terça-feira, 30 de abril de 2013

isso eu quero ver...



RECIFE - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), sancionou lei que destina 100% dos recursos dos royalties do pré-sal exclusivamente para a educação, ciência e tecnologia. Potencial candidato ao Planalto em 2014, o pessebista foi o primeiro chefe de Executivo estadual a adotar essa medida, defendida nessa segunda-feira, 29, pela presidente Dilma Rousseff em Campo Grande (MS).


"Não há como disputar, no mundo, se a gente legar uma subeducação à maioria do povo brasileiro", disse Campos, durante a assinatura da Lei 14.960/2013, nesta terça-feira, 30, durante evento prestigiado por entidades estudantis - União Nacional dos Estudantes (UNE), União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), União dos Estudantes de Pernambuco (UEP), União Brasileira os Estudantes Secundaristas (UBES) - e Federação Internacional das Universidades Católicas.

Sem entendimento, pelo Congresso, sobre o modelo de partilha dos royalties do pré-sal, a questão, ainda não definida, aguarda manifestação do Supremo Tribunal Federal (STF). Se aprovado o modelo de divisão igualitária com os Estados, Pernambuco que recebe atualmente R$ 15 milhões/ano de royalties de petróleo, passaria a receber cerca de R$ 345 milhões, o que representa 10% do orçamento estadual da educação (R$ 3,5 bilhões).

Defensora da mesma tese, Dilma anunciou nessa terça que vai enviar nova Medida Provisória ao Congresso propondo a destinação dos royalties do pré-sal para a educação, vez que a MP 492, sobre o assunto, que tramita no Congresso, pode caducar. Indagado porque se antecipar a um projeto federal de mesmo teor, Campos afirmou ser esta uma prerrogativa do Estado. "A lei federal vai disciplinar a utilização de recursos para a parte federal, do governo federal; os Estados e Municípios terão de fazer seus projetos de lei para destinar os recursos e nós fomos o primeiro a tomar a iniciativa."

"Vamos blindar os recursos para que sejam utilizados não no gasto ruim, custeio da máquina e em investimentos que não produzem melhor distribuição de renda e equilíbrio social", afirmou ele, ao destacar que os recursos dos royalties não compõem a base da receita, representam dinheiro a mais. "Vamos continuar a botar os 25% do orçamento na educação."

A medida evita, ainda, segundo ele, que se repita o que ocorreu com o "imposto do cheque", a CPMF, criado para ser destinado à saúde, o que terminou não sendo cumprido.

Em Pernambuco, todos os 49 deputados estaduais - inclusive os de oposição - votaram a favor do projeto de lei. Campos lamentou a falta de condição de entendimento no Congresso sobre a pauta. "As riquezas do pré-sal precisam servir para a unidade e o futuro do Brasil", disse. Ele lembrou que o governo federal esteve perto de um acordo e que a presidente chegou a pedir ao parlamento que não votasse a matéria, tentando ganhar mais tempo visando ao entendimento. "Não foi possível, terminou indo para o Judiciário."

Representantes de todas as entidades estudantis presentes ao evento discursaram, aprovando a iniciativa do governador. O presidente da Federação das Universidades Católicas, Pedro Rubens, pediu urgência na divisão com os Estados dos recursos dos royalties. "Não são os pais das crianças que querem dar educação aos filhos para que eles tenham um lugar na sociedade, como antigamente", afirmou. "É o Brasil que precisa de gente qualificada, bem formada para poder avançar."

Padre foi excomungado por defender o casamento gay,mas igreja nega



Um dia depois de excomungar o padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, a Igreja Católica tenta desvincular a relação da excomunhão com a defesa que o padre fazia dos direitos dos homossexuais pela internet, em suas entrevistas, nas aulas e nos sermões de suas missas. Em nota distribuída pela assessoria do bispado de Bauru (SP), o juiz-instrutor da excomunhão diz que o ato se deu porque o padre não obedeceu aos seus superiores e insistiu em manter um comportamento em desacordo com as regras do sacerdócio.


