sábado, 13 de julho de 2013

com defeitos...




Acidente com ônibus deixa 10 mortos e 10 feridos em MG

Dez pessoas morreram em um acidente com um ônibus na rodovia BR-259, próximo ao distrito de Goiabal, em Governador Valadares, cidade mineira a 324 km de Belo Horizonte. O acidente ocorreu na noite dessa sexta-feira (12).

O motorista teria perdido o controle do veículo em uma curva, segundo o Corpo de Bombeiros de Governador Valadares, para onde os corpos foram levados.

O ônibus tinha 42 passageiros de Sobradinho, no Distrito Federal. O grupo era formado por fieis da igreja Assembleia de Deus e seguia para Setubinha (a 500 km de Belo Horizonte), onde participariam da inauguração de um templo da igreja na cidade. O evento seria na noite de hoje.

"Setubinha é muito pobre, construímos um pequeno templo lá e organizamos uma caravana. Estávamos levando até um palhaço para alegrar as crianças", disse o pastor Samuel da Silva Soares enquanto esperava a liberação dos corpos no IML (Instituto Médico Legal) de Governador Valadares.

O pastor não estava no ônibus acidentado, pois viajou antes para aprontar os últimos detalhes da inauguração.

Os bombeiros informaram que dez pessoas ficaram feridas no acidente. No entanto, o pastor Samuel, que organizou a caravana, afirmou à Folha que cerca de 25 fieis estão feridos. Segundo ele, cinco pessoas estão hospitalizadas --duas delas em estado grave.

O motorista do veículo será ouvido pela polícia. "Foi uma coisa horrível, estamos tentando saber o que aconteceu", diz o pastor Samuel.

vergonha



Uso de jato da FAB por autoridades cresce 39% no governo Dilma
‘Estado’ teve acesso a dados da Força Aérea Brasileira sobre viagens de chefes de 42 órgãos públicos, que fizeram 1.664 solicitações de voos no 1º semestre deste ano - em média 9 deles viajaram ao dia


Somente no primeiro semestre deste ano autoridades federais fizeram 1.664 solicitações de uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), um aumento de quase 39% em relação aos pedidos feitos no primeiro semestre do governo Dilma Rousseff, em 2011. Em média, nove autoridades decolaram por dia em jatinhos oficiais de janeiro a junho.

Os políticos fazem solicitações individuais, mas pode haver compartilhamento de voo. Os aviões levaram em seis meses chefes de 42 órgãos públicos federais e seu staff, além de possíveis caronas.

A relação das viagens do primeiro semestre, fornecida pela FAB ao Estado, revela o uso cada vez mais frequente da frota oficial por autoridades no governo Dilma Rousseff. De janeiro a junho de 2013, a média diária de solicitações foi maior que no mesmo período em 2011 (6,6) e em 2012 (8). Em 2011, foram 1.201 solicitações no período. No ano passado, 1.471.
Não raro, as autoridades decolam para cumprir agendas oficiais casadas a compromissos partidários ou privados.

Esses dados terão de ser enviados em 30 dias ao Senado, que aprovou pedido de explicações sobre o uso da esquadrilha da FAB a partir de 2010. Mas a Aeronáutica adianta que a relação de caronas em cada viagem não será revelada. A justificativa é que a lista de passageiros é descartada depois da chegada do avião ao destino.

Sem os nomes dos acompanhantes, a fiscalização de eventuais abusos no embarque de pessoas não autorizadas, para fins privados, ficará prejudicada. Por norma de segurança, as identidades dos ocupantes de um jato têm de ser registradas antes da partida. Assim, se houver acidente, é possível identificar vítimas. No caso da FAB, os dados ficam de posse de um oficial, mas só temporariamente. “Após os pousos, não é feito o arquivamento”, explicou ontem, em nota, a Aeronáutica.

O pedido de informações sobre voos da FAB foi feito pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ao ministro da Defesa, Celso Amorim, responsável pela FAB, e aprovado pela Mesa Diretora do Senado após três autoridades federais devolverem recursos por uso supostamente indevido dos aviões.

Copa. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pagou R$ 9,7 mil depois de o jornal Folha de S. Paulo revelar que deu carona a parentes em viagem de Natal ao Rio de Janeiro, na qual assistiram à final da Copa das Confederações e fizeram passeios. Primo do deputado, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também voou à capital fluminense para ver o jogo e restituiu R$ 2.545 aos cofres públicos.

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que foi de Maceió a Trancoso (BA) para a festa de casamento do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), desembolsou R$ 32 mil, depois de revelada a viagem.

