sábado, 27 de abril de 2013
E a greve continua...
Após votarem pela manutenção da greve, cerca de 5 mil professores da rede estadual fizeram, no fim da tarde desta sexta-feira, 26, uma passeata até a Praça da República, onde fica a Secretaria de Estado da Educação. No trajeto, chegaram a bloquear as duas pistas da Avenida Paulista e fecharam parte da Rua da Consolação.
Com faixas dizendo “Não sou celular para viver de bônus”, eles reivindicam reajuste de 36,74% e mudanças nas contratações. Parte da categoria está parada desde segunda-feira, quando o governo anunciou aumento do reajuste de 6% para 8,1%. “É um descaso de décadas. Em 1993 eu estava neste mesmo lugar, lutando pela mesma causa”, disse Reginaldo Domingos, docente de Mogi das Cruzes. Segundo ele, em sua escola, metade dos docentes aderiu à greve, com o apoio dos alunos.
A Apeoesp afirma que 35% dos docentes aderiram à paralisação – para a Secretaria de Educação foram menos de 10%. Em nota, a secretaria afirmou que é deplorável que os dirigentes sindicais “busquem ampliar a baixa adesão ao movimento tentando provocar a ausência de estudantes”.
Bem vindos a São Paulo
O número de radares de trânsito deve aumentar na cidade de São Paulo a partir do segundo semestre deste ano. A Prefeitura quer melhorar a eficiência tecnológica dos aparelhos já existentes, dotando todos eles do chamado leitor automático de placas (LAP), capaz de flagrar motoristas que furam o rodízio. Hoje, dos 587 radares ativos, só uma parcela - 196 - já tem esse tipo de tecnologia. Além disso, novos aparelhos serão instalados principalmente em corredores de ônibus, para coibir a invasão.
Com exceção de um grupo de 156 radares mais antigos, os demais equipamentos serão capazes de flagrar infrações ao rodízio. A gestão Fernando Haddad (PT) prepara um edital, a ser publicado em maio, para contratar serviços de fornecimento, instalação e operação dos equipamentos de fiscalização. Estima-se que o valor seja superior aos R$ 140 milhões da licitação anterior.
Os contratos com as empresas e os consórcios vencedores de cada lote serão assinados em agosto, quando os radares começarão a ser instalados, diz Tadeu Leite Duarte, diretor de Planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Atualmente, existem 433 pontos com radar na capital, entre equipamentos fixos e estáticos, lombadas eletrônicas e pistolas capazes de flagrar as placas dos veículos. A Secretaria Municipal dos Transportes pretende rearranjar esses pontos, mas ontem, em audiência pública sobre o assunto, não informou quantos serão criados. Alguns poderão ser retirados.
A expectativa, no entanto, é de uma expansão da quantidade de locais fiscalizados, já que um dos focos da ação será a verificação eletrônica intensiva dos corredores de ônibus, para inibir a entrada de veículos que não sejam coletivos ou táxis e, assim, melhorar a velocidade média do transporte coletivo.
Até o fim de 2016, o governo Haddad pretende construir 150 km de corredores de ônibus, o que ampliará de forma significativa a extensão de vias que deverão ser monitoradas. Os bairros mais afastados do centro expandido, onde há muito menos radares e o trânsito tende a ser significativamente mais violento, também ganharão mais equipamentos de fiscalização.
Tempo real. Essa tecnologia permitirá ainda rastrear o percurso dos veículos e estimar tempos de viagem, além de subsidiar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia os ônibus municipais, com dados em tempo real sobre as condições do trânsito, permitindo a adoção de medidas mais rápidas para solucionar problemas viários.
Para isso, todos os radares terão de ser ligados por fibra ótica à Central Integrada de Mobilidade Urbana (Cimu), que será construída na Rua Bela Cintra, na região central. Esse polo também congregará e processará informações recebidas de semáforos inteligentes, que devem chegar a 3 mil cruzamentos - metade do total- nos próximos anos.
