domingo, 22 de setembro de 2013

nem todo aspartame é bom...


Alerta: O seu adoçante com aspartame pode estar lhe causando doenças


Você consome adoçante diariamente?

A Food Standards Agency está fazendo pesquisas de investigação sobre o adoçante artificial mais usado em todo o mundo, o aspartame, depois que consumidores sentiram efeitos colaterais após a ingestão de adoçantes que os continha.

  Os cientistas estão tentando procurar e entender se realmente o aspartame está provocando efeitos colaterais e causando o desenvolvendo de doenças.

  O aspartame é uma molécula com a propriedade de ser 200 vezes mais doce que o açúcar e nos EUA ele é utilizado em mais de 4.000 produtos industrializados. Análises anteriores concluíram que o aspartame é seguro, porém, algumas pessoas podem desenvolver sintomas como dores de cabeça, tonturas, vômitos, diarréia e fadiga depois de tomarem algum adoçante que tivesse esta molécula na fórmula ou consumir qualquer produto que ele faça parte na composição.

As pesquisas estão sendo coordenadas pelo endocrinologista Stephen Atkin, onde estão se testando barras de cereais com aspartame em voluntários e analisando os efeitos após o consumo.

No estudo, os indivíduos serão divididos aleatoriamente e serão fornecidos barras de cereais com e sem aspartame para avaliar a veracidade dos efeitos e se existe cunho psicológico em tais reações adversas. No sistema digestório o aspartame é quebrado através de enzimas específicas, transformando-se em ácido aspártico, fenilalanina (aminoácidos) e metanol (álcool). Algumas pessoas acreditam que alguma dessas substâncias resultantes da metabolização do aspartame é que seja o real causador desses efeitos.

  Algumas pessoas podem ter uma pré-disposição para terem reações adversas ou efeitos colaterais ao produto. Muito já foi dito sobre o possível potencial cancerígeno que o aspartame tem, mas nada foi efetivamente provado. Por enquanto são apenas evidências.

e quem diria ein...



‘Acabei com as rebeliões’, diz ex-detento que virou diretor de presídio na PB
Ele foi condenado a 15 anos de prisão por ter matado a mulher, em 1991


Condenado a 15 anos de prisão por ter assassinado a mulher em 1991, o ex-presidiário Antônio Silva Neto, de 46 anos, deu uma reviravolta na vida e se tornou diretor-geral do presídio da cidade de Sapé, na Paraíba. Ele assumiu o cargo no dia 12 de julho de 2011 e, desde então, diz que nenhuma rebelião ocorreu na unidade e que 100% dos detentos trabalham.

Neto é ex-policial militar e diz que era uma pessoa bastante agressiva. Conta que chegou a cometer homicídios durante o período de exercício da profissão, mas que o tiro que matou a mulher foi acidental em uma discussão. Após a condenação, ele foi expulso da corporação e acabou em um presídio comum. Lá, encontrou internos que ele mesmo prendeu e homens que havia ameaçado.

— Quando cheguei queriam me matar. Tive que conviver com pessoas que eu mesmo prendi. Tinha que andar armado lá dentro e mal dormia.

Um grupo de evangélicos realizava cultos dentro da unidade. Um ano após a prisão, ele passou a frequentar as cerimônias, onde conheceu a futura esposa, integrante da evangelização. Neto recebeu a liberdade em 1996. Três meses depois se casou. Nesse mesmo ano foi trabalhar como segurança da Assembleia Legislativa a convite de um deputado.
Nessa fase, se aproximou do governador do Estado. Quinze anos depois recebeu o convite para assumir a direção-geral do presídio. Ele concluiu o ensino fundamental e médio no presídio e cursa atualmente o 6° período de Direito. A decisão foi muito criticada na época.
— Eu mudei e ganhei o respeito de todos dentro do presídio. Quando saí pude mostrar quem era. Assumi o presídio com guerra de facções, com rebeliões e sem trabalho para os presos. Atualmente, 100% deles estudam e muitos trabalham com artesanatos.
O presídio de Sapé tem 168 apenados. A Secretaria de Administração Penitenciária confirma que o presídio é uma referência para o Estado. Segundo dados do órgão, não há registro de rebeliões ou tumultos durante a gestão de Neto e apenas dois homens que passaram pela unidade voltaram a cometer crimes e serem presos.
Um terreno em uma cidade vizinha foi adquirido e as mulheres dos presos trabalham em diferentes plantações. Neto tem oito filhos, incluindo os do primeiro casamento, e afirma ter se arrependido do passado, mas feliz pela oportunidade de ter mudado.
— Eu me arrependo de ter cometido tudo o que fiz, mas foi no passado. Hoje me dou bem com a minha ex-sogra e os meus filhos. Vivo um clima de harmonia com a minha família e quero viajar dando o meu exemplo. É possível transformar vidas.

