domingo, 3 de março de 2013

Livro ensina brincadeira da sombra para a criançada






Sabe quando surge aquela ideia genial de repente? Aquela lampadazinha acima da cabeça? Pois um menino e seu gato tiveram uma dessas ideias, e bem no meio da noite. Sabe o que inventaram? O jogo de sombras.
Para tanto, precisam apenas de uma lanterna, as mãos e o rabo.
Eles só não lembraram que a pilha da lanterna poderia acabar, mas mesmo assim conseguiram dar um jeito ainda mais criativo de continuar a brincadeira. No final do livro, o menino mostra aos leitores algumas possibilidades de sombra para se fazer com as mãos.
Uma forma fácil de brincar, que usa muita criatividade e não custa nada. O livro é um belo presente para as crianças acostumadas a ver imagens incríveis apenas em telas do computador ou em videogames - agora elas serão capazes de vê-las espelhadas na parede e através das próprias mãos.

Obras do PAC revelam tesouro





Achados arqueológicos, que remetem a civilizações pré-históricas, serão cobertos por hidrelétricas e rodovias; Iphan não acompanha demanda



O novo ciclo de obras de infraestrutura do governo federal revelou tesouros arqueológicos literalmente enterrados há séculos, que não seriam descobertos tão cedo.

Analistas do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) gerenciam centenas de sítios arqueológicos e artefatos durante o licenciamento de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Alguns dos achados remetem a civilizações pré-históricas, em áreas que serão cobertas por reservatórios de hidrelétricas, cortados por rodovias, soterrados por ferrovias ou vizinhas de refinarias.

Na área da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA), há registro de inscrições rupestres. Em Santo Antônio (RO), onde se levanta uma usina de 3,15 mil megawatts ao custo de R$ 15 bilhões, há sítios com artefatos arqueológicos até 4 metros debaixo da terra. Em Jirau (RO), foram encontradas pinturas rupestres em pedras e cerâmicas indígenas.

No Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos maiores empreendimentos do PAC ao custo de R$ 23,5 bilhões, foi identificada uma pequena cidade, da qual resta visível apenas as ruínas da fachada de um convento. A localidade foi inteiramente mapeada e, depois, enterrada novamente, em linha com as melhores práticas internacionais para preservação de sítios: mantê-los debaixo da terra, até que haja dinheiro para um projeto de manutenção e estudo apropriado.

Há também casos de barbeiragem de empresas. Algumas delas, estatais, como a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Durante as obras do programa Luz para Todos no Piauí, a instalação de um poste causou um buraco no chão de um sítio arqueológico - e um prejuízo de difícil mensuração.

Demanda. Após o licenciamento, o Iphan tem dificuldades de acompanhar as obras e fiscalizar erros como esse. Até 2007, havia apenas sete arqueólogos no instituto. De lá para cá, o número aumentou para 38, quantidade ínfima quando se verifica que há demanda de 1,4 mil processos de pesquisa por ano, a imensa maioria (95%) relacionada a obras de infraestrutura. Não é fácil recorrer ao setor privado: apenas 12 universidades do País oferecem cursos na área, um reflexo pouco conhecido da interrupção dos investimentos em infraestrutura nas décadas de 1980 e 1990.

"Trabalhar com o número atual não é possível", avaliou a arquiteta Jurema Machado, que preside o instituto há quatro meses e tenta convencer o Ministério do Planejamento a autorizar concursos para novos servidores ou contratação de temporários.

Por lei, cabe ao Iphan analisar os aspectos culturais, no âmbito do licenciamento ambiental, promovido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Além de atender às demandas geradas pelas obras do PAC, os analistas avaliam obras estaduais. Mas foi a chegada de grandes empreendimentos na Região Norte que trouxe à tona ocupações das quais não se tinha notícia.

A falta de funcionários, que obriga o Iphan a dar prioridade para os licenciamentos, termina adiando uma etapa importante do trabalho. Depois de localizar o que chamam de "cacos" ou pinturas rupestres ou restos de objetos de uso cotidiano em sítios onde serão construídas hidrelétricas, o pessoal do Iphan coloca tudo em contêineres. Os artefatos ficam guardados ali. Ainda não foram decifrados e, de certa maneira, continuam enterrados e distantes dos olhos do público.



Dilma critica "mercadores do pessimismo" e diz que Brasil voltará a crescer este ano





Um dia após o anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) de 2012, que ficou em 0,9%, abaixo das expectativas do governo, a presidente Dilma Rousseff disse neste sábado (2), durante a Convenção Nacional do PMDB, que o Brasil voltará a crescer este ano.

Ela criticou os “mercadores do pessimismo”, que apostam no fracasso do País.


Ao lado das principais lideranças peemedebistas, como o vice-presidente da República, Michel Temer, e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), Dilma frisou que vão errar aqueles que apostam no fracasso econômico do Brasil.

— Mais uma vez, os mercadores do pessimismo vão perder. Vão perder como perderam quando previram o racionamento de energia em janeiro e fevereiro e, mais uma vez agora, quando apostam todas as fichas no fracasso do País. Eles vão se equivocar. Tenho certeza de que todos vocês sabem que torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil.

Dilma acrescentou que, com o apoio do PMDB, o governo petista realizou feitos importantes para o País, como a saída de 22 milhões de brasileiros da extrema pobreza.

— Juntos [PT e PMDB] fizemos muito, o que parecia impossível e o que os nossos adversários políticos, quando puderam, não fizeram ou não quiseram fazer.

Em um discurso preparado e lido em cerca de 40 minutos, Dilma defendeu a aliança com o PMDB e ressaltou a importância do partido para a governabilidade do País.

— Muito do que conseguimos alcançar no meu governo deve-se à presença do meu companheiro e vice-presidente Michel Temer e ao apoio dos parlamentares do PMDB.

Dilma também comentou a participação na convenção do PMDB.

— É uma grande honra participar da Convenção Nacional do partido, que é o maior parceiro do meu governo. O convite do PMDB para estar aqui ofereceu uma oportunidade extraordinária para que possamos, juntos, celebrar essa parceria sólida, produtiva e que, sem dúvida, terá longa vida.

A presidente ainda defendeu a política de coalizão e ressaltou que, desde a redemocratização, todos os presidentes, exceto Fernando Collor de Mello, foram eleitos com aliança entre partidos.

— Desde que começamos a eleger presidentes, apenas um governo não teve amplo apoio e apenas um não concluiu seu mandato. Em meu governo, a ampla coalizão que conseguimos formar tem obtido resultados e isso é um passo fundamental para a superação da miséria extrema no Brasil.

O vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, afirmou que a aliança com PT é indispensável.

— O PMDB tem uma honra extraordinária de participar desse governo.

Segundo o senador José Sarney (PMDB-AP), a aliança entre os dois partidos é programática.

— Temos lealdade recíproca e objetivo comum.