A adoção dessas medidas, incluindo a modernização do sistema de radares, deve trazer melhorias de 20% na fluidez, segundo projeções da Prefeitura. No caso dos corredores de ônibus, a meta é fazer com que a velocidade média dos coletivos salte dos atuais 13 km/h para 25 km/h.
Segundo o secretário adjunto de Transportes, José Evaldo Gonçalo, a licitação será feita "especialmente contemplando os corredores de ônibus". Os que já existam somam 119 km. Ele diz que a arrecadação com multas não necessariamente deve aumentar, já que isso depende da obediência dos motoristas às regras no trânsito.
Velocidade. A tecnologia LAP instalada em toda a rede de radares permitirá, no futuro, multar veículos pela velocidade média. Ou seja, o sistema conseguirá medir o tempo percorrido entre um radar e outro e calcular se é compatível com a distância e o limite de velocidade
Smartphone supera celular comum em vendas
Os 'feature phones' - aqueles celulares mais simples, sem sistema operacional - estão caindo em desuso. Uma pesquisa mundial divulgada pela consultoria IDC revelou que, no primeiro trimestre deste ano, pela primeira vez, esses aparelhos foram superados pelos smartphones - os celulares inteligentes, dotados de plataforma operacional que permite baixar aplicativos. Do total de 418,6 milhões de celulares que saíram das fábricas, 51,6% eram smartphones.
O resultado da pesquisa é o reflexo da crescente competitividade do mercado de smartphones. Antes dominado pela Apple (responsável por introduzir essa categoria no segmento de celulares em 2007), o cenário, hoje, apresenta a Samsung na liderança e marcas asiáticas como LG, Huawei e ZTE avançando nesse segmento. Essas companhias mantêm um portfólio mais diversificado, voltado não só para os aparelhos mais completos e caros, como para os mais acessíveis, destinados às pessoas que querem aposentar seus feature phones. "Os usuários de celular querem um computador em seus bolsos. A era dos telefones usados primeiramente para fazer ligações e enviar mensagens de texto está rapidamente desaparecendo", disse Kevin Restivo, analista global da IDC, em comunicado.
No Brasil, o mercado ainda é dominado pelos celulares mais simples. Eles responderam por 73% das vendas em 2012. A expectativa é de que a reviravolta deve ocorrer, por aqui, em 2014 ou talvez no fim deste ano.
A estimativa da IDC é que o País termine 2013 ainda com 56% de feature phones. "A tomada da liderança pelos smartphones pode acontecer antes por conta dos movimentos agressivos que estão ocorrendo no mercado. O preço dos feature phones está ficando cada vez mais próximo ao dos smartphones (mais básicos)", diz Bruno Freitas, gerente de pesquisa da IDC no Brasil.
O smartphone Galaxy Pocket, por exemplo, pode ser encontrado por cerca de R$ 350. O aparelho da Samsung tem tela de 2,8 polegadas sensível ao toque e vem com sistema Android, câmera de 2 megapixels e rádio (um recurso nativo nos celulares comuns com o qual o usuário já estava acostumado).
Disputa. A Samsung é hoje a líder no mercado de smartphones brasileiro. A participação da empresa sul-coreana no País subiu de 9,6% em 2010 para 42,4% em 2012, de acordo com a consultoria Gartner. A LG aparece em segundo lugar, com 13,3%, e a Apple, em terceiro, com 9,1%.
Um dos movimentos curiosos que o ranking da Gartner mostra é a dramática queda da Nokia no País. A marca tinha praticamente 50% do mercado cerca de três anos atrás e encerrou 2012 com 8,7% do segmento de smartphones. Ela espera recuperar o espaço perdido com sua nova linha de dispositivos com Windows Phone 8, sistema operacional desenvolvido pela Microsoft.
Ao lançar o Nokia Lumia 920 no Brasil, em fevereiro deste ano, o presidente da empresa finlandesa no País, Almir Luiz Narcizo, disse que a marca ia se reerguer na região e ainda ameaçou: "Cuidado, Apple. Cuidado, Samsung".