proteger o planeta virou "pirataria"



Brasileira é detida em ação contra Greenpeace na Rússia
Autoridades pretendem processar a equipe da ONG ambientalista por "pirataria"

Um grupo de militantes do Greenpeace, incluindo a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, foi detido na sexta-feira (20) pelas autoridades russas, que pretendem processar a equipe da ONG ambientalista por "pirataria".

Comandos armados de fuzis de assalto desceram de um helicóptero no navio do Greenpeace Arctic Sunrise e trancaram os 29 militantes, de diferentes nacionalidades. Segundo a ONG, a bordo estavam ativistas de Rússia, Finlândia, Holanda, Suíça e a bióloga Ana Paula Maciel, entre outros.

Na sexta pela manhã, a embarcação foi rebocada para o porto russo de Murmansk, revelou o Greenpeace em sua conta no Twitter. O deslocamento levará pelo menos três dias.

O Greenpeace garante que o navio, de bandeira holandesa, estava em águas internacionais, na parte sudeste do Mar de Barents, no norte da Noruega e oeste da Rússia, às vezes chamado de Mar de Pechora.

Na quarta-feira (18), dois militantes do Greenpeace, o finlandês Sini Saarela e suíço Marco Polo, escalaram a plataforma russa Prirazlomnaïa, o que provocou a reação das forças especiais, que deram tiros de alerta e furaram seus botes infláveis com facadas.

Os dois militantes foram detidos, mas soltos depois de passar algumas horas a bordo de um navio da Guarda Costeira, e puderam voltar para a equipe do Arctic Sunrise.

As autoridades russas informaram que "o Comitê de Investigação recebeu da Guarda Costeira da FSB (o Serviço Federal de Segurança) elementos sobre o incidente do 18 de setembro, e a tentativa de abordagem na plataforma Prirazlomnaïa por um grupo de indivíduos aparentemente ligados à organização ecológica Greenpeace".

"O serviço da Guarda Costeira da FSB considera que, nesse incidente, há indícios de crime de acordo com o artigo 227 do Código Penal", acrescentou a Comissão, referindo-se à pirataria, que é passível de 15 anos de prisão na Rússia.

Já um dirigente do Greenpeace na Rússia, Roman Dolgov, que está na embarcação, afirmou que os integrantes da organização correm o risco de ser acusados de "terrorismo e de investigações ilegais". Segundo ele, os ativistas foram trancados no refeitório, mas tinham autorização para sair para fumar, ou ir ao banheiro.

Em entrevista ao canal Rossia 24 sobre o episódio, o chefe da agência FSB da região de Murmansk, Mikhaïl Karpenko, mencionou apenas pesquisas científicas ilegais no Ártico.

— Encontramos significativas quantidades de equipamentos eletrônicos (...) Há evidências de possível (....) pesquisa científica ilegal.

Na Rússia, esse crime pode implicar uma pena máxima de dois anos de serviços comunitários. Mikhaïl Kreindlin, um responsável do Greenpeace Rússia, declarou à AFP, porém, que a presença de equipamentos a bordo não prova que eles tenham sido utilizados "de maneira ilegal".

O Greenpeace enviou o Arctic Sunrise ao Ártico russo para protestar contra os projetos de exploração de campos de gás e de petróleo da gigante russa do setor, a Gazprom, nessa região. A Gazprom pretende lançar a produção na plataforma Prirazlomnaïa no primeiro trimestre de 2014.

Os ambientalistas denunciam o risco de poluição em uma zona muito próxima de reservas naturais protegidas pela lei russa e alegam que qualquer vazamento de óleo seria catastrófico e impossível de ser controlado.

Esse campo fica a 60 km da costa e teria reservas estimadas de 72 milhões de toneladas, de acordo com números da Gazprom. Este ano, a empresa anunciou que a produção começará antes do fim de 2013.

O governo da Rússia considera o desenvolvimento ártico uma prioridade estratégica. Abundante em recursos de hidrocarbonetos, essa imensa área ainda não foi explorada.

e cade o exemplo???




