terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sem querer, Geraldo Luis provoca risos com “simulação” de incêndio na boate




Geraldo Luis, apresentador do “Balanço Geral”, ocupa um lugar curioso dentro do jornalismo da Record. Seu programa popularesco rende boa audiência, mas não é levado muito a sério. É como se ele fosse uma espécie de “café com leite” – participa da brincadeira, mas não disputa de verdade.

Na competição pela melhor cobertura da tragédia em Santa Maria, Geraldo conseguiu um feito: será lembrado como aquele que, por excesso de mau gosto, provocou risos do espectador.

Deu-se no programa de segunda-feira (28). Com a ajuda de um funcionário da área de segurança da Record, o apresentador propôs ao público “uma simulação”: mostrar como os freqüentadores da boate Kiss se sentiram quando começou o incêndio.

“Nós vamos simular aqui um incêndio, uma fumaça. Muitas pessoas não sabem, se começar um fumaceiro, o que fazer”, avisou. Em seguida, pediu à produção: “Diminui a luz”. Não satisfeito com os “efeitos especiais”, insistiu: “Joga mais (fumaça), até a gente sumir”.

Sob nevoeiro, pediu “dicas de sobrevivência” ao funcionário que o acompanhava. Antes, deu as próprias dicas: “Sempre que vou ao cinema, sento perto da saída de emergência.”. Mais “Tabajara” impossível.

Uso prolongado de aspirina é ligado a tipo de cegueira





Pessoas que tomam aspirina por muitos anos, como pacientes cardíacos, por exemplo, são mais suscetíveis a desenvolver um determinado tipo de cegueira, revelaram cientistas.

Um estudo com 2.389 pessoas, publicado na revista científica JAMA Internal Medicine, indicou que o uso prolongado do ácido acetilsalicílico, principal substância do medicamento, dobra os riscos do surgimento da forma úmida da degeneração macular relacionada à idade.

A doença deteriora a chamada retina central, ou mácula, causando perda de visão no centro do campo visual do paciente.

Os pesquisadores, entretanto, não souberam dizer quais mudanças seriam necessárias na ingestão do remédio para evitar a cegueira.

O estudo, conduzido na Universidade de Sydney, na Austrália, reuniu participantes com idades em torno de 65 anos. Um a cada dez deles usava o medicamento pelo menos uma vez por semana.

Os pacientes foram submetidos a testes oftalmológicos a cada cinco, dez e 15 anos.

Ao final do estudo, os pesquisadores concluíram que 9,3% dos pacientes que tomavam aspirina desenvolveram o tipo úmido da degeneração macular relacionada à idade, contra uma taxa de 3,7% entre os pacientes que não faziam uso da medicação.

Segundo o relatório, "o aumento do risco da forma úmida da degeneração macular relacionada à idade foi detectado apenas 10 ou 15 anos depois, indicando que a dose prolongada tem um papel importante".

"Dado o uso generalizado da aspirina, qualquer risco de condições anormais será significativo e afetará muitas pessoas."

A forma úmida da degeneração macular relacionada à idade é causada pelo crescimento dos vasos sanguíneos. Isso provoca o inchaço e o sangramento da retina.

O processo pode acontecer muito rapidamente, com a visão sendo danificada em dias. Idade, fumo e histórico familiar são os principais fatores de risco.

Alto risco

Já há relatos na literatura médica dos riscos da aspirina, como os sangramentos internos. Para a equipe que conduziu o experimento, o risco de dano à visão "também deve ser considerado".

Os pesquisadores reconheceram, no entanto, que para a maior parte dos pacientes, há "pouca evidência" para mudar a prescrição do medicamento.

Eles também indicaram que o uso da droga seja reavaliado em pacientes de alto risco, como aqueles que já possuem a doença em um de seus olhos.

Segundo o professor Jie Jin Wang, especialista em olhos da Universidade de Sydney, a descoberta pode fazer com que os médicos rediscutam a ingestão do medicamento com seus pacientes.

A Macular Society, entidade britânica ligada à área, disse: "A evidência está aumentando sobre a associação da aspirina e da forma úmida da degeneração macular; entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer neste tema."

"Para pacientes que sofrem de cardiopatias, os riscos para a saúde com a interrupção ou não prescrição da aspira são muito maiores do que o desenvolvimento da doença ocular."

Três morrem após exames de ressonância magnética em Campinas




CAMPINAS - Três pessoas morreram nesta segunda-feira, 28, após realizarem exames de ressonância magnética no hospital Vera Cruz, em Campinas, interior de São Paulo. Nesta terça-feira, 29, a Secretaria Municipal de Saúde enviou um comunicado para que todos os hospitais e clínicas da cidade suspendam os exames de ressonância magnética e tomografias com uso de contraste. A medida valerá até que seja descoberta a causa das mortes.

Nessa segunda, a Vigilância em Saúde já havia interditado o setor responsável pelo procedimento no Vera Cruz, que é particular e é uma referência nesses tipos de exame. A vigilância vai investigar, entre outras causas, se o contraste (composto químico utilizado no exame) tem relação com as mortes.

As vítimas foram dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25 anos. Eles tiveram parada cardiorrespiratória, após fazerem o exame. Dois começaram a passar mal minutos depois do exame e um paciente chegou a deixar a unidade médica, mas retornou a unidade após sentir dores.

No dia, mais de 80 pacientes realizaram ressonâncias no Vera Cruz, sem apresentarem problemas. A direção do hospital foi que acionou a polícia e as salas e os materiais utilizados foram lacrados.

Uma das vítimas é a administradora de empresa Mayra Cristina Monteiro, de 25 anos, de Campinas. O enterro será às 16h30 de hoje, no Cemitério da Conceição. Morreram também o zelador Manuel Pereira de Souza, 39 anos, que será enterrado na Bahia, em Santa Rita de Cássia, e Pedro Ribeiro Porto Filho, de 36 anos.