segunda-feira, 11 de março de 2013

Autor de Harlem Shake é processado por dois artistas

O DJ Baauer enfrenta acusações de ter utilizado trechos de material alheio






Quem não conhece o Harlem Shake atualmente? O problema é exatamente esse. Com a fama da música do DJ Baauer, o hit chegou até os ouvidos de duas pessoas que agora vão fazer a vida do músico um inferno.

O cantor Héctor Delgado é porto-riquenho e seu estilo musical é o raggaeton, mas ele diz que sua voz pode ser ouvida no refrão de Harlem Shake.

É a mesma alegação de Jayson Mussom, rapper americano que também pede uma indenização da gravadora que lançou o single de Baauer em 2012.


Apesar da polêmica, é comum artistas usarem amostras de obras alheias em suas músicas. O problema é que tudo indica que o DJ Baauer não pediu autorização para as gravadoras de Héctor e Jayson. Quem será que vai ganhar essa?

Harlem Shake virou um meme na internet quando um vídeo publicado no youtube, de adolescentes dançando ao som da música, se tornou viral. Foi questão de horas até a internet estar cheia de vídeos do Harlem Shake, inclusive a equipe do R7.





YouTube bane Harlem Shake com atrizes pornô
Produtora de conteúdo sexual fez paródia com oito de suas atrizes







“Definitivamente o melhor Harlem Shake”, dizia o teaser do vídeo. Só que o YouTube não pensa da mesma forma.

Uma empresa que faz produções pornôs criou uma paródia do Harlem Shake com oito de suas atrizes.

O vídeo, de 30 segundos, entrou no YouTube no domingo e chegou a 30 mil visualizações, mas foi removido.


Haddad quer discutir modelo mais seguro para ciclofaixas de São Paulo






O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, quer ir à mesa com cicloativistas para discutir um modelo mais seguro às ciclofaixas da cidade, conforme disse ele em conversa com jornalistas na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta segunda-feira (11). Na manhã deste domingo (10), um ciclista foi atropelado por um carro na avenida Paulista e teve o braço amputado no acidente.

— Muito lamentável o episódio de ontem...causou indignação em toda a população. Eu sempre fui defensor da tese de que tínhamos que utilizar melhor vias secundárias preparadas para as ciclofaixas. Temos um estudo em andamento para isso, o que não impede os movimento cicloativistas de defender um outro tipo de modelo e a gente sentar à mesa para tecnicamente discutir.

O prefeito enfatizou a necessidade de diálogo com os ciclistas o estabelecimento de regras seguras e viáveis para todos.

— Ninguém discute a necessidade de ouvir os cicloativistas. Mas é preciso tocar a agenda e nos debruçarmos sobre o assunto e ouvir técnicos para discutir o futuro.

Haddad falou a jornalistas após um encontro com a comissão internacional da Expo 2020 para debater o potencial da cidade para servir de sede ao evento. A Expo é um evento mundial que conta com exposições de todos os países sobre temas diversificados.

O efeito da baixaria



Comentários grosseiros em blogs e sites de notícias distorcem a compreensão de leitores sobre o conteúdo informado

Dominique Brossard e Dietram A. Scheufele*

No início, os deuses da tecnologia criaram a internet e viram que era algo bom. Finalmente havia um espaço público com potencial ilimitado para um debate racional e uma troca de ideias, uma espécie de ponte para ampliar os horizontes ligando as muitas barreiras geográficas, sociais, culturais, ideológicas e econômicas que nos separam na vida, uma maneira de fazer as coisas livremente.



Mas então alguém inventou a seção de “comentários do leitor” e o paraíso foi perdido.

A internet, deve ser dito, ainda é um lugar maravilhoso para o debate público. Mas quando se trata de ler e compreender artigos online – como este, por exemplo – este meio pode ter um efeito surpreendente poderoso sobre a mensagem. Uma pesquisa feita por nós mostrou que comentários de alguns leitores podem distorcer, e muito, o que outros leitores acham daquilo que foi inicialmente informado nos artigos e notícias.

Mas, neste caso, não é o conteúdo dos comentários que importa. É o tom deles.

No nosso estudo publicado online no mês passado na revista acadêmica The Journal of Computer – Mediated Communication, nós dois e mais três colegas relatamos um experimento para medir o que pode ser chamado de “efeito grosseria”.


Selecionamos 1.183 participantes e pedimos para lerem cuidadosamente um post de um blog fictício em que eram explicados os riscos e os benefícios potenciais de um novo produto tecnológico chamado “nanopartícula de prata”. De acordo com o artigo no blog, estes elementos minúsculos de prata, mais finos do que 100 bilionésimos de um metro em qualquer dimensão, têm vários benefícios potenciais (como propriedades antibacterianas) e riscos (como contaminação da água).

Em seguida, os participantes eram instruídos a ler os comentários, supostamente publicados no blog fictício por outros leitores, para depois responder às perguntas sobre o conteúdo do próprio artigo.