Em propaganda do PSDB, van comete infração de trânsito
Programa exibido em rede nacional mostra veículo que leva Aécio ultrapassando caminhão em faixa contínua

No trajeto do Ceará ao Mato Grosso, a van que leva o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), ultrapassa um caminhão, em faixa contínua, na contramão. A cena faz parte da propaganda partidária do PSDB exibida na quinta-feira em rede nacional. A peça teve o senador e provável candidato à Presidência da República nas eleições de 2014 como estrela principal.

A manobra, exibida aos 4min40s, é considerada uma infração gravíssima, segundo o artigo 203, do Código Brasileiro de Trânsito, com multa de quase R$ 200 para o infrator.

A produtora Narrativa, responsável pela filmagem, pediu desculpas pelo erro e disse que as imagens foram captadas para uso genérico na edição final do programa. O PSDB afirmou, por meio de sua assessoria, que Aécio não estava na van no momento da filmagem e que não se pronunciaria sobre o caso.

"Sobre a imagem da van realizando uma ultrapassagem em local não permitido, a produtora Narrativa esclarece que o take foi feito durante deslocamento da equipe de filmagem para captação de imagens em data posterior à gravação realizada com o presidente nacional do PSDB, em viagem à cidade de Sorriso (MT). O senador Aécio Neves não se encontrava na van no momento da ocorrência", disse a assessoria da produtora.

Críticas. No programa, Aécio segue por vários Estados. Em quase dez minutos de vídeo, o senador mineiro critica obras "inacabadas" do governo federal e a falta de investimentos em infraestrutura.

comissao da verdade; ou da "MEIA VERDADE"?




Ofício indica que Reitoria da USP ajudava a repressão
Documento revelado pela Comissão da Verdade de São Paulo dava detalhes sobre evento de direitos humanos na universidade


A Comissão da Verdade de São Paulo apresentou nesta sexta-feira, 20, um documento que aponta o envolvimento da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) com os aparelhos de repressão do regime militar brasileiro (1964-1985).


O ofício em questão foi enviado pela USP aos órgãos de espionagem da ditadura, como o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), em 1º de dezembro de 1975, e dava detalhes sobre a Semana dos Direitos Humanos que aconteceu de 10 a 15 de novembro daquele ano.

O documento registrava o nome dos palestrantes, como os professores Dalmo Dallari (Direito), Francisco de Oliveira (Economia e Administração) e Carlos Guilherme Motta (Filosofia). Também fazia uma relação dos centros acadêmicos que haviam organizado o evento, como o da Faculdade de Direito e de Medicina.





Segundo o coordenador da Comissão estadual, Ivan Seixas, na USP atuava uma Assessoria Especial de Segurança e Informação (AESI), responsável por repassar informações ao governo autoritário.

Seixas afirma ainda que, com base na documentação levantada, é possível constatar que não havia os "porões da ditadura", mas sim uma estrutura de repressão política que se espalhava por toda a sociedade e obedecia a uma ordem de comando.

A audiência de ontem foi acompanha pela advogada Rosa Cardoso, membro da Comissão Nacional da Verdade. Pela manhã, o grupo ouviu o depoimento do historiador americano Kenneth Serbin, que estudou a relação entre a Igreja Católica e as Forças Armadas durante o regime militar no Brasil.

Para Serbin, as comissões da verdade deveriam ter sido criadas na década de 1990, pois agora, mais de 25 anos depois, teriam condições de trazer poucos resultados concretos. "As comissões da verdade chegaram tarde demais (ao Brasil). Deveriam ter sido feitas nos anos 90. Com o tempo, o povo começa a esquecer o que foi o regime militar", afirmou. "Olhando como historiador, acho que demorou demais."

dinheiro,dinheiro,e mais dinheiro...



Aumento irregular nas contas de luz foi autorizado pela Aneel
Distribuidoras trocavam fontes mais baratas por recursos mais caros, para justificar maior alta de preços, aponta TCU


O Tribunal de Contas da União identificou novo erro na cobrança de conta de luz dos brasileiros. O órgão considerou ilegal resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que autorizou as distribuidoras a trocar contratos de energia mais barata por energia mais cara, o que elevou o índice de reajuste tarifário de maneira artificial.
O valor cobrado a mais dos consumidores corresponde a cerca de R$ 5,6 milhões e compreende o período entre julho de 2011 e julho de 2012.