Os três são alvos de investigações preliminares do Ministério Público Federal, que apura se houve improbidade administrativa e se o cálculo das devoluções foi correto.

Aloysio Nunes diz que, se houver omissão da Defesa sobre os voos, vai insistir nos questionamentos via Lei de Acesso à Informação e acionar o Tribunal de Contas da União, que fiscaliza o uso de recursos públicos no Executivo federal. “Acho estranho uma força absolutamente profissional e tão bem organizada quanto a FAB não guardar registro sobre a ocupação das aeronaves que estão sob sua responsabilidade”, critica o tucano. “Como é uma operação que envolve dinheiro público, deve haver o registro dela. Não é uma coisa que se escreve num papel de padaria e joga fora.”

Campeão. No primeiro semestre deste ano, ninguém voou tanto quanto o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que decolou 110 vezes, na maioria dos casos a partir ou para São Paulo, onde tem residência permanente. Padilha é cotado para disputar o governo do Estado pelo PT. Ele explica, por meio de sua assessoria, que a agenda para pactuar políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País exige o uso de aeronaves.

No ranking dos que mais voam pela FAB, figuram os titulares do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (101), da Justiça, José Eduardo Cardozo (91), e do Esporte, Aldo Rebelo (81). Os ministros alegam cumprir as regras do decreto presidencial 4.244, que regulamenta o transporte pela FAB, e atribuem os voos recorrentes à extensa lista de atribuições em todo o País.

esse se ferrou






Xingou manifestantes e perdeu o emprego
Secretário estadual admite 'texto infeliz'

Um dia após xingar manifestantes que foram às ruas de Maceió no Dia Nacional de Lutas em seu perfil no Facebook, o secretário de Educação de Alagoas, Adriano Soares da Costa, pediu exoneração do cargo ontem. O secretário se disse desgastado por ter de conviver com a falta de estrutura na pasta.

O motivo da demissão, no entanto, foi um vídeo postado na quinta-feira em sua página na rede social em que "homenageia" os manifestantes com a música Vá tomar no c..., interpretada pela apresentadora Eliana. "Uma música em homenagem aos manifestantes de hoje, a thurma bancada pelo Governo Federal: UNE, CUT e MST", escreveu. "Música que poderia ser cantada nesse exato momento por todos os motoristas que estão presos no trânsito, que nem chegam no trabalho nem voltam para casa." E completou: "Para todos os que estão participando dessas 'manifestações' recebendo lanche, transporte e uns cinquenta paus para levantarem as bandeiras vermelhas dessa turma".

Cinco minutos depois de ter postado o vídeo, Costa retirou o conteúdo do ar. "Publiquei hoje um texto infeliz. Não é uma postura que se espera de um homem público, ainda mais ocupando o cargo de secretário de Educação", desculpou-se. No entanto, o texto já havia se espalhado pelas redes sociais.

Costa atribuiu a disseminação do post a "gente ligada à Gazeta de Alagoas", jornal de propriedade do senador Fernando Collor (PTB-AL), adversário do governo do Estado. "Essa tática de guerrilha é mais reprovável do que a publicação do próprio post."

A entrega do cargo estava prevista para ontem de manhã, em audiência com o governador do Estado, Teotônio Vilela Filho (PSDB).

alarmante




1 a cada 5 jovens larga terapia anti-HIV
Estudos de institutos de São Paulo e do Rio mostram que principais motivos do abandono são efeitos colaterais dos remédios e depressão


Pelo menos um em cada cinco adolescentes que estão em tratamento contra o HIV abandona a terapia na metade, atrapalhando o controle da doença, comprometendo o tratamento e aumentando o risco de desenvolver resistência à medicação.

A toxicidade dos medicamentos e os efeitos adversos são os principais motivos apontados para a desistência, seguidos de problemas psicológicos (especialmente depressão) e esquecimento. Especialistas apontam que o jovem é o que tem pior adesão ao tratamento de HIV, seguido pelos adultos e, depois, pelas crianças.

Os dados foram levantados em 2012 por dois centros de excelência em tratamento de HIV em adolescentes no País: o Instituto Emílio Ribas, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, vinculado à Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio).

Em São Paulo, o levantamento foi feito com 581 adolescentes que estão em tratamento, com idade entre 12 e 17 anos. Desse total, 131 jovens estão há pelo menos seis meses sem agendar uma consulta ou comparecer a um retorno. A maioria foi infectada pela mãe durante o parto (transmissão vertical).

No Rio, o trabalho levou em conta entrevistas feitas com 122 pacientes entre 12 e 19 anos. Desses, 17% abandonaram o tratamento - interromperam a terapia por mais de três meses.

