quarta-feira, 24 de julho de 2013

arregao...




Após polêmica, Cabral recua e vai 'revisar' decreto que exige dados de manifestantes
Juristas consideraram ilegal dispositivo que permitiria quebra de sigilo telefônico e de internet


RIO - O governo do Rio informou que o decreto do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) que criou uma comissão para investigar crimes ocorridos durante as manifestações no Rio será revisado. O texto causou polêmica entre juristas porque um de seus dispositivos daria poder ao Estado de quebrar sigilos telefônico e de internet sem autorização judicial.



Na interpretação do governo, porém, o decreto não dá esse poder às autoridades, que continuariam dependendo de autorização judicial para esse tipo de ação, conforme prevê a Constituição. Mesmo assim o Palácio Guanabara confirmou que o texto será modificado, mas não divulgou ainda detalhes sobre que alterações serão feitas.

O advogado Técio Lins e Silva chegou a comparar o decreto n.º 44.302 a comissões de inquérito criadas na ditadura militar e afirmou que “está entre o delírio e o abuso de poder”. “É caso de impeachment, há uma violação clara de direitos constitucionais.”

Decreto de Cabral é ilegal, dizem juristas

Solicitação de registros telefônicos em investigações de protestos é criticada


Juristas questionam a legalidade do decreto do governador Sérgio Cabral (PMDB) publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de anteontem que cria a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV). De acordo com o parágrafo único do artigo 3.º, as operadoras de telefonia e provedores de internet “terão prazo máximo de 24 horas para atendimento dos pedidos de informações” do órgão.

A norma, cuja legalidade é questionada, não existia na versão do decreto apresentada à imprensa pelo governador no dia 19. Cabral é o principal alvo dos protestos. O grupo de investigação é formado pelo Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Segurança e Polícias Civil e Militar.

O advogado Técio Lins e Silva comparou o decreto n.º 44.302 a comissões de inquérito criadas na ditadura militar e afirmou que “está entre o delírio e o abuso de poder”. “É caso de impeachment, há uma violação clara de direitos constitucionais.”

Mestre em direito constitucional, Paulo Rená também questionou a legalidade do texto e afirmou que, na prática, ele “instaura um estado de exceção no Rio e configura uso abusivo do poder estatal”. Segundo o jurista, a previsão de obrigação sobre as empresas de telefonia e internet extrapola a competência do governador. “É uma norma que só serve para ameaçar os intermediários.”

O advogado Sérgio Bermudes disse que o parágrafo que exige das empresas de telefonia e internet que entreguem informações de usuários é questionável, mas não vê inconstitucionalidade. Para Bermudes, trata-se de “um expediente canhestro inventado pelo governador para retirá-lo do foco, porque as manifestações são contra ele.”

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e professor de direito constitucional, Carlos Velloso disse não ver inconstitucionalidade, mas faz uma ponderação: “Seria questionável, sim, se poderia o decreto estabelecer prazo de 24 horas para atendimento”.

O professor de direito constitucional da Universidade Federal Fluminense (UFF) Cláudio Souza Neto criticou a composição da comissão porque ela “acaba militarizando a investigação criminal”.

Prioridade. O artigo 3.º estabelece que solicitações e determinações da comissão encaminhadas a todos os órgãos públicos e privados do Rio “terão prioridade absoluta em relação a quaisquer outras atividades da sua competência ou atribuição”. Segundo o artigo 2.º, a comissão poderá “requisitar informações, realizar diligências e praticar quaisquer atos necessários à instrução de procedimentos”.

A assessoria do procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, afirmou que “não haverá quebra de sigilo sem decisão judicial”. Em nota, o MPE alegou que “o decreto limita-se a fixar prazo para resposta dos pedidos de informação da comissão, sejam eles formulados diretamente ou por meio de decisão judicial”.

Na segunda-feira, 22, o procurador que preside a comissão, Eduardo Lima Neto, encerrou uma entrevista coletiva após dois minutos. “Estamos construindo a forma de atuar e não posso revelar detalhes”, disse ele, afirmando que “direitos serão respeitados” e que “policiais serão investigados”. Neto não quis comentar a prisão na segunda-feira de dois repórteres do grupo Mídia Ninja, acusados de incitar a violência.

Acusação. Na segunda-feira, 22, o MPE formalizou denúncia contra dois homens acusados de vandalismo em manifestações realizadas nos dias 17 e 20 de junho. Eles são acusados por uso de explosivos, formação de quadrilha e incitação ao crime, além de dano ao patrimônio. Foi requerida à Justiça a prisão preventiva dos dois.

As polícias Civil e Militar foram procuradas para informar se estão investigando a eventual participação de policiais na incitação à violência durante a manifestação na rua do Palácio Guanabara na segunda-feira, 22. A Polícia Civil afirmou que a comissão “vai analisar o vídeo”.

Em nota, a PM informou que mantém agentes do setor de Inteligência acompanhando manifestações, “com o objetivo de obter informações e prever movimentos, (...) importantes para as decisões de comando”. Mas que “esses agentes trabalham apenas com a observação” e “imaginar que um policial vá atirar um coquetel molotov em colegas de profissão, colocando suas vidas em risco, é algo que ultrapassa os limites do bom senso e revela uma trama sórdida para justificar a violência criminosa desses vândalos”.