Na prática, as distribuidoras rompiam contratos mais baratos de energia, como de hidrelétricas, antes do vencimento. No lugar deles, efetuavam compras em leilões para fornecimento de energia em contratos de curto prazo de fontes mais caras, como termoelétrica e eólica. A manobra tornava justificados aumentos mais forte na correção anual.

Seis companhias estão envolvidas na falha - Ampla Energia e Serviços (Ampla), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Companhia Paulista Força e Luz (CPFL Paulista), Distribuidora Gaúcha de Energia (AES Sul), Rio Grande Energia (RGE) e Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

De acordo com a decisão do TCU, a Aneel tem 90 dias para fazer um levantamento em todas as companhias do País e averiguar se o problema pode ser maior. O documento, entretanto, não define quais as providências devem ser tomadas após esse prazo e se o valor cobrado a mais deverá ser devolvido ao consumidor.

No ano passado, foi identificada outra cobrança indevida, dessa vez no valor de R$ 7 bilhões. Em dezembro, o TCU decidiu que não tem competência para julgar o processo que pedia o ressarcimento do valor aos consumidores.


Freddie Mercury???



Daniel Radcliffe é convidado para interpretar Freddie Mercury em filme


Com a saída de Sacha Baron Cohen do projeto, o ator Daniel Radcliffe, famoso por interpretar Harry Potter, aparece como a principal aposta dos produtores para o papel de Freddie Mercury no filme que contará a história do líder da banda Queen, morto em 1991.

Envolvido com o projeto desde 2010, Sacha decidiu sair em julho deste ano após desentendimentos com Brian May e Roger Taylor, integrantes da banda. A imprensa internacional divulgou que os músicos queriam que o filme tivesse um tom mais leve, para ser assistido por adultos e adolescentes, enquanto o ator queria focar na orientação sexual de Mercury e seu envolvimento com as drogas, fatores que elevariam a classificação indicativa do longa.

De acordo com o Daily Star, o nome de Daniel Radcliffe tem sido apontado como favorito ao papel e, segundo uma fonte da publicação, os produtores estariam dispostos a pagar um alto cachê ao ator para que ele participe das filmagens. “Já foi dito a ele (Daniel) que o papel é dele caso queira”, disse o informante.

São dois os fatores que colocaram o “bruxinho” no foco dos produtores: a estatura de Daniel ser próxima a de Freddie Marcury e aos comentários positivos sobre seu desempenho no filme Kill Your Darlings, no qual interpreta o poeta gay Allen Ginsburg e que deve estrear nos Estados Unidos no dia 18 de outubro.

Caso aceite o papel, Daniel Radcliffe precisará fazer algumas aulas de canto, pois a ideia é que não existam dublagens nas cenas musicais do filme, que ainda não tem data de estreia confirmada.

sem receita...



Farmacêutico poderá prescrever remédios vendidos sem receita

Uma nova resolução do CFF (Conselho Federal de Farmácia) autoriza os farmacêuticos a prescreverem remédios que não exijam prescrição médica, como analgésicos e antitérmicos.

A medida será publicada na próxima quarta no "Diário Oficial da União" e tem 180 dias para ser implantada.

Com a norma, eles poderão tratar o que chamam de "transtornos menores", como uma dor de cabeça ou diarreia. O cliente que chegar ao balcão da farmácia para comprar um analgésico poderá passar por uma "consulta" e receber um receituário com a assinatura e o carimbo do farmacêutico.


A prescrição, no entanto, não será obrigatória.

Outra ideia, mas que ainda depende de acordos para vigorar, é que os farmacêuticos possam renovar receitas médicas em casos de algumas doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

O paciente passaria pelo médico, receberia o diagnóstico e a primeira receita. A partir daí, o farmacêutico poderia orientar e assumir os cuidados do doente (medir a glicemia ou a pressão arterial) e, se tudo estiver bem, repetir a receita do médico.

A medida é polêmica e deve provocar reação das entidades médicas. "A lei do Ato Médico abriu brecha para qualquer um prescrever medicamentos. É bem complicado", reagiu Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

A lei, aprovada em junho, deixou de prever como exclusivo do médico o ato de prescrever tratamentos após os vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff.

Para Azevedo, o diagnóstico de "qualquer doença" e os respectivos tratamentos são atribuições exclusivas do médico. "Uma simples aspirina pode matar. Pode causar reação alérgica, sangramentos. De quem será a responsabilidade legal por esse doente?"

