segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Vaticano tem problemas fiscais e rombo somou US$ 18,4 milhões em 2011




LONDRES - Uma das principais causas da crise financeira europeia é o tamanho do Estado. Nos últimos anos, vários países da região gastaram mais que do que entrou nos cofres públicos e a saúde financeira foi ladeira abaixo. Ao oeste do Rio Tibre, localizado no centro de Roma, a cidade-estado do Vaticano sofre com mesmo problema da Itália, Grécia e Espanha. Ou seja, as contas papais estão no vermelho.



Soberano da Itália desde 1929, o Vaticano amargou recentemente um dos piores anos de sua história em termos fiscais. Balanço aprovado pelo Conselho de Cardeais em julho do ano passado mostra que a cidade-estado amargou um déficit de US$ 18,4 milhões em 2011. Em 2010, após esforço para melhorar as contas, a Santa Sé havia registrado um auspicioso superávit de US$ 9,9 milhões.

O balanço aprovado pelo conselho dos cardeais não esconde a causa do rombo. "O item mais significativo nos gastos foi o relativo ao pessoal, que em 31 de dezembro somava 2.832 pessoas. Gastos com comunicação também devem ser considerados", diz o documento que apresentou o balanço de 2011. Apesar de ter o 7º menor mercado de trabalho do mundo, a cidade-estado tem um índice elevado de trabalhadores por habitante: são 3,5 empregados para cada um dos 800 moradores da Santa Sé.

Ou seja, os servidores do Vaticano representam 354% da população. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o porcentual dos servidores públicos sobre a população no Brasil é cerca de 12% e, na média dos países da OCDE, o porcentual é de 22%.

Além de reconhecer que o tamanho da máquina afetou as contas públicas de 2011, o documento do Vaticano reconhece que a crise global também derrubou o fôlego financeiro. "O resultado foi afetado pela tendência negativa dos mercados financeiros globais, o que tornou impossível alcançar as metas estabelecidas no Orçamento", dizem os cardeais.

Bilheteria

A principal receita do Vaticano vem da cobrança de ingressos para a entrada em alguns dos belos edifícios ao redor da Praça de São Pedro. A receita com a bilheteria alcançou US$ 112,7 milhões em 2011, valor 10,8% maior que o visto um ano antes. Segundo a Igreja, foram mais de 5 milhões de visitantes naquele ano.

Apesar de mais turistas terem passado por lá, as doações não cresceram tanto. O dinheiro dado pelos fiéis diretamente ao Vaticano somou US$ 69,7 milhões em 2011, em alta de 3,1% - ritmo de crescimento de menos de um terço da bilheteria.

Com as doações em baixa, o Vaticano pediu apoio às demais áreas da Igreja mundo a fora. Segundo o balanço, o "apoio econômico oferecido por circunscrições eclesiásticas de todo o mundo para manter o serviço da Cúria Romana" somou US$ 32,1 milhões em 2011, 17,5% mais que um ano antes.



Na integra,o anuncio da renúncia do Papa Bento XVI





"Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.

Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20h, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus."

Cardeal de Milão é o mais cotado para ser o novo papa




A renúncia do Papa Bento XVI despertou especulações sobre quem será o próximo "sucessor do apóstolo Pedro", líder da Igreja Católica Apostólica Romana. Nas discussões informais em Roma, quem encabeça a lista dos papáveis atualmente é o cardeal italiano Angelo Scola, da arquidiocese de Milão, uma das mais importantes da Itália.


A lista dos nomes considerados traz ainda outros representantes da Europa, Canadá, Estados Unidos e também da América Latina - entre eles, o brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.

Embora não existam pré-requisitos oficiais para ser um "papável", há mais de 600 anos eles elegem entre si o novo Papa. Atualmente, existem 119 cardeais eleitores, isto é, com menos de 80 anos e que podem votar.

Durante o período de transição, quem administra a Igreja é o colégio de cardeais, especialmente na figura do "camerlengo", o responsável pelos bens da Cidade do Vaticano. Trata-se do Secretário de Estado, o "número dois" do Vaticano, atualmente o cardeal italiano Tarciso Bertone.

Pela proximidade com o Papa, Bertone é um dos candidatos naturais para suceder Bento XVI, embora neste momento não seja o favorito. Sua função envolve grande autoridade política e diplomática e, por isso, ele conhece bem o funcionamento do Vaticano.

Pertence à congregação dos religiosos Salesianos de Dom Bosco (SDB), uma das mais bem sucedidas na atualidade, conhecida no Brasil pela atuação na área de educação. No entanto, boa parte dos cardeais não enxerga em Bertone um bom administrador e muito menos um bom "pastor". Alguns erros de gestão e o recente escândalo de vazamento de documentos secretos do Vaticano, que ficou conhecido como "VatiLeaks", enfraqueceram sua imagem. Ele certamente receberá votos no conclave, mas uma eventual eleição de Bertone para o papado seria uma surpresa, pois seu nome divide mais do que congrega.