Nota. O governo do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota de esclarecimento à imprensa:

"O decreto do Governo do Estado do Rio de Janeiro que cria a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV) sempre esteve em absoluta sintonia com o Ministério Público RJ e, em momento algum, estabeleceu que a CEIV quebrasse sigilos. Somente à Justiça caberá a quebra de sigilos solicitados pela Comissão Especial que é presidida pelo MP-RJ".


so la ne?



Sobram vagas em concurso para médicos em Sorocaba


Um concurso aberto pela prefeitura de Sorocaba para suprir a falta de médicos no sistema municipal de saúde não conseguiu preencher o total de vagas oferecidas. Apenas 149 profissionais de medicina foram aprovados para os 189 postos criados no município, conforme o resultado divulgado nesta quarta-feira. A remuneração básica é de R$ 55 por hora.

O secretário municipal de Saúde, Armando Raggio, reconheceu que está difícil suprir a falta de médicos em algumas especialidades. A carência de profissionais levou o município a aderir ao programa federal Mais Médicos, que prevê, entre outras medidas, a contratação de profissionais estrangeiros. O prazo para adesão se encerra nesta quinta-feira, 25.

O processo de seleção começou com 246 inscritos, mas 56 médicos deixaram de fazer a prova e 41 candidatos foram reprovados. Na área de pediatria, que tinha 25 vagas, apenas dez se inscreveram e seis foram habilitados. Das 33 vagas criadas para o plantão pediátrico, só duas foram preenchidas. Também foram habilitados 13 profissionais para as 29 vagas em ginecologia. Os aprovados devem ser convocados no início de agosto.

Em caráter emergencial, a prefeitura está contratando sem concurso dez médicos para reforçar os plantões nas unidades pré-hospitalares, onde a falta de profissionais causou revolta e até depredações nas últimas semanas. Para aumentar o interesse, os horários e locais de atendimento serão mais flexíveis.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Região, Antonio Sérgio Ismael, atribuiu a falta de interesse à baixa remuneração e às condições de trabalho nas unidades de saúde. Este ano, ocorreram casos de ameaças e até agressões contra profissionais. Segundo Ismael, na rede privada o médico recebe de R$ 80 a R$ 100 por hora.

mais de 30 mortos!!!




Acidente de trem na Espanha deixa mais de 30 mortos
Segundo porta-voz do governo de Santiago de Compostela, trem descarrilou e dezenas ficaram feridas


Um acidente de trem perto da cidade espanhol Santiago de Compostela deixou mais de 30 pessoas mortas e dezenas feridas nesta quarta-feira, 24, segundo a imprensa local e testemunhas. Não há informações oficiais sobre o número de mortos e o jornal espanhol El País fala em ao menos 35 mortos.

"Há bastante mortos e feridos, não temos mais informações, não há dados oficiais", disse uma autoridade de Santiago de Compostela, explicando que houve um descarrilamento. O acidente ocorreu 20h40 (15h40 no horário de Brasília) na altura do bairro de Angrois, pouco antes da estação ferroviária.

Fotografias publicadas pelo site do jornal Voz de Galicia mostram vagões atravessados pelos trilhos e fumaça. Dezenas de pessoas deixaram o local com sangue no rosto e foram acudidas por moradores da região.

"Foi tudo muito rápido. Parece que em uma curva o trem já começou a tombar e os vagões foram ficando um em cima do outro", disse o passageiro Ricardo Montesco a rádio Cadena Ser. "Muitas pessoas ficaram esmagadas. Tivemos que sair por baixo dos vagões e percebemos que o trem estava pegando fogo. Eu estava no segundo vagão e vi alguns corpos", acrescentou.

Outra testemunha contou ter ouvido uma explosão antes do trem descarrilar. O veículo seguia de Madri até Ferrol./ REUTERS e AP

  

"mao remoto"




Startup cria dispositivo que transforma a mão em controle remoto
Startup canadense desenvolveu uma tecnologia capaz de detectar os movimentos dos músculos dos braços


Você já imaginou controlar o aparelho de som o estalar dos dedos? Ou ainda cozinhar assistindo um vídeo com instruções e utilizar só os movimentos das mãos para pausar o vídeo? Uma startup canadense desenvolveu uma tecnologia capaz de detectar os movimentos dos músculos para controlar um computador, smartphone ou outros aparelhos digitais.

A Thalmic, empresa que desenvolveu a tecnologia, recebeu recentemente US$ 14,5 milhões em financiamento e já tem mais de 30 mil pré-encomendas de consumidores dispostos a pagar US$ 149 pelo produto, de acordo com o site Springwise, uma plataforma criada para captar e replicar boas ideias de empreendimento ao redor do mundo. A previsão da empresa é lançar o produto no início do ano que vem.

A tecnologia inclui uma braçadeira que detecta os movimentos dos músculos, combina com um sensor de movimento e permite que os usuários controlem qualquer dispositivo com o movimento dos braços, desde movimentos para cima ou para baixo até um estalo dos dedos.

De acordo com o vídeo sobre o produto, a tecnologia pode ser utilizada para, por exemplo, controlar drones (veículos aéreos não tripulados), estalar os dedos para dar tocar músicas no computador, usar o bracelete como controle em jogos com armas ou controlar câmeras de vídeo