Do farmacêutico, garante o presidente do CFF, Walter Jorge João. "Estamos tendo essa coragem de dar mais responsabilidade ao farmacêutico. Ele não é profissional só do medicamento, ele também tem que cuidar do paciente."

Segundo ele, tendo um papel mais ativo, o farmacêutico poderá reverter a cultura da automedicação do brasileiro. "O Brasil é o quinto país que mais se automedica no mundo. E isso resulta em muitos casos de intoxicação por medicamentos."

REPETIR RECEITA

Sergio Mena Barreto, presidente-executivo da Abrafarma (Associação Brasileira de Rede de Farmácias e Drogarias), discorda do argumento. "Isso é bobagem. Só 3% das intoxicações são por automedicação. Prescrever receita para medicamentos isento de prescrição é um paradoxo. São drogas seguras, de baixíssimo risco", diz.

Para ele, os farmacêuticos deveriam concentrar esforços para poder renovar o receituário médico, função que já desempenham nos EUA.

"Lá eles podem, inclusive, mudar a dosagem de um remédio prescrito pelo médico. O farmacêutico brasileiro precisa ser mais bem visto. Ele é muito desvalorizado, especialmente pelos médicos."

Em nota, o CFM (Conselho Federal de Medicina) informa que "aguardará a publicação da norma e tomará a providências cabíveis".

limpeza geral




Papa Francisco anuncia mudanças na Cúria Romana


O papa Francisco anunciou neste sábado mudanças na Cúria Romana, após seis meses estudando o trabalho e a burocracia do Vaticano. Umas das principais alterações foi a transferência do cardeal italiano Mauro Piacenza, ultraconservador que até então era o Prefeito da Congregação para o Clero. Ele é conhecido por sua postura tradicional no que se refere à liturgia e à questão do celibato sacerdotal.

Piacenza estava no cargo desde 2010, quando foi nomeado pelo então papa Bento XVI. Ele será rebaixado a um posto de menor comando, e no seu lugar entrará outro italiano, Beniamino Stella. Um de seus principais desafios será reverter a escassez de padres, principalmente nos países desenvolvidos.

Em outra decisão muito acompanhada, o papa anunciou a substituição do arcebispo croata Nikola Eterovic, que estava a cargo do Sínodo dos Bispos. Ele foi transferido ao corpo diplomático do Vaticano. Seu lugar será ocupado pelo arcebispo italiano Lorenzo Baldisseri, que era secretário da Congregação dos Bispos.

O Vaticano também confirmou que o papa Francisco vai conduzir uma assembleia de cardeais no dia 30 de setembro para anunciar a tão esperada data da cerimônia que reconhecerá como santos os papas João XXIII e João Paulo II. Fonte: Associated Press.

unica soluçao


De palhaço, médico combate o crack
Psiquiatra usa fantasia para se aproximar dos usuários e convencê-los a buscar tratamento

O sol começava a sair de trás das nuvens, por volta das 10h de anteontem, quando o psiquiatra Flavio Falcone, de 33 anos, formado pela Universidade de São Paulo (USP), abriu a porta do banheiro da Unidade De Braços Abertos, na Rua Helvetia, no coração da Cracolândia, centro de São Paulo. Com um nariz de bola vermelha e o rosto maquiado, usando uma cartola branca, terno de tecido grosso e uma gravata feita com gaze, ele já havia incorporado o palhaço Fanfarrone.

Pela décima vez nos últimos dois meses, Falcone repetia o ritual das últimas sextas-feiras. Fantasiado, aborda os usuários de crack nas ruas lotadas da Cracolândia para ganhar a confiança deles e convencê-los a iniciar um tratamento que possa livrá-los de uma das drogas mais consumidas no País. Um em cada três (35%) consumidores de drogas ilícitas nas capitais do País usa crack, conforme pesquisa inédita da Fundação Oswaldo Cruz, divulgada na quinta-feira.

As vestimentas do médico são inspiradas em Zé Pelintra, entidade da umbanda que, segundo uma versão sobre sua morte, bebia demais e foi atropelado depois de adormecer na linha de trem. "O palhaço ajuda a estabelecer uma relação horizontal, de igual para igual, com o povo daqui. De médico, imediatamente se cria uma hierarquia que eu prefiro desconstruir", diz. Depois dos primeiros passeios, um pandeiro também passou a fazer parte dos acessórios da peregrinação. Quando os usuários viam o palhaço, muitos o rodeavam e começavam a cantar com ele.