O Lumia 920 é um aparelho que tem o preço sugerido de R$ 1.999 - mesma faixa dos smartphones sofisticados das outras marcas. O desafio global da empresa, nesse caso, é fazer o consumidor que já está habituado a outra plataforma (Android ou iPhone) migrar para o mundo dos "blocos dinâmicos", interface do Windows 8.
O mesmo dilema enfrenta a BlackBerry com seu Z10, que começa a ser vendido em maio. A disputa será árdua.
Três detidos por morte de dentista confessaram o crime, diz delegado
Os três detidos acusados de participar da morte da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, confessaram ter cometido o crime, afirmou o delegado geral da Polícia Civil Luiz Maurício Blazeck, em entrevista coletiva neste sábado (27). Segundo ele, o crime já foi esclarecido, e um quarto suspeito ainda está foragido --trata-se de Tiago de Jesus Pereira
A dentista foi queimada viva dentro de seu consultório, em São Bernardo do Campo (ABC Paulista), na quinta-feira (25), após os assaltantes constatarem que havia apenas R$ 30 em sua conta bancária.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a prisão dos suspeitos aconteceu por volta das 3h deste sábado, na favela Santa Cruz, na divisa de Diadema com São Bernardo. Entre os presos está Jonatas Cassiano Araújo, 21, cuja prisão foi decretada ontem pela Justiça de São Paulo. Os outros dois suspeitos tinham tido o retrato falado divulgado pela polícia: Vitor Miguel dos Santos da Silva, 24, e um menor de idade.
Segundo o delegado, a polícia conseguiu recuperar a arma do crime e um anel da dentista, que estava na carteira de um dos detidos.
O assalto
Os criminosos invadiram a clínica odontológica de Cinthya e dois deles roubaram o cartão de crédito da vítima para fazer um saque em um caixa eletrônico. Após constatarem que a dentista só tinha R$ 30 na conta, eles retornaram ao consultório, atearam fogo em seu corpo e fugiram.
Cinthya atendia uma paciente --cujo nome não foi divulgado-- quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico, e a dentista abriu o portão, momento em que mais dois criminosos invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.
A paciente, segundo a investigação, conseguiu ouvir a dentista gritando "não façam isso" e pedindo socorro. "Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos", disse o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho.
O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela morava com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. O pai dela, Viriato Gomes de Souza, 70, afirmou que ela não costumava ficar sozinha em casa no horário do almoço.
"Ela ia buscar a irmã na escola, mas, como tinha uma paciente, eu fui com a minha mulher." Quando o pai chegou à rua, viu a movimentação na frente de casa. Foi avisado pelos vizinhos da morte da filha. "Quis entrar, tentei reanimá-la, mas já não dava para fazer nada", disse.
Emocionado, ele diz não saber o motivo de tamanha brutalidade. "Ela era uma pessoa boa, sem inimigos. Agora, a gente não sabe o que vai fazer da vida, se continuará morando lá. Espero que ninguém precise passar pela dor que estou passando", afirmou.
O corpo de Cinthya foi enterrado nesta sexta-feira (26) no Cemitério Municipal de São Bernardo do Campo. O caixão foi comprado mediante doações dos vizinhos e amigos da vítimas, que se sensibilizaram com a situação da família.
Latrocínios crescem 275% no ABC
O número de latrocínios no ABC Paulista, na Grande SP, cresceu 275% no primeiro trimestre de 2013 se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados quatro casos de roubo seguido de morte. Nos primeiros três meses deste ano, o índice nos sete municípios da região subiu para 15. Os dados foram divulgados na quinta-feira (25) pela SSP.
O maior aumento ocorreu em Diadema, que teve seis latrocínios este ano. A cidade fechou o primeiro trimestre do ano passado sem nenhum registro deste tipo de crime. São Bernardo do Campo ocupou a segunda colocação do ranking, com três casos.
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