sábado, 20 de julho de 2013

e eu pensei que a "pobreza havia acabado"; me enganei




Em 15 dias, favela surge embaixo de ponte
Prefeitura pediu retirada de cerca de 350 famílias que estão vivendo sob a Ponte Orestes Quércia, na Marginal do Tiet

Cerca de 350 famílias estão vivendo em um terreno baldio na Marginal do Tietê, embaixo da Ponte Orestes Quércia, no Bom Retiro, região central. A favela se formou nas últimas semanas, com famílias que não têm condições de pagar aluguel ou viviam em comunidades que pegaram fogo recentemente.

A Prefeitura solicitou a reintegração de posse do terreno e aguarda decisão da Justiça. Enquanto isso, as famílias estão sendo cadastradas pela Secretaria de Habitação. "O terreno não é apenas público, mas impróprio, envolve risco. Não se deve ocupar área perto de pontes e viadutos", disse o prefeito Fernando Haddad (PT).

"Espero que o prefeito não mande a PM tirar a gente daqui. Ninguém veio para cá porque acha bonito. É por necessidade", disse a operadora de caixa Suzamara Camargo, de 27 anos. Após ficar desempregada, em março, Suzamara foi despejada da pensão em que vivia com o marido e a filha no Bom Retiro. "Cheguei a dormir na rua três dias. Perdi móveis e tudo."

A auxiliar de limpeza Miriam da Silva Lira, de 30 anos, também disse que ficou sem ter como pagar a pensão onde morava com o filho. "Ganho um salário mínimo e gastava R$ 500 só com aluguel. Mas tem de pagar água, luz. Ou eu pagava aluguel ou dava de comer para meu filho. Não tem milagre."

Um grupo pequeno chegou ao terreno há mais de um mês e se instalou em um prédio abandonado que já funcionou como alojamento do Clube Regatas Tietê. Mas foi nas últimas semanas que centenas de famílias construíram seus barracos de madeira no local. Ainda ontem, as casas eram erguidas.

A Secretaria Municipal de Habitação informou que 532 unidades habitacionais foram entregues este ano e que está construindo cerca de 11 mil.

PUXANDO O SACO




Escultura de artista do Paraná será dada por Dilma ao papa
A obra Frade Lendo, do artista paranaense João Turin, tem 44 centímetros de altura e 16,5 quilos e foi criada pelo artista durante os anos 40


A escultura Frade Lendo, do artista paranaense João Turin, será entregue pela presidente Dilma Rousseff ao papa Francisco durante a visita ao Rio, nesta semana, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como um presente do governo brasileiro. A obra com 44 centímetros de altura e 16,5 quilos, foi criada pelo artista durante os anos 40 e fazia parte de um acervo com 343 obras de Turin guardado em Curitiba. A escultura teve a aprovação da presidente durante a mais recente passagem pela capital paranaense, em junho, e foi encaminhada para Brasília na semana passada.

Segundo o administrador das obras e coordenador de projetos Maurício Appel, a escolha da peça deu-se pela semelhança que ela tem com o atual papa. "Nós acompanhamos a escolha do novo papa e vimos que ele é uma pessoa muito ligada à natureza, tem uma simplicidade franciscana e então fomos à busca de uma obra que era a imagem de São Francisco, essa escultura, porém, tinha 20 centímetros, mas ao seu lado estava o Frade Lendo, em gesso e na base dela um jornal da época que fazia menção a uma visita papal, foi o sinal para que a escolhêssemos", disse.

A partir daí a obra, que estava em gesso, foi encaminhada para uma fundição e recebeu um tratamento conhecimento como cera perdida, recebendo massa refratária e bronze. "Mostramos o material para a presidente Dilma Rousseff, em junho, e ela gostou, aprovou a peça como um presente e a encaminhamos para Brasília; e o fato de trabalharmos em uma obra que seria entregue ao Papa deixou todas as pessoas envolvidas bastante emocionadas", afirmou.

A escultura, na visão de Appel tem muita relação com o papa. "Turin teve uma vida muito difícil, simples e tinha uma relação muito grande com as coisas relacionadas à natureza, aspectos que o atual Papa demonstra ter", disse. O artista nasceu em Morretes, no litoral paranaense, em 1875, e teve a arte influenciada pela art-nouveau, art-deco, e Rodin, além de ter passado pela Academia Real de Bruxelas (Bélgica) e em Paris; e a partir daí, segundo os especialistas, criou uma linguagem própria para desenvolver sua arte. Entre as inspirações de Turin estavam os animais do zoológico, local em que ia às noites para observá-los e em seguida esculpir suas formas.