Logo nos primeiros passos, Fanfarrone é abordado por uma mulher de cerca de 30 anos, magra, cabelos castanhos, envelhecida pela droga, que vem conversar sobre astrologia. Ela pergunta o signo do palhaço, que responde ser de escorpião. A moça conta a história do marido do mesmo signo, que consome crack com ela. "Eu fumo para ficar na brisa, para ouvir música, para fazer amor. Ele fuma e fica violento, fala bobagens, me bate. Quando escorpião dá para ser ruim, sai de baixo", diz a moça.

Uma liderança da cena local começa a acompanhar Fanfarrone, depois de comunicada de que haveria fotos e que o repórter iria junto. Pardal, de 50 anos, foi com um chapéu verde-amarelo, segurando um acessório de penas coloridas. Usa óculos sem lentes para "passar uma imagem de respeito", que ele tira durante os bate-bocas com outros frequentadores.

Pardal estava agitado na manhã de sexta, sob o efeito da pedra. Contou que a Escola de Samba Tom Maior havia sido criada em sua casa, na zona sul, e depois se emocionou ao falar do filho que foi preso aos 15 anos e só agora havia saído da prisão. Assumiu com o palhaço o compromisso de participar de um grupo de música para o bairro, projeto ainda a ser apresentado ao poder público.

Fanfarrone segue pela Helvetia em direção à Rua Dino Bueno, onde fica "o fluxo", termo usado para definir o movimento de venda e consumo intenso da pedra. Ganha um boneco de pelúcia de presente de uma moça, que pede que ele guarde o bichinho com cuidado. Metros adiante, Fanfarrone perde o boneco, levado de seu bolso por um homem.

A rua está agitada às 10h30. Barraquinhas de roupas velhas ficam na calçada, num comércio de objetos sem valor para fazer dinheiro para manter o consumo da pedra. Em outro, são vendidos carrinhos de plástico quebrados e muitos restos de equipamentos eletrônicos. Um jovem branco, de cabelos claros e compridos, tenta vender uma bela jaqueta preta, no meio do fluxo, para obter recursos e comprar mais pedra.

Fanfarrone segue decidido, passando em meio à multidão efervescente. Para a reportagem, ele diz que a escolha do palhaço não foi gratuita. "O palhaço, na verdade, deu sentido para minha vida. Aqui, eu também busco a minha cura", conta. Criado em Piracicaba, no interior de São Paulo, ele sempre foi uma criança tímida. Seus pais eram donos de uma escola de balé. Desde os 4 anos, ele assistia, discretamente, a quase todas as aulas. Depois, repetia as coreografias escondido.

Sonho. Aos 14 anos, sonhou que estava tratando de dependentes químicos. Foi quando decidiu ser psiquiatra. Sempre teve facilidade com os estudos e ingressou na USP. Junto com a Medicina, passou a fazer aulas de palhaço e conseguiu se livrar da depressão que o perseguia. "O palhaço lida com as sombras. Ele revela o lado ridículo de situações que, às vezes, levamos muito a sério. Eu sempre fui uma pessoa tímida. Passei a rir de mim mesmo, o que foi mais eficiente do que qualquer terapia. Parece que, hoje, renasci e vivo em outra encarnação", diz.

A sombra dos frequentadores da Cracolândia, para o palhaço, é o potencial muitas vezes desperdiçado daquelas pessoas. Fanfarrone continua andando no meio da confusão, com gente de olhos arregalados por todos os lados, cachimbos de aço sendo acesos, discussões e dedos em riste, quando, de repente, um cego de roupa social aparece, tentando passar no meio do fluxo com a ajuda da bengala. Tudo pode parecer muito triste, mas Fanfarrone acredita no poder terapêutico de transformar em riso a miséria humana.

Nos primeiros dois meses de atividade, ele calcula ter conseguido "construir vínculos" com 30 pessoas. Um deles era HIV positivo. Depois de saber que tinha a doença, decidiu "morrer na Cracolândia". Fanfarrone disse que hoje pessoas com aids podem sobreviver por anos, desde que medicadas. Ao saber disso, o jovem começou a se tratar. Mas permanece na Cracolândia.

Fanfarrone evita arriscar um palpite sobre quanto tempo a região ainda vai conviver com a cidade. Mas arrisca uma definição sobre o local: "a Cracolândia é a sombra da cidade de São Paulo".