segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

somos observados





NSA usa aplicativos em smartphones para obter dados de usuários
Jogos como Angry Birds e o serviço de navegação Google Maps forneciam dados como localização, idade e sexo para NSA e GCHQ

Documentos secretos fornecidos pelo ex-agente de inteligência americano Edward Snowden sugerem que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) tem fortes aliados nos aplicativos Angry Birds e outros programas instalados em smartphones por todo o mundo. 

Softwares de mapas, jogos e aplicativos deredes sociais – comuns em cerca de 1 bilhão de aparelhos de telefone com acesso à internet – alimentam com informações como localização, idade, sexo e outros dados pessoais a inteligência americana e britânica, por meio da Sede de Comunicações do Governo (GCHQ, na sigla em inglês), de acordo com Snowden.

Os documentos foram publicados nesta segunda, 27, pelo jornal americano The New York Times, pelo diário britânico The Guardian e pela agência de notícias ProPublica.

O tamanho e a abrangência do programa de espionagem por meio de aplicativos de smartphones não foi estabelecido pelas novas informações divulgadas por Snowden, mas os novos documentos revelados indicam que as inteligências americana e britânica acessam facilmente dados dos usuários nos aplicativos da franquia Angry Birds e no serviço de navegação Google Maps.


grande iniciativa



Norte-americano cria site de adoção de animais inspirado em agências de namoro
Fundador do AllPaws é um investidor conhecido no setor de empresas de encontros virtuais

 Um norte-americano decidiu colocar sua trajetória de investidor em agências de casamentos à serviço dos animais. Darrell Lerner acaba de lançar o AllPaws.com, ideia que se inspira na dinâmica dos sites de encontros para submeter perfis de cães, gatos e até porquinhos da índia abandonados ou vítima de maus tratos diretamente para quem busca adotar um bicho de estimação.

O negócio é, na verdade, um grande banco de dados com animais resgatados das ruas ou do convívio de donos poucos ciosos. O trunfo da iniciativa é alimentar o site com informações quanto mais específicas possível do bicho oferecido. 

Segundo reportagem do portal de notícias The Huffington Post, o usuário do AllPaws.com  tem acesso à características que vão além do tamanho, raça e cor do animal. No site, eles se informam sobre dados comportamentais e aspectos detalhados de sua fisiologia. É possível, por exemplo, saber tanto do comprimento da pelagem do cão, quanto se ele se dá bem com crianças e, no dia a dia, prefere brincar no chão ou passar o tempo no colo das pessoas.

"A ideia era criar um site com uma visão de futuro e mais amigável ao usuário", diz o empreendedor Darrell Lerner. "E, ao mesmo tempo, se a gente conseguir fazer um carinho no animal com isso, é um jogo de ganha-ganha", afirma.

Ao fazer uma busca no AllPaws.com, o internauta também consegue salvar suas buscas, marcar os favoritos e compartilhar os perfis de animais encontrados pelo Facebook e Twitter, além de enviar mensagens diretas para cuidadores e grupos de resgate.

Ainda em versão beta (o lançamento final é esperado em breve), mais de cinco mil pessoas já se registraram ao AllPaws, que segundo Lerner já possui 52.183 cachorros, 41.050 gatos, 1.258 coelhos, 395 cavalos e 276 pássaros registrados, à espera de um dono

nao foi como o planejado




Apesar de venda recorde de iPhones, resultado da Apple frustra mercado
Ações da empresa de tecnologia mais valiosa do mundo caíram cerca de 8% após a divulgação do balanço

A Apple anunciou nesta segunda-feira uma venda recorde de iPhones no primeiro trimestre fiscal de 2014 (de outubro a dezembro): 51 milhões de unidades. O número, no entanto, decepcionou os analistas de Wall Street, que esperavam uma comercialização de 55 milhões de aparelhos, principalmente após a temporada de descontos, que ocorre no final do ano nos Estados Unidos. O dado abaixo das previsões, segundo os especialistas, reflete a intensa competição com a rival Samsung.

O anúncio fez as ações da empresa de tecnologia mais valiosa do mundo despencarem cerca de 8% na Nasdaq, em Nova York, durante o after hours (negociação após o fechamento do pregão regular). 

A companhia também divulgou previsões piores que o esperado para este trimestre. A Apple agora prevê vender de US$ 42 bilhões a US$ 44 bilhões de janeiro a março - cifra que os investidores esperam que seja maior, principalmente devido ao recente acordo firmado com a China Mobile, maior operadora de telefonia chinesa. Wall Street projeta vendas de US$ 46 bilhões, na média.

