O desemprego entre jovens continua crescendo e deve alcançar 12,6% — o que equivale a 73,4 milhões de jovens — em todo o mundo neste ano, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (8) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A taxa se aproxima do recorde de 13% registrado no pior momento da crise econômica em 2009 e representa um incremento de 3,5 milhões de desempregados entre 2007 e 2013.
De acordo com o relatório Tendências Mundiais do Emprego Juvenil 2013, as consequências são graves e incluem a proliferação de empregos temporários nos países desenvolvidos, e empregos de baixa qualidade e informais nos países em desenvolvimento.
Diferenças entre regiões
A taxa de desemprego juvenil mais alta foi registrada no Oriente Médio, onde, em 2012, 28,3% dos jovens estavam desempregados — mais de um a cada quatro jovens economicamente ativos. Entre as mulheres, a realidade é ainda mais dura: 42,6% da força de trabalho feminina está sem trabalho.
O Norte da África também registra uma taxa de desemprego juvenil muito alta: 23,7%. Entre as mulheres, a taxa é de 37%.
As taxas mais baixas foram registradas na Ásia Oriental (9,5%) e Ásia Meridional (9,3%).
Nas economias avançadas, a taxa de desemprego juvenil em 2012 foi de 18,1%. Na Grécia e Espanha, mais da metade da população juvenil economicamente ativa está desempregada.
De acordo com o relatório, para enfrentar o problema são necessárias políticas macroeconômicas e de mercado, além de incentivos à educação, à formação profissional e à contratação de jovens por potenciais empregadores.
