zona oeste. Na página criada para divulgar o ato no Facebook, mais de 187 mim internautas confirmaram presença.

mais tumultos




Copa das Confederações: protesto contra aumento do ônibus fecha acessos ao Maracanã e causa tumulto
Manifestantes entraram em conflito com policiais na Radial Oeste


O movimento Operação contra o Aumento da Passagem dos Transportes Públicos, que vem organizando protestos em todo Brasil, se reúne desde as 14h30 nos arredores do Maracanã, onde Itália e México jogam neste domingo (16). Eles protestam também contra os altos investimentos feitos para o Brasil receber megaeventos esportivos, como as Copas das Confederações e do Mundo e a Olimpíada 2016.

A concentração de manifestantes fechou por alguns instantes a passarela do metrô que dá acesso ao Maracanã. Houve grande acúmulo de pessoas, a medida que as composições chegavam à estação.

Por volta as 15h, os manifestantes liberaram meia pista da passarela. No mesmo horário, eles interditaram a Radial Oeste, sentido Méier, na altura da estação São Francisco Xavier. Houve confronto com policiais, que disparam balas de borracha e bombas de efeito moral.

Às 16h, o Metrô Rio informou que a estação São Francisco Xavier foi fechada por motivo de segurança. Por volta das 16h40, o movimento seguiu para a rua São Francisco Xavier, na altura do Maracanã. A Radial Oeste voltou a ser interditada.



Confusão e quebra-quebra

Na noite de quinta-feira (14), manifestantes se reuníram no centro para reclamar do aumento das passagens de ônibus (de R$ 2,75 para R$ 2,95). O protesto terminou com a detenção de ao menos 19 pessoas. Três deles foram autuados na Delegacia da Mem de Sá (5ª DP) por danos ao patrimônio.

Assim como na segunda-feira (10), o movimento, que começou de forma pacífica, resultou em mais uma noite de pancadaria e quebra-quebra. Policiais e estudantes trocaram bombas e montes de lixo foram incendiados. Pedras e balas de borracha voaram pela avenida Presidente Vargas.

Durante a confusão, pelo menos um manifestante e um Polícia Militar foram atingidos por pedradas. Um jovem que não participava do protesto levou um tiro no olho esquerdo. Philippe Brissant de Lima, 20 anos, foi operado no hospital Souza Aguiar. A PM estima que cerca de 2.000 pessoas participaram da manifestação.


Vandalismo no Rio

A manifestação da última segunda também deixou rastros de vandalismo pela região, como muros pichados e janelas quebradas.

A polícia deteve 31 jovens envolvidos na confusão. Nove eram adolescente e 22 maiores de idade. Eles foram liberados no dia seguinte. De todos, apenas Sávio Dias Espanner, de 18 anos, teve de pagar fiança de um salário mínimo para ser liberado. Ele foi flagrado quebrando a moto de um policial do Batalhão de Choque.

Será instaurada investigação para apurar a participação dos demais manifestantes pelo mesmo crime, além de arremesso de artefato em via pública e desobediência.