sábado, 6 de julho de 2013

presidente temporario




Presidente interino e militares egípcios nomeiam Nobel da Paz como premiê
Reunião de conciliação foi boicotada pela Irmandade Muçulmana; novos protestos devem ocorrer


Três dias depois do golpe militar que derrubou Mohamed Morsi, o presidente de facto do Egito, Adli Mansour, se reuniu neste sábado, 6, com a cúpula militar e líderes de partidos seculares e salafistas e começou a definir um gabinete de transição e uma Constituição provisória até a convocação de novas eleições. O diplomata Mohamed ElBaradei, prêmio Nobel da Paz em 2005 e líder da oposição secular, será o novo primeiro-ministro interino do país, responsável por chefiar o gabinete de transição, informou a agência estatal Mena.

O encontro da manhã de hoje reuniu Mansour, o Ministro da Defesa, general Abdel-Fatah El-Sisi, o Ministro do Interior Mohammed Ibrahim, o líder da oposição laica, ElBaradei, e representantes do partido salafista al-Nour, além de jovens do movimento Tamarod - Rebelde, em árabe - , que protagonizaram os protestos contra Morsi.

Além da formação do gabinete, o objetivo da reunião era dar início aos preparativos para a Constituição provisória, que regerá o país até que uma nova Constituinte seja eleita. A Carta de novembro, de inspiração islâmica, foi suspensa. Uma nova eleição só deve ser convocada depois de referendo a ser realizado sobre a nova Carta Magna.

O Partido Justiça e Liberdade, braço político da Irmandade Muçulmana, recusou-se a participar do encontro. Em nota, o partido agradeceu às centenas de milhares de pessoas que protestaram pela volta de Morsi ao poder na sexta-feira, quando confrontos entre partidários do presidente deposto, seus detratores e a polícia terem deixado ao menos 36 mortos e 1076 pessoas feridas no país.

Ao menos três membros da Irmandade Muçulmana, que apoia Morsi, foram presos acusados de incitarem os confrontos de quarta-feira, na Universidade do Cairo, quando outras 16 pessoas morreram. Na Península do Sinai, um padre cristão copta foi morto em um ataque sectário perpetrado por militantes islâmicos.

Nas ruas do Cairo, na manhã e na tarde de sábado foi de calmaria, depois de uma noite de grande tensão e destruição. Os destroços da batalha campal de sexta-feira ainda eram visíveis em várias regiões do centro da cidade. Temendo novos confrontos, o Tamarod convocou os egípcios a se desmobilizarem e a não ocuparem a Praça Tahrir.

Ainda assim, no fim da manhã uma multidão de partidários do golpe militar de quarta-feira já se reunia na Praça Tahrir. Os defensores de Morsi eram esperados na Universidade do Cairo e em Nasr City, no norte da capital.

paralizaçao geral



Centrais confirmam adesão de 10 setores em greve


O Dia Nacional de Lutas que está sendo preparado pelas centrais sindicais para acontecer no próximo dia 11 começa a ganhar corpo com a confirmação de que várias categorias devem aderir ao protesto, com greves e manifestações. Haverá paralisação desde o setor de transportes até construção pesada, que deve afetar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Também se preparam para o dia categorias de serviços, como bancos, e da indústria, como metalúrgicos, petroleiros, mineradores e químicos. Boa parte dos sindicatos patronais diz desconhecer o movimento, mas já há manifestações de setores como a Indústria se posicionando contrariamente à mobilização.

Nesta sexta-feira, as principais centrais sindicais confirmaram que a cidade de São Paulo terá diversos pontos de manifestação e que haverá uma grande concentração de trabalhadores no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, a partir do meio dia. Segundo a Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT-SP), bancários, químicos e petroleiros da capital são algumas das categorias que já confirmaram presença no local. "A adesão está muito forte. Muitas categorias já definiram pela paralisação", reforça Adi Santos de Lima, presidente da CUT-SP.

O objetivo do que vem sendo chamado pelos sindicatos de ''Dia Nacional de Lutas'', seria sensibilizar os governos da chamada pauta trabalhista (que inclui o fim do fator previdenciário, carga de 40 horas semanais de trabalho, reajuste para os aposentados), além de cobrar mais investimentos em áreas como saúde, educação e transporte.

O trânsito na capital paulista provavelmente será bastante afetado. Já há a informação, segundo a União Geral dos Trabalhadores (UGT), que motoboys pretendem parar três importantes avenidas, que provavelmente serão: Av. Paulista, Av. 23 de maio e uma das marginais. A concentração está marcada para acontecer a partir das 10h na sede do SindimotoSP, no Brooklin Novo, zona sul. "Há na cidade atualmente mais de 220 mil motoboys regularizados. Devemos ter uma boa adesão", afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT.

O transporte público da capital também deve ter adesões. Segundo o secretário executivo nacional da CSP-Conlutas, José Maria de Almeida, o Zé Maria, os metroviários de São Paulo já resolveram que vão aderir à greve, porém ainda falta definir o horário e a duração da paralisação. "Eles vão decidir se será só até o meio dia ou o dia todo, mas a greve já está acertada", afirmou Zé Maria, que também preside o PSTU. A decisão final será tomada na quarta-feira.