O trimestre de março é especialmente importante por conta desta parceria com a China Mobile e o lançamento inicial na região. Então a projeção de uma receita menor foi um sinal preocupante. "Os resultados do trimestre de dezembro vieram bem, mas o real problema é a previsão para o trimestre de março", disse Brian Colello, analista da Morningstar.

As vendas de iPads também atingiram uma marca histórica, de 26 milhões, que ficou dentro das expectativas do mercado. Já a comercialização de computadores Macintosh alcançou 4,8 milhões de unidades.

A companhia reportou um lucro líquido de US$ 13,072 bilhões, contra ganho de US$ 12,078 bilhões no mesmo período do ano fiscal anterior. Já o lucro por ação alcançou US$ 14,50, de US$ 13,81 um ano antes.

A receita ficou em US$ 57,594 bilhões, de US$ 54,512 bilhões no ano anterior. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters previam um lucro por ação de US$ 14,07 e uma receita de US$ 57,46 bilhões.

critico




80% dos brasileiros não controlam suas finanças
Resultado abrange todos os estratos sociais, revela pesquisa da CNDL sobre educação financeira

Apesar do recuo da inadimplência para níveis históricos, o brasileiro ainda tem pouco conhecimento sobre as suas finanças, independentemente do estrato social. Oito em cada dez entrevistados não sabem como controlar as despesas, revela uma pesquisa nacional feita em dezembro com cerca de 650 pessoas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).


A enquete mostra que apenas 18% dos entrevistados têm bom conhecimento sobre as finanças pessoais. A economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, destaca que esse resultado praticamente se repete para todos os estratos sociais. Em 84% dos domicílios com renda mensal de até R$ 1.330, o chefe da família tem parcial ou nenhum conhecimento sobre as finanças da casa. Essa fatia cai para 86% no caso das famílias com rendimentos entre R$ 1.331 e R$ 3.140 e recua para 76% para aquelas com receita acima de R$ 3.141. Mas ainda é um porcentual alto.

"O consumidor adulto se mostra muito pouco preparado em relação às finanças pessoais", afirma Luiza. A economista ressalta que há uma relação direta entre saldo negativo na conta corrente e o baixo conhecimento financeiro. Quase 70% daqueles que têm baixo ou nenhum conhecimento sobre as finanças pessoais terminam o mês no vermelho ou no zero a zero na sua conta corrente. Esse resultado recua para 29% para aqueles que acompanham as suas receitas e despesas.

Descontrole. Um dado que chamou a atenção é que mais de um terço dos entrevistados (36%) sabiam um pouco ou nada sabiam sobre as contas regulares que deveriam pagar este mês, com resultados muito parecidos para as três faixas de renda analisadas. No caso das despesas extras de início de ano, mais da metade (57%) não sabia exatamente quanto deveria gastar a mais. Há também falta de conhecimento do lado das receitas, com 40% dos entrevistados declarando não ter informações exatas sobre a renda.

A principal dificuldade apontada pelos consumidores de todas as classes sociais para controlar as finanças pessoais foi a disciplina para registrar gastos e receitas com regularidade, com 39%. Mas fazer contas é tido como um problema para 6% dos entrevistados. Esse resultado dobra (12%) no caso do estrato com menor renda.

Fôlego. Além da falta de controle das despesas e receitas, outras informações relevantes reveladas pela pesquisa são o ímpeto do consumidor para ir às compras e a falta de fôlego financeiro: 38% dos entrevistados informaram que às vezes, ou nunca, avaliam a sua situação financeira antes de adquirir um bem.

A falta de reservas financeiras é nítida quando se avalia que mais da metade (55%) dos entrevistados não conseguiria se manter por mais de três meses em situação de dificuldade. "Como o tempo de recolocação no mercado de trabalho é de sete meses, esse resultado é preocupante, se houver um tropeço no emprego", diz a economista.

A escassez de controle dos brasileiros sobre as suas finanças ocorre num momento em que os índices de inadimplências registram baixas históricas. Na avaliação de Luiza, esse cenário não é contraditório com a falta de rigor nas finanças pessoais porque o principal fator, na sua opinião, que levou ao recuo do calote foi a cautela do sistema financeiro na aprovação de novos créditos.