Metade dos participantes foi exposta aos comentários de leitores mais civilizados e a outra metade, às opiniões mais grosseiras – em ambos os grupos, o conteúdo, a extensão e a intensidade dos comentários eram equivalentes, embora variassem entre os que apoiavam a nova tecnologia e os mais cautelosos em relação aos riscos.

A única diferença era que os comentários grosseiros continham palavrões ou insultos pessoais como “Se você não vê benefícios no uso da nanotecnologia neste tipo de produto, você é um imbecil” ou “Você é estúpido se não pensa nos riscos para os peixes, plantas e outros animais por causa da água contaminada com prata”.

Os resultados do experimento foram surpreendentes e perturbadores. Os comentários mais grosseiros não só polarizaram os leitores que participaram da pesquisa, mas com frequência mudaram a interpretação deles sobre o próprio conteúdo do artigo.

No grupo exposto às reações mais contidas, tanto os participantes que apoiaram a nova tecnologia quanto os que a desaprovaram ao ler o texto mantiveram sua opinião depois de ler os comentários. Já os outros participantes, que leram as manifestações grosseiras, ficaram depois com uma compreensão mais polarizada sobre os riscos da nanopartícula fictícia.

O simples fato de haver um ataque pessoal no comentário de um leitor foi suficiente para fazer os participantes pensarem que as desvantagens da tecnologia fossem maiores do que eles haviam imaginado antes ao ler o texto.

Embora seja difícil quantificar os efeitos distorcivos dessa grosseria online, ela ocorre de maneira substancial e particularmente – talvez ironicamente – na área do jornalismo científico.

Cerca de 60% dos norte-americanos que buscam se informar sobre assuntos científicos afirmam que a sua fonte primária de informação é a internet – ela aparece no topo sobre qualquer outra fonte de notícias.

Novas regras. A situação em que vivemos, de uma mídia online emergente, criou um novo fórum público sem as tradicionais normas sociais e o autocontrole que normalmente influenciam nossas trocas de ideias cara a cara com uma pessoa – e este meio determina cada vez mais aquilo que sabemos e o que achamos que conhecemos.

Claro que uma estratégia possível para diminuir o efeito da grosseria é fechar completamente o espaço de comentários, como algumas empresas de comunicação e blogueiros fazem. Por exemplo, o post no blog de Paul Krugman, no New York Times, publicado no dia que marcou os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, terminou simplesmente com: “não vou permitir comentários neste post, por razões óbvias”.

Outras organizações de mídia adotaram regras para favorecer a civilidade entre os leitores de seus sites ou para receber comentários de usuários mais moderados.

Mas, como dizem, é só para enxugar gelo. A interação do leitor é parte do que faz a internet ser a internet, como também o Facebook, Twitter e qualquer outra plataforma de mídia social. Este fenômeno só vai ganhar mais impulso à medida que avançamos para um mundo de celulares e TVs inteligentes em que qualquer tipo de conteúdo se incorpora imediatamente ao fluxo constante de comentários e aos contextos sociais.

É possível que as normas sociais neste admirável domínio novo mudem mais uma vez – e que os usuários passem a rejeitar ataques mesquinhos de alguém que assina com um pseudônimo e, em vez disso, cultivem o debate civilizado. Até então, tenham cuidado com o efeito grosseria.

MP vai apurar contratação de gogo boy para festa de prefeitura em SC

Prefeito de Palhoça, na Grande Florianópolis, nega que modelo tenha sido pago com dinheiro público e afirma que dançarino não era gogo boy pois usava sunga preta e não branca






O Ministério Público de Santa Catarina abriu, nesta segunda-feira, 11, um inquérito para investigar se a Prefeitura de Palhoça, cidade da Grande Florianópolis, teria contratado um gogo boy para animar a festa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher oferecida às funcionárias do município na última quinta-feira, 7.


De acordo com o MP-SC, a promotora Andréa Machado Speck não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso, mas decidiu analisar em que circunstâncias o evento foi realizado.

A festa reuniu cerca de 1,3 mil mulheres e teria custado R$ 7,5 mil. O prefeito da cidade, Nirdo Artur Luz (DEM), no entanto, nega que o modelo tenha sido contratado pela prefeitura. Ele afirma que o homem, chamado Rodrigo Mendonça, foi levado à festa por iniciativa pessoal do diretor de eventos da prefeitura, Edmilson Cruz, e que o diretor teria concordado em pagar os custos do evento para que a prefeitura não seja acusada de mal uso do dinheiro público.

Durante a festa, Mendonça teria distribuído exemplares da revista G Magazine, da qual é capa da edição de março. Ele teria dançado para as mulheres só de sunga e as fotos se espalharam pelo Facebook causando polêmica entre os moradores da cidade.

Em seu perfil na rede, Mendonça se descreve como "Corretor Imoveis,Modelo, Recepcionistas de eventos e demostradores, Mister Sc 2012" (sic). No dia do evento, ele postou uma mensagem dizendo que participaria de uma festa para mais de 800 mulheres em Palhoça.


Durante a entrevista ao Estadao, o prefeito afirmou diversas vezes que Mendonça não era gogo boy, mas sim "modelo fotográfico", pois usava uma sunga preta e não branca. "Isso é o que as mulheres dizem, que gogo boy usa sunga branca, e ele estava de sunga preta", disse.