Além disso, o levantamento mostra que outros 20% dos jovens fazem o tratamento de maneira irregular, não passam por todos os exames, não voltam a todas as consultas nem tomam o medicamento corretamente.

“O grande problema de adesão acontece justamente na adolescência. Essa é a fase em que o jovem está bem de saúde e começa a fazer uma série de questionamentos, vive os conflitos da idade. Ele se vê bem de saúde, então se pergunta por que tem de tomar remédio”, explica a infectologista Marinella Della Negra, do Emílio Ribas.

A médica Norma Rubini, do Gaffrée e Guinle, diz que todos os centros enfrentam dificuldades para aumentar a adesão do jovem em tratamento. “A criança com uma doença crônica em geral é superprotegida. Quando ela chega à adolescência, os pais e até os médicos acreditam que ela vai se cuidar sozinha. Só que elas ainda são imaturas e muitas se revoltam.”

De acordo com Norma, uma das alternativas para aumentar a adesão é fazer trabalhos com psicólogos, que tentam reforçar a autoestima dos pacientes. “Eles precisam de motivação para viver. Isso é fundamental.”

Sobrevivente. Segundo o infectologista Ricardo Sobhie Diaz, professor associado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o abandono do tratamento entre jovens tem sido alvo de estudos em todo o mundo. “Em geral, o adolescente é um sobrevivente. Apesar de ele poder se infectar na adolescência, a maior parte dos casos é de transmissão vertical.”

Assim, por estarem contaminados há muito tempo, o tratamento vai se desgastando, o que faz as pessoas diminuírem a adesão.

De acordo com Diaz, pesquisadores europeus fizeram um estudo com adolescentes comparando o uso do Efavirenz (que é a droga de primeira linha mais usada no mundo) todos os dias da semana com o uso do remédio apenas de segunda a sexta-feira - uma das ideias para tentar melhorar a adesão dos adolescentes.

“Os primeiros resultados demonstram que não houve prejuízos nos jovens que tomaram o remédio corretamente durante a semana. Esses resultados ainda não foram colocados efetivamente em prática, mas mostram os esforços para tentar deixar a terapia mais próxima possível do normal. Interromper o tratamento é muito pior.”

30 presos



Ação no Rio prende 30 a 10 dias da visita do Papa
Policiais da 15ª DP e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) entraram na comunidade para cumprir 58 mandados de prisão

Pelo menos 30 pessoas foram presas durante operação de combate ao tráfico de drogas realizada na manhã deste sábado na Rocinha, zona sul do Rio. A operação ocorre a dez dias da chegada do papa Francisco para o encontro da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada entre os dias 23 a 28 de julho, no Rio.

Batizada de "Paz Armada", a operação teve início ainda durante a madrugada de sábado, quando policiais a 15ª DP e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) entraram na comunidade para cumprir 58 mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio. Entre os detidos, 21 tinham mandado de prisão e nove foram presos em flagrante, informou o delegado Ruchester Marreiros, adjunto da 15ª Delegacia de Polícia (Gávea).

Os policiais procuravam traficantes que permaneceram na comunidade mesmo após a favela ter sido pacificada. A Polícia Civil afirma que cerca de 90 traficantes continuam atuando na Rocinha, de acordo com monitoramento realizado nos últimos três meses.

Entre os presos há dois integrantes do bando que fez 35 reféns, entre hóspedes e funcionários, no Hotel Intercontinental, em São Conrado, em agosto de 2010.

O processo de pacificação da Rocinha teve início em novembro de 2011, com a prisão de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico no local. Em setembro do ano passado, foi instalada ali a 28ª UPP do Estado, com um efetivo de 700 policiais militares. Eles patrulham as 25 subcomunidades existentes na área de 840 mil m² onde vivem cerca de 70 mil pessoas.

Escutas telefônicas e imagens de monitoramento de câmeras de segurança auxiliaram nas atuais investigações da polícia, que identificou cerca de cem bocas de fumo operantes na favela. Os policiais também detectaram que Nem, mesmo preso, continua atuando no esquema do tráfico na favela da Rocinha.

Vidigal. A 15ª DP também investiga o assassinato de um homem ocorrido na tarde de sexta-feira, a cem metros da UPP Vidigal, favela de São Conrado vizinha à Rocinha.

Rodrigo Pessoa Ramos foi atingido no rosto enquanto lavava uma moto em seu lava a jato. Ele chegou a ser socorrido por policiais da unidade e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde morreu na manhã de sábado. Ele não tinha antecedentes criminais e deixou dois filhos. Durante a madrugada, um tiroteio assustou moradores no Vidigal. Mas não houve confronto no local e uma busca foi feita na região.