Embora o bispo tenha exigido que padre Beto retirasse da internet os vídeos em que ele critica a postura da igreja em relação aos temas sexuais, a nota afirma que o padre não foi excomungado por defender os interesses dos homossexuais porque "isso não é matéria para excomunhão na Igreja". O comunicado diz que a excomunhão ocorreu "(...) de modo automático, em virtude da sua contumácia (obstinação) num comportamento que viola gravemente as obrigações do sacerdócio que ele livremente abraçou".

A nota completa: "a excomunhão foi declarada porque ele se negou categoricamente a cumprir o que prometera em sua ordenação sacerdotal: fidelidade ao Magistério da Igreja e obediência aos seus legítimos pastores", diz o juiz-instrutor, cuja identificação não foi divulgada pela igreja alegando motivos de segurança. O juiz-instrutor é designado pelo Vaticano e foi nomeado para o caso pelo bispo de Bauru, Dom Frei Caetano Ferrari.

Padre Beto reagiu à nota com indignação: "Então um padre pode ser pedófilo que ele não será excomungado só porque obedece aos seus superiores?", questionou. Segundo ele, a nota do juiz-instrutor é "uma artimanha para tirar o foco da questão, pois hoje, em pleno século 21, a sociedade não tolera mais isso, não tolera mais inquisições", diz. Padre Beto também negou a versão dada pelo juiz-instrutor, de que a excomunhão não tem relação com suas declarações em defesa dos gays. "Se fosse realmente isso, o bispo não teria exigido que eu retirasse os vídeos da internet com minhas reflexões sobre o assunto e pedisse perdão".

"Vejo essa carta como um pedido de socorro numa tentativa desesperada da Igreja de tirar foco sobre uma atitude intolerante que eles praticaram contra minha liberdade de reflexão e pensamento", continuou o padre. "Se não queria saber das minhas reflexões, por que a Igreja gastou dinheiro com minha formação, me enviou para estudar e fazer doutorado na Alemanha, na mesma universidade em que estudou o Papa Bento XVI e Frei Leonardo Boff?", comentou.

Segundo o bispado de Bauru, após a excomunhão, declarada pelo juiz-instrutor, o padre enfrentará agora um processo para demissão do estado clerical, quando então não poderá mais ser chamado de padre e ficará impedido do exercício do ministério sacerdotal. Durante o processo, o padre ainda poderá ser chamado para dar esclarecimentos a um juiz-notário nomeado para reunir provas. Por outro lado, se padre Beto demonstrar arrependimento, a Igreja poderá retirar a excomunhão, mas não a demissão. No entanto, não é esta a intenção de Beto. "Não me arrependeria dos meus atos nem que ainda existisse fogueira", afirmou.

Roger Waters apresenta ópera no Brasil



A escala épica em que Roger Waters costuma trabalhar faz de sua ópera Ça Ira - Há Esperança, um trabalho coerente. Que o diga os que assistiram à epopeia audiovisual The Wall, um clássico atestado do eficaz populismo artístico que Waters pratica como poucos, remontado no Morumbi, em 2012. Antecessor de Ça Ira, The Wall trouxe questões complexas sobre direitos humanos e a liberdade do indivíduo, resumidas ao espetáculo pop, falando às vísceras através do colossal. Coloque-a em um teatro, substitua as guitarras por violinos, adicione árias, e o resultado não será distante da ópera sobre a revolução francesa que Waters estreia no Teatro Municipal, por quatro noites, a partir desta quinta-feira.


"O mote é a liberdade", explica o ex-integrante do Pink Floyd em entrevista coletiva. "A revolução francesa derrubou a ideia de que o poder está nas mãos de poucos, mas ainda não somos livres. Chegou a hora de nos desfazermos do extremismo religioso, de abolirmos estados controladores", completa, após frisar que Ça Ira não é uma ópera-rock, e sim um espetáculo construído nos moldes da tradição erudita.