Segundo ele, as servidoras "adoraram" a surpresa e a repercussão negativa do caso se deve a intrigas dos seus inimigos políticos.



Sera que pega???

Político que não cumprir promessas de campanha vai para cadeia, defende projeto de lei






Está sendo analisado na Câmara um projeto que torna crime o não cumprimento de propostas de governo registradas no período eleitoral, além daquelas divulgadas pelo candidato no rádio, na TV e na internet.
De acordo com a PL 4.523/12, do deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), o Código Penal seria alterado e o estelionato eleitoral seria incluído entre as práticas de estelionado. A punição atual é de um a cinco anos de reclusão e multa.

Brasil tem 13 milhões de pessoas com doenças raras, diz pesquisa



Há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras no Brasil, número superior à população da cidade de São Paulo, informa pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11)pela Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), em um seminário sobre o tema realizado na capital paulista.

O estudo diz ainda que diante da falta de uma política nacional para lidar com esse tipo de doença — cujo conceito, ainda que não seja unânime, é de doenças que atingem uma parcela pequena da população —, pessoas afetadas muitas vezes têm dificuldades em obter o tratamento adequado ou precisam recorrer à Justiça para ter acesso a medicamentos.

Entre as doenças raras estão males como a esclerose lateral amiotrófica (doença degenerativa dos neurônios motores), o hipotireoidismo congênito, a doença de Pompe (mal genético que causa hipertrofia cardíaca na infância), a fibrose cística do pâncreas ou do pulmão e até mesmo a doença celíaca (intolerância ao glúten).

Bonecas de porcelana: doença rara deixa gêmeas com ossos de vidro

Estima-se que haja 7.000 doenças raras diagnosticadas, sendo 80% delas de origem genética. Outras se desenvolvem como infecções bacterianas e virais, alergias, ou têm causas degenerativas. A maioria (75%) se manifesta ainda na infância dos pacientes.

— Se individualmente atingem um número restrito de pessoas, em conjunto elas afetam uma parcela considerável da população mundial - entre 6% e 8%, ou 420 milhões a 560 milhões de pessoas. O desafio é considerável, levando-se em conta que 95% das doenças raras não possuem tratamento e dependem de uma rede de cuidados paliativos que garantam ou melhorem a qualidade de vida dos pacientes.

'Barreiras'

No Brasil, pacientes com doenças raras enfrentam 'diversas barreiras' para conseguir tratamento especializado e medicamentos, afirma a Interfarma. Como não existe uma política integrada de tratamento desses males, o atendimento ocorre de forma 'fragmentada', na opinião da associação.

Irmãos com doença genética rara morrem após anos de luta contra o problema

Dados do Ministério da Saúde citados pelo estudo apontam que há 26 protocolos clínicos para doenças raras no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde) - esses protocolos são a 'porta de entrada' para a assistência para doenças raras na saúde pública.

Doença rara faz menino sorrir permanentemente

O Ministério contabiliza 45 medicamentos, tratamentos cirúrgicos e clínicos para doenças raras, 70 mil consultas realizadas e mais de 560 procedimentos laboratoriais para tratamento e diagnóstico, a custos de mais de R$ 4 milhões por ano.

Mas, segundo a Interfarma, além de algumas doenças não estarem inseridas em nenhum protocolo, apenas um dos 18 protocolos (o da doença de Gaucher, mal em que restos de células envelhecidas se acumulam sobre órgãos como fígado, baço e medula óssea), prevê o uso de 'drogas órfãs', que são medicamentos específicos para doenças raras ou negligenciadas.

Com isso, muitos pacientes do SUS acabam tendo acesso apenas a medicamentos paliativos, 'que amenizam os sintomas das doenças, mas não interferem em sua evolução'.

O estudo contabiliza 14 doenças raras que têm medicamentos órfãos já registrados na Anvisa (agência de vigilância sanitária) e comercializados no país, mas não disponíveis no SUS. Muitos pacientes recorrem então à Justiça, numa espécie de 'corrida de obstáculos' para obter o tratamento adequado.

Segundo o estudo, 'o fato de o Brasil não possuir uma política oficial específica para doenças raras não significa, porém, que os pacientes não recebam cuidados e tratamento. Os medicamentos acabam chegando até eles, na maioria por via judicial. E o SUS, de uma maneira ou de outra, atende essas pessoas - porém, de forma fragmentada, sem planejamento, com grande desperdício de recursos públicos e prejuízo para os pacientes'.

Outro problema é o déficit de geneticistas para desenvolver pesquisas a respeito e o fato de a maior parte dos centros de estudo de doenças raras se concentrarem apenas nas áreas mais ricas do Brasil.

Nos cálculos do estudo, faltam ao país 1800 geneticistas.

— Faltam pesquisas e informações sobre essas doenças; os profissionais da área carecem de treinamento e capacitação — o que compromete ou retarda o diagnóstico - e, muitas vezes, o próprio sistema de saúde não oferece meios para que seja realizado a tempo.