O favorito Angelo Scola, da arquidiocese de Milão, uma das mais importantes da Itália, é especialista em antropologia teológica e muito alinhado a Bento XVI, o que é visto como uma qualidade. Ambos são pensadores católicos. Scola é mais extrovertido e carismático do que Ratzinger.

É muito aclamado em Milão e, portanto, está acostumado com multidões. Seus fãs dizem que Scola mistura a autoconfiança de João Paulo II com a intelectualidade de Bento XVI. Ele tem 71 anos, idade que lhe confere ampla experiência como religioso, bispo e administrador, sinalizando que seu pontificado duraria até 20 anos - seria mais longo do que o de Bento XVI, Papa por apenas sete anos. Porém, é justamente a idade que pode tirar votos de Scola: alguns cardeais querem um papado mais longo.

Contra Scola também está o fato de que ele nunca ocupou um cargo no Vaticano e, além disso, representaria o segundo pontificado consecutivo de intensos ensinamentos teológicos, o que poderia ser considerado um excesso. Também pesa sua nacionalidade italiana, pois alguns cardeais acreditam que é preciso renovar, escolhendo alguém diferente, talvez até de fora da Europa.

Brasileiro

O brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, não é considerado um favorito, mas sua eleição tampouco seria uma surpresa. Scherer lidera a mais importante arquidiocese do Brasil - país com maior número de católicos - e uma das maiores da América Latina. Isso atribui a ele grande visibilidade e experiência pastoral. O cardeal brasileiro também tem ampla vivência em Roma, onde trabalhou e estudou por sete anos. Outra qualidade a ser notada pelos cardeais é o fato de Scherer dialogar com diferentes movimentos, desde os grupos mais tradicionalistas, como Opus Dei e os Focolares, até os mais novos, como a Renovação Carismática Católica (RCC), e as pastorais sociais. Ele poderia ser um candidato de consenso, alinhando europeus e latino-americanos, tradicionais e moderados.

Em entrevista ao Estado, em maio de 2012, o arcebispo de São Paulo disse que não imaginava a possibilidade de ser Papa. "Só um será eleito Papa e existem tantos que podem ser escolhidos! É o conclave que decide, não alguém que se propõe ou que diz 'quero ser Papa' ou 'vote em mim, eu vou ser Papa'", explicou o cardeal Scherer. "Não passa pela minha cabeça outra coisa além de ser arcebispo de São Paulo."

Observadores costumam dizer que embora os brasileiros sejam vistos em Roma como homens simpáticos, não são firmes o suficiente para o papado. Outra dúvida a ser levantada no conclave é se Scherer vem respondendo à altura ao crescimento das igrejas evangélicas e ao fortalecimento do ateísmo no Brasil. O fato de ser de família alemã também pode ser um empecilho, pois, para alguns, representaria o segundo Papa "alemão" consecutivo. Com 63 anos, seria esperado do eventual Papa brasileiro um longo pontificado.

América Latina

O cardeal argentino Leonardo Sandri é um dos preferidos, pois trabalha no Vaticano como Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, foi Vice-Secretário de Estado entre 2000 e 2007 e é visto como um bom administrador. Para alguns, seria a pessoa ideal para restaurar a ordem na cúria romana, perdida durante a administração de Bertone - Bento XVI foi um Papa mais teólogo e professor do que administrador, dizem analistas do Vaticano.

Outra vantagem de Sandri é o fato de ser de família italiana, mas nascido na Argentina, um país em desenvolvimento. Ele tem, portanto, um pé na tradição e outro no futuro. Teologicamente, é alinhado ao ensinamento da Igreja e, como bom diplomata, é moderado em questões políticas. Porém, Sandri pode ter sua imagem "contaminada" por erros da gestão de que participou como Vice-Secretário de Estado. Além disso, seu cargo atual não é de grande destaque e alguns acreditam que ele seria um ótimo Secretário de Estado, no lugar de Bertone, e não um Papa. Outra debilidade do argentino é a ausência de experiência pastoral ou como bispo diocesano.

Outro cotado para o papado na América é o hondurenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa. Destaca-se por ser uma pessoa carismática e de fácil comunicação. Alguns o chamam de "João Paulo II latino-americano". É atualmente presidente da obra social Caritas Internationalis, a mais notável e reconhecida instituição de caridade católica do mundo. Salesiano como Bertone, Maradiaga viveu em Roma e Turim.

Sua reputação foi parcialmente manchada, no entanto, por ele ter apoiado no início o golpe militar contra o ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya, em junho de 2009, ocasião que mobilizou a diplomacia internacional. Outro ponto fraco é que Maradiaga, ordenado bispo com apenas 35 anos, teve pequena experiência pastoral como padre.

Segundo observadores do Vaticano - jornalistas, religiosos, acadêmicos e diplomatas - entre os papáveis há cardeais que ocupam cargos importantes na cúria romana e outros mais afastados, mas a escolha sempre pode surpreender. O cardeal Joseph Ratzinger era um papável e, de fato, se tornou Bento XVI. Mas seu antecessor, João Paulo II, era um jovem desconhecido, cujo nome, Karol Wojtyla, os cardeais mal sabiam pronunciar.