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, afirmou que participou de assembleias com metroviários e confirmou que as outras seis capitais que possuem metrô, além de São Paulo, também decidiram por greve. Segundo ele, em São Paulo, na questão do transporte há apenas um imbróglio em relação à adesão dos funcionários ligados aos ônibus, pois o sindicato que representa a categoria tem eleição marcada justamente para o dia 11. "A atual diretoria diz que não vai parar, mas a oposição diz que vai. Provavelmente, a expectativa é que haja ações em algumas garagens."

Paulinho disse ainda que está encaminhando parte dos roteiros para a secretario de Segurança Pública de São Paulo. "A cidade vai estar tumultuada", afirmou, ressaltando que o seu roteiro no dia 11 começará na Av. Das Nações Unidas em direção a Ponte Estaiada e seguir para a avenida Paulista.

O presidente da Focas Sindical também disse que já está confirmada uma série de protestos em rodovias do Estado de São Paulo. "A Dutra terá passeata em vários pontos na altura de Rezende, Volta Redonda, Taubaté. A única rodovia do Estado que ainda não tem ação confirmada é a Castello Branco. Nas demais, há pelo menos a confirmação de um protesto", garantiu.

Os comerciários de São Paulo, estimados em cerca de 500 mil, também já decidiram pela paralisação, segundo a UGT. Os trabalhadores ligados ao setor sairão da Rua 25 de março, no centro, às 9h, e também vão em direção a Avenida Paulista. A proposta deles é manter o ato até às 18h.

Construção e metalurgia

Setores estratégicos para a economia do País, como a construção e a metalurgia prometem uma adesão em massa ao movimento nacional. Segundo Paulinho, trabalhadores da construção pesada, que chegam a 800 mil no Brasil, farão paradas em diversos segmentos. Ele afirmou que já estão definidas greves em obras do PAC em diversos Estados como Bahia, Recife, Pernambuco e Ceará. "As obras de Belo Monte também serão interrompidas", afirmou. A informação foi confirmada por Zé Maria, da CSP-Conlutas, sindicato que representa os trabalhadores da obra. "Estamos fazendo um trabalho conjunto com a Força para ter uma grande greve em Belo Monte", disse.

Segundo Paulinho, dos 3 milhões de trabalhadores da construção civil, os 2 milhões que a Força Sindical representa também caminham para aderir à greve. Ele confirmou ainda a paralisação em portos de todo o País. "Os portuários do Brasil vão parar dia 10, por conta da pauta deles e dia 11, pela pauta geral", afirmou, ressaltando que a Força representa 85 mil portuários.

Os metalúrgicos também prometem forte adesão ao movimento. Segundo a CUT-SP, metalúrgicos de São Bernardo do Campo devem fazer panfletagem e paralisações na cidade. Paulinho, da Força, disse que os metalúrgicos da capital preparam ao todo 37 manifestações na cidade. Em Minas Gerais, segundo Zé Maria, todos os metalúrgicos já decidiram pela greve. "Vai haver bloqueio de estradas no sul e centro oeste do Estado", afirmou.

O dirigente do Conlutas disse que os trabalhadores do setor de mineração também já optaram pela greve. "Trabalhadores ligados a Vale e a CSN em várias cidades vão parar o dia inteiro", afirmou, reforçando também que cerca de 800 mil servidores público federais, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário também já decidiram em reuniões por uma greve nacional.

Em Fortaleza (CE), ele afirmou acreditar em uma ''greve geral''. "Vai parar transporte, funcionalismo e construção, o dia todo", disse. Em Teresina (PI), o funcionalismo municipal também vai aderir ao movimento, afirmou. O Dia Nacional de Lutas está sendo realizado pelas centrais sindicais juntamente com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Empresas

Procurados pela reportagem, entidades ligadas ao serviço patronal disseram que ainda não têm informações concretas das ações planejadas para o dia 11. Segundo a assessoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), como as greves "ainda estão no campo da especulação", não é possível mensurar qual o impacto que elas terão. A entidade afirmou que "trata-se de um episódio que não aconteceu e que não se sabe a adesão que terá".

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), no entanto, divulgou nota em que reconhece os atos do dia 11 e diz que eles estarão "atentos e vigilantes a ideia de alguns maus brasileiros que querem promover uma greve geral no próximo dia 11".

Segundo a Abimaq, "nada mais absurdo e inoportuno". "Querem parar o Brasil, parar a produção, parar hospitais e serviços essenciais, parar portos e aeroportos, sem se preocuparem com o enorme preço que todos nós pagaremos se essa ideia vingar", diz a nota, ressaltando que greve é um direito legítimo dos trabalhadores, mas precisa ser usado com responsabilidade. Já a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a FecomercioSP afirmaram, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não têm informações a respeito de atos e greves no dia 11.

nao se sabe ainda sobre vitimas



Boeing 777 sofre acidente no aeroporto de São Francisco
Aeronave vinda de Seul perdeu o controle ao aterrissar e pegou fogo; ainda não há informações sobre vítimas

Um Boeing 777 da companhia aérea sul-coreana Asiana Airlines, vindo de Seul, perdeu o controle ao aterrissar no Aeroporto Internacional de São Francisco, na Califórnia (EUA), e pegou fogo, segundo um funcionário da aviação federal americana.

