quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Premiê da Bulgária renuncia após protestos populares







O primeiro-ministro da Bulgária, Boiko Borisov, anunciou sua renúncia do governo nesta quarta-feira, após dias de protestos contra as medidas de austeridade e os altos preços de eletricidade.

"Nós temos dignidade e honra. É o povo que nos coloca no poder e nós o demos de volta para eles hoje", disse Borisov ao parlamento.

A popularidade do primeiro-ministro e de seu governo de centro-direita foi diminuindo depois de anos de cortes orçamentários. Na segunda-feira, ele demitiu seu ministro de Finanças pró-austeridade em um esforço para acalmar os críticos e, na terça-feira, o governo se movimentou para reduzir os preços da eletricidade e revogar a licença do maior fornecedor estrangeiro de energia do país.

Mas as medidas do governo não satisfizeram os manifestantes, que enfrentaram temperaturas abaixo de zero para protestar nas ruas novamente na noite de terça-feira. Alguns manifestantes agitavam bandeiras em Sofia, na Bulgária. Outros carregavam velas. A multidão acusou o governo de corrupção.

Classe média chega a 65% dos moradores de favelas no Brasil





A maior parte dos moradores de favelas no Brasil ingressou para a classe média, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Data Favela. De 2002 a 2013, a parcela de moradores de favelas que pertenciam à classe baixa encolheu de 60% para 32%, enquanto a parcela incluída na classe média cresceu de 37% para 65%.

O instituto de pesquisas Data Favela foi lançado nesta quarta-feira (20), numa parceria entre o sócio-diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, e Celso Athayde, da Favela Holding Participações.

Ainda segundo a pesquisa, as favelas brasileiras abrigam cerca de 12 milhões de pessoas, que geram R$ 56,1 bilhões de renda por ano. Esse valor é próximo ao do PIB (Produto Interno Bruto) da Bolívia, de cerca de R$ 57 bilhões (US$ 27,8 bilhões), segundo estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Celular passou de 26% para 89% nas favelas
O aumento de renda dessa parte da população também pode ser observado pela maior presença dos eletrodomésticos nos domicílios. De 2002 a 2013, o número de celulares passou de 26% para 89%; computadores com internet, de 1% para 31%; e máquina de lavar roupas, de 25% para 52%.

O estudo também aponta que a maior parte das compras realizadas pela população da favela é feita dentro das comunidades.

Em torno de 80% das recargas para o celular, serviços de salão de beleza e compras de alimentos em mercados e padarias são adquiridos dentro nas favelas. A exceção é a compra de eletrodomésticos: 60% delas são feitas em locais distantes da comunidade



Escolaridade aumentou
A escolaridade também média também aumento: 35% dos habitantes passaram a ter ensino médio completo, ante 13% em 2002. O número de analfabetos caiu de 51% para 33%. No total, a média de estudos passou de quatro para seis anos.

O Amazonas, Pará e Amapá são os Estados com a maior porcentagem da população vivendo em favelas: mais de 10%. Mas em São Paulo e no Rio de Janeiro há o maior número absoluto de pessoas que habitam as comunidades.

A média de idade dos habitantes das favelas, de 30 anos, também tem crescido. Os jovens de até 14 anos eram 31% da população das comunidades em 2002. Em 2013, passaram para 26%. A população com idade entre 35 e 59 anos cresceu de 27% para 31% no mesmo período.

A pesquisa "As favelas brasileiras, um mercado de R$ 56 bilhões" é uma parceria do Data Popular com Celso Athayde e foi feita com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).



Musica: Nirvana


NIRVANA: Kurt Cobain faria 46 anos hoje. Banda esteve no Brasil em 1993 e vocalista perdeu composições inéditas, saindo angustiado

TIM tem até sexta para se defender de derrubar ligação de propósito

(Imagem meramente ilustrativa)




A TIM precisa apresentar para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) nesta sexta-feira (22) uma nova manifestação para se defender da acusação de que derrubava, de propósito, as ligações dos clientes para aumentar arrecadação.

O caso, antecipado pela Folha em agosto do ano passado, tem como base um relatório inicial feito pela área técnica da agência, em que a empresa era acusada de interromper as chamadas dos usuários que usavam o plano Infinity. Nesse modelo, a cobrança dos clientes era feita por ligação, e não por tempo de uso.

A agência monitorou todas as ligações entre março e maio, em todo o Brasil, e comparou as quedas das ligações de usuários Infinity e "não Infinity".

O documento concluía que a TIM "derrubava" de forma proposital as chamadas de usuários. As interrupções no plano "Infinity" eram quatro vezes superiores às dos demais usuários.

O relatório, feito entre março e maio, foi entregue ao Ministério Público do Paraná.

A TIM disse que não vai comentar o assunto.

NOVO RELATÓRIO

Desde então, o caso foi encaminhado para a Superintendência de Serviços Privados, para uma nova avaliação. O presidente da Anatel, João Rezende, disse que não teve acesso ao novo documento, mas que a empresa já recebeu o novo texto e agora terá de prestar novos esclarecimentos.

"Tanto o primeiro relatório como segundo são preliminares", disse Rezende.

O processo continuará sendo analisado dentro da agência após a remessa de novas informações pela empresa.
"Se a empresa concordar com a sanção, ela pode não recorrer. Se não concordar, ela recorre ao conselho diretor e o conselho vai decidir", explicou Rezende.

A agência já criou um Pado (Processo de Apuração de Descumprimento de Obrigações) para esse caso. É por meio desse instrumento que as multas são aplicadas pela agência.