De qualquer forma, o perfil do papa eleito deve sinalizar qual é o rumo que os cardeais pretendem dar à Igreja Católica nos próximos anos. Eles devem avaliar ao menos cinco aspectos principais na escolha do novo pontífice: idade, que ajuda a estimar quanto tempo deve durar o pontificado; experiência pastoral e fidelidade ao ensinamento teológico da Igreja; experiência como governante ou administrativa - ter sido bispo de uma grande diocese pode ser uma qualidade; experiência política, para mediar conflitos e se relacionar com autoridades de outros países; carisma, pois o Papa precisa lidar com multidões e saber se comunicar.

Cinco cardeais brasileiros devem participar de eleição do próximo papa



Conclave para escolher sucessor do papa Bento XVI deverá ter um total de 119 cardeais

Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento XVI. Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, há um total de 119 cardeais aptos a votar no conclave.

Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.

Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida, e dom João Braz de Aviz, de 64, ex-arcebispo de Brasília.

Dom Eusébio Scheid, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, está fora do conclave por ter completado 80 anos em dezembro. Também já ultrapassaram a idade limite os cardeais dom Paulo Evaristo Arns, de 91 anos, ex-arcebispo de São Paulo, dom Serafim Fernandes de Araújo, de 88, ex-arcebispo emérito de Belo Horizonte, e dom José Freire Falcão, de 87, ex-arcebispo de Brasília.

A lista de eleitores no conclave tem cardeais de cerca de sete dezenas de países diferentes. Os cardeais italianos são os de maior número.

Segundo o porta-voz do Vaticano Federico Lombardi, o conclave deverá ser realizado entre 15 e 20 dias após a saída de Bento XVI. "Devemos ter um novo papa até a Páscoa", afirmou Lombardi.






Atenção-Furto de bagagem em Congonhas cresce 50% no ano





O número de furtos registrados na Delegacia do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, cresceu 49,6% em 2012, em comparação com o ano retrasado. Foram 401 casos, ante 268 de 2011. A quantidade de roubos cresceu 4,5 vezes, em comparação com o ano anterior, 37, ante 8. Os números são da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

O crescimento no número de furtos e roubos se deu principalmente a partir do segundo semestre de 2012.Nos últimos seis meses do ano, foram registrados 221 furtos e 32 roubos na delegacia de Congonhas.

O aumento no número de passageiros entre 2011 e o ano passado é inexpressivo, foram 16,775 milhões, ante 16,756 milhões.

No rádio, Dilma pede Carnaval sem violência no trânsito




Programa Café com a Presidenta abordou segurança no trânsito



Em seu programa semanal de rádio, a presidente Dilma Rousseff recomendou à população que aproveite o Carnaval, mas com cuidado na hora de dirigir. A principal preocupação de Dilma se refere aos motoristas que ingerem bebidas alcoólicas antes de assumir o volante.

— De cada cinco acidentes nas estradas do nosso País, um é provocado por motorista que estava sob efeito do álcool.

A informação é do programa Café com a Presidenta desta segunda-feira (11)

Dilma lembrou que a Lei Seca está mais rigorosa e que a ingestão de qualquer quantidade de álcool por motoristas é considerada infração gravíssima.

— Quem for pego dirigindo depois de beber vai pagar multa de R$ 1.915 e ainda vai ter carteira de motorista suspensa por um ano. Dependendo do nível alcoólico, pode até ser preso.




Em relação à recusa de motoristas diante do bafômetro, a presidente advertiu que a polícia e os agentes de trânsito têm outras maneiras de comprovar que a pessoa está sob efeito do álcool, como fotos, vídeos e depoimentos de testemunhas.

— Tudo isso serve como prova. O motorista que apresentar sinais visíveis de embriaguez e se recusar a fazer o teste pode ser preso.

A presidente está na Bahia, aproveitando a folga de Carnaval

Fãs se revoltam com indicações de "Crepúsculo" em premiação de piores do ano





 troféu Framboesa de Ouro, tradicional evento que premia os piores filmes, já indicou "Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2" como um dos destaques. O longa bateu recorde de 10 categorias.

Segundo o jornal "O Dia", os fãs de Edward (Robert Pattison) e Bela (Kristen Stewart) estão inconformados.

“Achei que esse último filme agradaria, pois tem mais ação”, desabafou a estudante Evelyn Rodrigues, 22, que diz ser discriminada por confessar que gosta dos vampiros hollywoodianos.

“É uma história infanto-juvenil e as pessoas têm preconceito. Me criticam, acham ridículo, mas me identifico com a história da Bela”, confessa.

O Framboesa de Ouro 2012 terá seus vencedores anunciados no dia 23 de fevereiro, um dia antes da entrega do Oscar.

Faustão pode não renovar contrato com a Globo

Fausto Silva pode estar de olho na aposentadoria.


O apresentador mais tradicional da Rede Globo estaria pensando em não renovar seu contrato.

Faustão atualmente recebe um dos salários mais altos da TV brasileira, cerca de R$ 6 milhões mensais, isso sem contar o que ele ganha com merchans e comerciais de TV.

O apresentador e a Globo não confirmam a notícia.