segunda-feira, 17 de junho de 2013

Alckmin diz estar aberto ao diálogo sobre tarifas





O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu que está "aberto ao diálogo" sobre um possível recuo no reajuste das tarifas do transporte coletivo (Metrô e CPTM). "O reajuste já foi dado abaixo da inflação, mas estamos sempre abertos ao diálogo", afirmou o governador, ao ser indagado pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Alckmin argumentou que o valor deveria ficar em R$ 3,30, dez centavos a mais, caso houvesse o repasse do IPCA, e que o reajuste deveria ter sido feito em janeiro. "Não fizemos o reajuste a pedido do governo federal. Durante seis meses o governo de São Paulo bancou o subsídio", disse o governador, que participa em Campinas de um evento de anúncio das obras de prolongamento do anel viário da cidade.

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Sem ligação com movimento, grupos aderem a protesto contra tarifas


Muitas pessoas sem ligação com o Movimento Passe Livre ou outros movimentos também decidiram aderir ao protesto contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens nesta quinta-feira. O grupo se concentrou no largo da Batata, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, antes de sair em passeata.

"Sou do movimento Tenho Consciência", brinca a professora de história, Daniela Oliveira, que participa do protesto contra as tarifas pela segunda vez. Na semana passada, ela foi atingida por uma bala de borracha --a marca permanece ainda nesta segunda-feira, mostra ela, que também apontou ser contrária ao envolvimento de partidos políticos na manifestação.

"Saí do trabalho e vim pra cá porque quero formar uma opinião própria sobre o movimento e sobre a reação da polícia, mas também porque sou contra o aumento das tarifas de ônibus", afirmou o estudante de Relações Internacionais, Nicolas monteiro, 22, que também não participa de nenhum movimento social.

Também sem ligação com os organizadores do protesto, o professor de inglês, Thiago Bagues, 24, afirmou que a manifestação "não é mais por conta dos R$ 0,20. Essa virou uma manifestação simbólica, que mostra a insatisfação do povo. É o primeiro bocejo da sociedade que estava dormindo", afirmou.

Ele estava com mais dois jovens que se encontraram no metrô quando iam para o local da concentração. "É interessante que um mesmo ideal tenha nos unido. A gente se conheceu vindo pra cá e descobre que tem pessoas com o mesmo ideal, com os mesmos desejos", afirmou o universitário Vitor Brolia Castilho,18


PROTESTO

Cerca de 30 mil pessoas, segundo estimativa da PM, se concentraram no largo da Batata, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, antes de seguirem em passeata pela região. O grupo, no entanto, se dividiu em três blocos, seguindo um para a marginal Pinheiros, sentido Brooklin, pela av. Faria Lima e outra em direção a av. Paulista.

As últimas manifestações do grupo foram marcadas por confrontos com a Polícia Militar. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

MG-12 mil manifestantes




Contra a Fifa e serviço de ônibus, 12 mil manifestantes fecham a praça Sete em Belo Horizonte
Jovens deitaram na pista para impedir a circulação de ônibus

Manifestantes concentrados no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro, no centro de BH, fecharam o trânsito na Praça Sete às 13h30 desta segunda-feira (17). Jovens se deitaram no encontro das avenidas Afonso Pena e Amazonas para impedir a passagem dos veículos.

Inicialmente, apenas a pista no sentido centro-Mangabeiras foi interrompida por cerca de 8.000 manifestantes, que se organizaram para rodear o monumento e impedir o trânsito também na Amazonas. Com isso, vias do entorno, como a Espírito Santo, a praça da Rodoviária e o Complexo da Lagoinha sofreram reflexos.

Com a tomada da praça, mais pessoas aderiram ao movimento, que chega a reunir 12 mil pessoas. Segundo a PM, somente 1.000 manifestantes se concentram no local. Às 14h, o grupo se organizou na Afonso Pena para seguir em direção ao Mineirão, na Pampulha.

O grupo, formado em sua maioria por jovens sem vinculação partidária, se organizou pelas redes sociais. Cerca de 15 mil confirmaram presença em um dos eventos no Facebook.