Atualmente, o acervo completo de Turin, que morreu em 1949 - adquirido pela família Lago em 2011 junto ao sobrinho do artista, Jiomar Turin -, passa por um processo de resgate e restauração. Além de ter todas as esculturas restauradas, peças inéditas como a Frade, que até hoje só existiam nos moldes originais em gesso estão sendo fundidas no Ateliê João Turin, em Curitiba.

daqui nao saio...




Cúpula do PT mantém Vaccarezza à frente do debate da reforma política
Manifestantes levaram cartazes com os dizeres ‘Sou PT e quero plebiscito - Vaccarezza não me representa’, pedindo a saída do parlamentar da comissão que analisa reforma

A cúpula do PT decidiu manter o deputado Cândido Vaccarezza (SP) na coordenação do grupo de trabalho da reforma política, mas ele fica enfraquecido no posto, depois do tiroteio sofrido por parte dos colegas de bancada. Na reunião do Diretório Nacional do PT realizada hoje, em Brasília, petistas criticaram Vaccarezza, que não estava presente, por suas declarações de que nenhuma mudança no sistema político valerá para a eleição 2014, mesmo se houver um plebiscito. A presidente Dilma Rousseff enviou carta ao partido, que foi lida na reunião pelo presidente do PT, Rui Falcão, na qual pede ajuda dos petistas para aprovar a reforma política, com plebiscito, para atender às "vozes das ruas", que, na sua avaliação, pedem um sistema mais "oxigenado".

"Para o PT e para a bancada, o deputado Vaccarezza está na comissão (da reforma política) por indicação do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, do PMDB", afirmou o líder do PT no Senado, Wellington Dias. "Para nós, quem defende as posições do PT nesse grupo de trabalho é o deputado Ricardo Berzoini".

Vaccarezza não compareceu neste sábado à reunião do partido. Em nota, ele afirmou que não se pode transformar a discussão da reforma política em uma "arena" política. "Reafirmo publicamente o meu compromisso pessoal com a aprovação do plebiscito na Câmara", escreveu.

O racha no PT em torno da condução da reforma política marcou os debates deste sábado na reunião do diretório nacional do partido. Pela manhã, munidos de cartazes com os dizeres "Sou PT e quero plebiscito - Vaccarezza não me representa", dez militantes petistas postaram-se diante da sede da legenda desde cedo e pediram a saída de Vaccarezza do grupo de trabalho criado pela Câmara para formular, em 90 dias, um projeto de reforma política.

Do lado de dentro, em uma reunião tensa, com fortes críticas a Vaccarezza - que deixou clara a impossibilidade de mudanças no sistema político valerem para as eleições de 2014 -, o ex-presidente do PT José Eduardo Dutra foi um dos poucos que saiu em defesa do parlamentar.

"Não dá tempo de aprovar até outubro deste ano uma reforma política com efeitos para as eleições de 2014. Nem plebiscito nem comissão da Câmara produzirão resultados agora", disse Dutra. Ex-senador, ele defendeu a proposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que prevê proibição de doações por parte de empresas e eleição em dois turnos para deputados. "Precisamos ter foco para viabilizar alguma mudança para 2014. O Ficha Limpa foi aprovado no Congresso em um mês", argumentou.

Nos últimos dias, Vaccarezza e a bancada do PT protagonizaram um bate-boca público sobre a reforma política. Na sexta-feira, o líder do partido na Câmara, José Guimarães (PT-SP), divulgou uma nota dizendo que as opiniões de Vaccarezza "não expressam o pensamento nem da bancada na Câmara nem do PT". Outros 39 dos 89 deputados do PT assinaram manifesto em solidariedade a Henrique Fontana (PT-RS), que deixou a comissão da reforma política depois que Vaccarezza assumiu.

Para Eduardo Valdoski, um dos militantes do PT que neste sábado levantou cartaz de protesto contra Vaccarezza, o deputado deveria deixar o partido. "Ele tem mais perfil de deputado do PMDB", provocou. Foi o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), quem indicou o petista para o comando da comissão de reforma política. A indicação foi avalizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contrariou Dilma e a bancada petista.