Metrô de SP deve parar na próxima quinta-feira, diz sindicato
Paralisação ainda dependerá de uma assembleia marcada para o dia anterior
Após uma assembleia em SP com a presença de todas as centrais sindicais do País, na noite de quinta-feira (4), o Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu que a categoria deve cruzar os braços na próxima quinta-feira (11), segundo o secretário-geral da entidade e presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin. Apesar do consenso, a paralisação das atividades ainda será votada, novamente, em assembleia, na próxima quarta-feira (10).
A decisão foi tomada pouco antes das 22h. De acordo com Pasin, a assembleia “contou com a presença de todas as centrais sindicais, que passaram um quadro sobre a mobilização que está acontecendo em todas as categorias”.
— Nós votamos que os metroviários paralisam as atividades no dia 11. Temos uma pauta conjunta do movimento. Nós, metroviários, também introduzimos questões das mobilizações da juventude, como a tarifa zero, somos contra as parcerias público-privadas, concessões feitas pelos diversos níveis de governo que transferem lucro à iniciativa privada, e mais investimento no transporte sobre trilhos. Na pauta geral foi acrescentada a questão da correção da tabela do imposto de renda dos trabalhadores.
Pasin também adiantou que haverá uma nova assembleia com a categoria, um dia antes da paralisação para decidir se, realmente, eles vão aderir à greve. Caso optem por cruzar os braços, os trabalhadores vão discutir como funcionarão as operações do metrô na quinta-feira.
O secretário-geral ainda disse que a greve é “em defesa da população”.
— Nós esperamos que tanto o Ministério Público quanto a Justiça do Trabalho entendam que essa é uma paralisação para garantir o direito de ir e vir da população, porque o que limita esse direito são as tarifas altas. Esperamos que não haja decisão judicial impedindo a greve.
O Sindicato dos Metroviários informou que antes da paralisação irá procurar outros sindicatos da área de transportes, como de funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na tentativa de aumentar a adesão ao movimento grevista.
A greve foi convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), e chamou a Força Sindical, a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), a UGT (União Geral dos Trabalhadores), a Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e a CGTB (Central Geral de Trabalhadores Brasileiros). O Movimento dos Sem Terra também deverá participar.
De acordo com o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, entre as demandas, estão a redução da jornada de trabalho, reajuste das aposentadorias e maiores investimentos em saúde e educação.
— Queremos fazer uma crítica à política econômica do governo, nos manifestar contra a inflação