domingo, 17 de fevereiro de 2013
Fachada de hospital inaugurado por Ivete em Sobral desaba
Uma forte chuva na tarde deste domingo, 17, em Sobral, a 240 quilômetros de Fortaleza, no Ceará, deixou um rastro de destruição. A fachada do recém-inaugurado Hospital Regional Norte desabou, ferindo um engenheiro da obra e um operário que estavam fazendo a manutenção da unidade hospitalar.
Os dois estavam fazendo uma vistoria na fachada, quando o acidente aconteceu, diz nota da Secretaria de Saúde do Estado. Isso porque, no sábado, dia 16, foi constatado que a fachada não estava firme. Ela media dez metros de comprimento por sete metros de largura. Quando eles tentavam fazer o ajuste, houve o desabamento.
Ambos receberam os primeiros socorros do Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu), no local do acidente, e foram levados para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral, onde passaram por exames e receberam alta.
O Hospital Regional Norte foi inaugurado há um mês com um show da cantora baiana Ivete Sangalo, que recebeu R$ 650 mil como cachê do governo do Estado.
A Secretaria de Infraestrutura de Sobral vai cobrar do consórcio Marquise-EIT, que construiu o Hospital, a reconstrução da marquise que fica na entrada da emergência obstétrica. As causas do desabamento também serão investigadas. O Corpo de Bombeiros isolou a área.
A chuva, que caiu durante 50 minutos, acompanhada de uma forte ventaria, também derrubou o teto de um posto de combustível. A Defesa Civil de Sobral contabilizou ainda queda de árvores e problemas nos fios de postes da rede elétrica.
Entre sábado e domingo, houve chuva forte em 125 dos 184 municípios cearenses, segundo boletim da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A previsão é que esta situação persista até o final do dia.
Em janeiro do ano passado, uma chuva rápida e forte derrubou a estrutura metálica da Vila Olímpica de Sobral.
Britânica se desafia a passar 40 dias sem plástico
A consultora em ambiente marinho quer descobrir se é possível viver sem o material
Uma britânica lançou um desafio a si mesma: decidiu passar uma Quaresma sem plástico.
A consultora em ambiente marinho Emily Smith, de 24 anos, promete que não vai usar nenhuma embalagem descartável plástica por 40 dias, para descobrir se ela é capaz de viver sem o material.
"Vou ter que fazer mudanças drásticas em meu estilo de vida, para evitar refeições pré-fabricadas, compras de última hora no supermercado e [embalagens de comida] para viagem", diz.
Por isso, antes de iniciar o desafio autoimposto, ela teve de comer tudo o que tinha em sua geladeira, "para limpá-la de itens plásticos".
Seu objetivo, afirma, é "mostrar o quanto dependemos" do material poluente e estimular as pessoas a "pensar duas vezes a respeito de produtos descartáveis".
"Eles servem para uma pessoa e vão direto para a lata de lixo", diz Emily, que é voluntária da Sociedade de Conservação Marinha.
— O resultado é plástico flutuando em nossos mares. É um problema maior do que as pessoas pensam, [porque] não estamos apenas sujando, mas mudando a composição do ecossistema marítimo.
Produtos em barra
No experimento, ela vai abrir exceção a itens multiuso, como caixas plásticas para guardar objetos em casa, e a sua escova de dentes. Mas estão proibidos todos os itens que contenham plástico na embalagem ou no embrulho.
— Deixei de lado todos os meus xampus e cosméticos e comprei produtos naturais — xampu, condicionador, desodorante e pasta de dente — em barra.
Para as demais compras, ela diz que está frequentando lojas independentes, feiras de frutas e vegetais e padarias em sua cidade, Bristol.
— Até agora, está indo muito bem.
Seu leite é entregue pelo leiteiro local; suas sacolas plásticas foram substituídas por sacolas retornáveis. Mas a compra de alguns produtos tem sido um desafio.
— Papel higiênico tem sido difícil; tenho que comprar os rolos em embalagem de papel.