O voo 214 viajava da Coreia do Sul para São Francisco. Ainda não há informações sobre vítimas. O aeroporto fica a apenas 19 quilômetros do centro da cidade (veja o mapa acima).

O porta-voz da Administração Federal de Aviação, Lynn Lunsford, disse que o Boeing 777 bateu no solo no momento do pouso, mas que ainda não está claro o que provocou o acidente. Vídeo mostra fumaça saindo da aeronave após o pouso forçado.


perigo



Após Kiss, maioria das boates ainda não tem alvará
De 58 baladas paulistanas, 30 não estão regularizadas; casas reclamam da demora da emissão de documentos e Prefeitura promete desburocratização

Cinco meses depois do incêndio da boate Kiss e da promessa da Prefeitura de São Paulo de aumentar a fiscalização e acelerar a emissão de documentos, grande parte das casas noturnas paulistanas mais conhecidas continua sem alvará de funcionamento. De 58 endereços apontados por leitores, 30 não estão completamente regularizadas. Os proprietários reclamam da burocracia e alguns dizem estar esperando há até 25 anos pela Licença de Funcionamento.

O incêndio em 27 de janeiro na casa noturna de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixou 242 mortos e inspirou cidades de todo o País a reforçar a fiscalização das boates. A Prefeitura e o governo de São Paulo anunciaram uma força-tarefa para analisar os estabelecimentos. Para não serem lacrados, alguns alegaram estar de luto e fecharam por conta própria.

Aos poucos, foram reabrindo e a situação hoje é parecida com a época do acidente. De nove casas sem alvará para locais de reunião citadas em reportagem do Estado na época, só uma, a Wood’s, na Vila Olímpia, conseguiu o documento. Entre as listadas que não conseguiram o documento está a Lions, por exemplo, que cobra consumação mínima de R$ 120. A casa não quis comentar o assunto.

Algumas afirmam estar esperando há vários anos para entrar no time das regularizadas. “Desde 1983, eu renovava todos os anos o alvará. Depois de 2005, começou a travar. Agora, a única resposta que recebo é que está em análise”, conta Paulo Lustig, dono do Café Piu Piu, no Bexiga, região central. Ele afirma que, nesse período, fez tudo o que lhe foi pedido.

A espera do pub O’Malley’s já dura 25 anos. “Se a pessoa esperar alvará para abrir o bar, vai morrer sem abrir”, afirma a gerente da casa, Vanessa Arcanjo. Thaynan Monteiro, gerente administrativa do Josephine, no Jardim Paulistano, afirma que a casa fez várias melhorias na segurança. Agora, espera o alvará.

Comissão. A Prefeitura diz que “adotou medidas para desburocratizar a emissão de alvarás”. Entre elas, está uma comissão com donos de baladas que tem reuniões semanais. Proprietário da casa Clash, na Barra Funda, e participante da comissão, Gabriel Gaiarsa afirma que esta gestão municipal “vem se mostrando muito proativa e razoável nos desdobramentos deste assunto”.

Segundo Gaiarsa, chegou-se a um acordo com a administração que as casas que provassem ter segurança por meio da obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) poderiam continuar funcionando até obter a completa regularização. Segundo ele, a Clash tem o alvará provisório e só não recebeu o definitivo por causa de uma discrepância na metragem do imóvel. “O importante é que cumprimos todos os requisitos de segurança”, afirma.

O consultor sobre segurança da empresa FireStop, Silvio Antunes, diz que depois do incêndio da Kiss muitos estabelecimentos passaram a correr atrás dos equipamentos que podem evitar nova tragédia. “A procura triplicou.”
O presidente da Comissão de Direito Administrativo da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Adib Kassouf Sad, afirma que o caso de Santa Maria deveria servir como exemplo para que a Prefeitura passasse a fiscalizar de fato as casas e as boates cumprissem a lei. “Se fosse impossível cumprir a legislação, como outras casas conseguem?”

se ferrou



Fiscal descobre fraude em vestibular em Araraquara, SP
Estudantes estariam recebendo as respostas de pessoas que estavam do lado de fora da faculdade

A desconfiança de um fiscal durante as provas levou à descoberta de um esquema para fraudar o vestibular de medicina, neste sábado (6), no Centro Universitário de Araraquara (Uniara). Doze estudantes foram parar na delegacia e estão prestando depoimento. Um deles, que usava peruca, levantou suspeitas do fiscal que acabou puxando seu cabelo e descobrindo o ponto eletrônico no ouvido.
Os estudantes detidos, sete homens e cinco mulheres, são dos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins. Eles responderão por fraude e deverão ser liberados após o pagamento de fiança no valor de R$ 1.500. Eles estariam recebendo as respostas de pessoas que estavam do lado de fora na faculdade e que conseguiram fugir.