A música foi composta nos anos 80, a partir de um libreto do letrista e roteirista francês Étienne Roda-Gil e de sua mulher Nadine, mas o trabalho foi engavetado após a morte de Nadine. Ganhou os palcos apenas em 2005 (passou por Manaus, em 2008), e chega reformulado a São Paulo, com música nova e um cenário contemporâneo, desenvolvido por André Heller-Lopes. A montagem tem referências na vida do artista Arthur Bispo do Rosário, e usa elementos de seu confinamento a um manicômio para discutir sanidade e liberdade.


A música, no entanto, bebe em Brahms, Beethoven e Puccini, inspirações um tanto conservadoras para um herói do rock progressivo, mestre da psicodelia calculada, coautor de verdadeiras sinfonias modernas como Dark Side of the Moon e The Wall (esta última quase inteiramente sua).

"Busquei no meu coração melodias e estruturas fáceis de compreender. A música erudita do século 20 é por vezes demasiadamente cerebral. Quis trabalhar no idioma de Berlioz, de Puccini", explica Waters, que procurou a ajuda do maestro Rick Wentworth, autor de trilhas como as de Piratas do Caribe e A Fantástica Fábrica de Chocolate, para dar um verniz orquestral respeitável à música.

Mesmo assim, Waters se distancia da ideia de um musical popularesco. Durante o voo ao Brasil, forçou-se a assistir à nova versão hollywoodiana de Os Miseráveis, e achou o filme um "monte de m...". A gênese de Ça Ira se fez em 1988, quando Roda-Gil lhe mostrou o libreto. Waters se identificou com a espirituosa abertura, em francês, e fechou-se em um estúdio para compor. Se houve alguma preocupação com o desafio de compor em um idioma completamente novo? Não. "Comecei pela primeira página. Cantei, toquei e gravei. Fui até a página 50", conta ele.

Adicionou o arranjo com um gravador multicanais, fez uma demo. "O (François) Mitterrand chegou a ouvir. Gostou. Quis fazer algo para uma das comemorações da revolução, mas nada aconteceu até 95, quando Rick e eu começamos a trabalhar", explica.

Quando finalmente estreou, em Roma, em 2005, não havia sido a primeira vez que grandes de sua geração se aventuraram pelo território erudito. Paul McCartney já havia composto para orquestra; Billy Joel peças para piano. Stuart Copeland, baterista do Police, já tinha composto a própria ópera, assim como Elvis Costello, que encenou seu trabalho acompanhado de um balé.

"Demorou para que chegássemos a um consenso sobre som e montagem. Mas aprendi muito durante o processo", conta o maestro Rick Wentworth. "Ça Ira diz muito sobre a visão conceitual de Roger, assim como The Wall. Ele estudou arquitetura antes de ser músico, e a ideia estrutural parece vir facilmente a ele", completa.

Ça Ira será encenada com um ótimo elenco nacional, que inclui a soprano Gabriella Pace, o tenor Giovanni Tristacci, o barítono Leonardo Neiva, além de Lina Mendes, também soprano. Roger Waters acompanhou todos os detalhes da nova montagem.

ÇA IRA- HÁ ESPERANÇA
Teatro Municipal de São Paulo. 2, 4, 7 e 9 de maio.
R$ 40 a R$ 100. Ingressos pelo site ingressorapido.com.br

ta chique o negocio :)


Cachaça 51 aparece na série ‘The Big Bang Theory’






A famosa cachaça brasileira 51 fez uma ação de marketing no seriado The Big Bang Theory, que está entre os que fazem maior sucesso nos EUA. A garrafa apareceu por três vezes no cenário durante episódio que foi ao ar na última quinta-feira no país e vai ao ar nesta quarta-feira no Brasil, na Warner Channel.
Durante a transmissão, a garrafa de 51 foi vista por nada menos que 15,05 milhões de norte-americanos