O grupo defende várias bandeiras, como a qualidade do serviço de ônibus, e critica as exigências feitas pela Fifa para a cidade sediar a Copa das Confederações. A pretensão é seguir para o entorno do Mineirão, onde trabalhadores do Sind-UTE se concentram próximo à Igreja de São Francisco de Assis. Na Pampulha, PM e Exército reforçam a segurança para a partida entre Taiti e Nigéria.

Outro alvo do protesto é a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio do desembargador Carlos Augusto de Barros Levenhagen, que proibiu manifestações que atrapalhassem o trânsito durante a Copa das Confederações e estipulou multa de R$ 500 mil por dia para entidades que desobedecessem a liminar.

A Polícia Militar está no entorno do local, auxiliando os motoristas a desviarem da praça Sete. Viaturas acompanham o trajeto dos manifestantes, e não há registro de conflitos.

Polícia bloqueia marcha de professores rumo ao Mineirão




Um grupo de aproximadamente 350 professores da rede estadual de Minas Gerais foi barrado pela Polícia Militar enquanto tenta marchar em direção ao estádio do Mineirão na tarde desta segunda-feira.

A categoria, que reivindica o pagamento do piso salarial nacional da educação, pretendia chegar à arena para protestar contra os gastos com a realização de grandes eventos esportivos.

A cidade sedia, nesta tarde, o jogo entre Taiti e Nigéria, pela Copa das Confederações.

A presidente Dilma Rousseff e o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), são os principais alvos do protesto.

O professor de matemática André Luís da Silva exibia uma cópia ampliada de seu contracheque mostrando o salário líquido de R$ 1.296,03, recebido em maio deste ano.

"Oh, Dilma, que papelão. Tem dinheiro para a Copa, mas não tem para a educação", era um dos refrões entoados pelos manifestantes. Em faixas, reclamavam também do governo estadual, a quem acusavam de não cumprir acordos.

A passeata saiu da igreja de São Francisco --localizada no bairro da Pampulha-- tendo à frente deputados estaduais e vereadores do PT.

Cerca de 400 metros após o início da marcha, a cerca de 1 km do Mineirão, o grupo foi barrado por policiais do Batalhão de Choque e da cavalaria.

Parte dos professores carregavam flores brancas e gritavam "Sem violência!". Não houve confronto até o momento.

OUTRA MARCHA

Além do protesto dos professores, outra marcha tentará chegar ao Mineirão na tarde desta segunda-feira.

Cerca de 2.500 manifestantes, entre estudantes e integrantes de movimentos sociais, deixaram o centro de Belo Horizonte no início da tarde em direção ao estádio. A estimativa é de que eles chegassem ao local depois das 16h.

liberem seus WI-FIS



Manifestantes pedem desbloqueio de Wi-Fi

Campanha do movimento contra aumento nas tarifas de transporte público pede a moradores que deixem Wi-Fi aberto
SÃO PAULO – Nas redes sociais, campanhas dos manifestantes contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo pedem  que moradores da região onde acontecerá o quinto ato de protesto liberem a senha de sua rede de conexão sem fio nesta segunda-feira, 17.


O objetivo é auxiliar os participantes a publicar e compartilhar conteúdo, como informações, fotos e vídeos, em tempo real com seus tablets e smartphones.

“Você que mora na região próxima ao local da manifestação (ou por onde ela passará), deixe sua wi-fi sem senha para que todos possam compartilhar o que está acontecendo”, diz a imagemcompartilhada no Facebook. As orientações a respeito da rede sem fio também circulam em um “manual” com orientações para quem quer ajudar mas não pode ir à manifestação.

O ato desta segunda-feira na capital paulista está marcado para começar às 17h no Largo do Batata, em Pinheiros. O evento no Facebook, chamado “Quinto grande ato contra o aumento das passagens”, contava com mais de 250 mil pessoas confirmadas até às 14h desta segunda-feira.

Uma série de outras ações da manifestação estão sendo organizadas pelas redes sociais, sobretudo pelo Facebook, como pontos de primeiros socorros, advogados para defenderem possíveis presos, creches para mães deixarem seus filhos e mapas colaborativos.