Modelo dobrável é aposta contra trânsito
Berlim vai integrar veículo elétrico à rede de trens, metrô e ônibus; projeto do MIT em cidades europeias é similar ao de aluguel de bicicletas
O roteiro é o mesmo. O paulistano que viaja para desfrutar o verão na praia ou no interior sempre encontra na volta o mesmo motivo que já lhe tira o espírito de renovação dos dias de folga: o trânsito. Não basta o congestionamento das estradas, as filas quilométricas se transferem para as cidades. Engana-se quem pensa que isso é assunto resolvido em outras partes do mundo. Na Europa, mesmo com transporte público desenvolvido, o trânsito também é motivo de reclamação.
Para minimizar a dor de cabeça com os congestionamentos, Berlim encabeça uma novidade: ao longo deste ano, a capital alemã colocará em testes pela cidade o projeto CityCar, desenvolvido pela start-up (empresa pioneira) espanhola Hiriko em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), que recebeu investimentos de US$ 87 milhões.
Trata-se de um veículo elétrico dobrável de 2,63 metros de comprimento para dois passageiros, que, ao dobrar, encolhe para 1,5 metro. A novidade chega à Berlim por meio da empresa Deutsche Bahn, administradora dos transportes na cidade, para integrá-lo às redes de trem, metrô, ônibus e bondes. Atualmente, o projeto está em fase de testes em Vitória-Gasteiz, no País Basco, na Espanha, onde nasceu a ideia.
Além da capital alemã, o pequeno carro deve chegar a Barcelona, na Espanha, e Malmö, na Suécia, nos próximos anos. Apesar de existirem alguns projetos similares pela região, o CityCar é o primeiro a ser fabricado em larga escala. Inicialmente, estima-se que serão fabricadas 9 mil unidades anuais até 2015 para que a população o alugue, em um modelo similar ao das bicicletas que também ganham força em São Paulo. Os preços ainda não estão definidos.
Os carros serão lançados em conjunto com a instalação da infraestrutura de carregamento. "O uso compartilhado de veículos elétricos leves - combinado com as redes de transporte público - pode de fato contribuir significativamente para a redução do congestionamento urbano e a poluição", diz o engenheiro eletricista americano Praveen Subramani, do MIT, que liderou a equipe de desenvolvimento do City Car.
Ideia. O projeto foi concebido em 2003, como parte da pesquisa do núcleo de Cidades Inteligentes no MIT, que também desenvolve bicicletas elétricas - essas ainda numa fase anterior à dos carros, mas que também chegarão à população nos próximos anos. O conceito de uma dobradura e de uso compartilhado do CityCar para dois passageiros surgiu em meados de 2008. Os anos seguintes foram de intenso trabalho para ajustar as baterias e os sistemas de distribuição de alta potência do carro. "Afinal, não adianta ser bonito, compacto e ecologicamente correto, é preciso andar também", lembra Subramani.
A velocidade máxima do carro chega a 90 km/h e ele pode ser usado por 120 quilômetros antes de precisar ser novamente ligado na tomada. A recarga, aliás, dura pouco: em duas horas, o carro já está pronto para nova viagem. O projeto concluído foi apresentado em janeiro de 2012 na Comissão da União Europeia, em Bruxelas, Bélgica, que tem duas unidades diante de sua sede. Agora que São Paulo começa a instalar bicicletas pelas ruas - tão comuns na Europa -, o CityCar é mais uma ideia para se ficar de olho.
Empresário cria valet para bicicleta em São Paulo
Além de incentivar bares e restaurantes a criarem chamarizes para frequentadores de bicicleta, o empresário Eduardo Grigoletto também quer fazer com que os valets dos grandes eventos de São Paulo não sejam exclusivos para carros.
Sua empresa, a Ciclomídia, também oferece valets para bicicleta. Para ele, organizadores de atrações como shows e feiras deveriam incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte para os seus frequentadores.
"Isso ajudaria a evitar uma parte dos congestionamentos e os flanelinhas. O ideal é que as pessoas que não quisessem passar por isso tivessem a opção de ir de bicicleta e deixá-la bem guardada."
O serviço também guarda apetrechos como capacetes e garrafas. Uma tenda é montada no estacionamento para que bicicletas e demais aparatos fiquem guardados enquanto a pessoa assiste ao show ou participa da feira. Antes de entrar, o ciclista preenche um cadastro e recebe uma ficha de controle.
Um dos locais que já lançaram mão do bike valet, segundo Grigoletto, foi a Casa das Rosas, na Avenida Paulista.
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