sábado, 25 de maio de 2013

passando a mao na cabeça ...




Brasil perdoa quase R$ 2 bilhões em dívidas de países africanos
Dilma foi a Addis Abeba para as celebrações, em sua terceira viagem à África em três meses


A Presidência brasileira anunciou neste sábado em Adis Abeba a anulação de R$ 1,85 bilhão (900 milhões de dólares) em dívidas de 12 países africanos, durante as celebrações do cinquentenário da unidade africana.

"Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa brasileira," explicou à imprensa o porta-voz da presidente Dilma Rousseff, Thomas Traumann.

Dilma foi a Addis Abeba para as celebrações, em sua terceira viagem à África em três meses.

Dos 12 países que terão suas dívidas perdoadas, os principais beneficiados serão a República do Congo (Brazzaville), com uma dívida de R$ 700 milhões (US$ 352 milhões) cancelada, e a Tanzânia, com R$ 500 milhões (US$ 237 milhões), indicou Traumann.

Cooperação sul-sul

A presidenta Dilma Rousseff passa o dia neste sábado (25), em Adis Adeba, capital da Etiópia, onde fica até o começo da noite. A presidenta discursa, nas comemorações do aniversário de 50 anos da União Africana (que reúne 54 países), representando a América Latina. Em nome dos países não alinhados (que reúne países que buscam um caminho independente) discursará o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, falará pelos europeus e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, terá dez minutos para enviar mensagens. O Brasil tem 37 representações brasileiras em países africanos. No Conselho de Segurança das Nações Unidas, apenas China, Estados Unidos e Rússia têm mais embaixadas na África do que o país.

O diretor do Departamento de África, Nedilson Ricardo Jorge, destacou que a União Africana contribui para a construção da democracia e busca melhorias econômicas e sociais. Segundo ele, o bloco tem “tolerância zero” contra tentativas de golpes de Estado. Atualmente, o bloco está voltado para Guiné-Bissau (que teve um golpe de Estado no ano passado e ainda não se estabilizou), República Centro Africana e Madagascar. Os três países ainda não retomaram a chamada ordem democrática.

As preocupações da União Africana atualmente também estão concentradas na promoção do desenvolvimento das redes de transporte, energia e telecomunicações, além da integração econômica, combate à fome e à pobreza, incentivos agrícola e rural. Mas os temas específicos sobre a África serão tratados na Cúpula da União Africana, nos dias 26 e 27, da qual a presidenta não deverá participar.

A presidenta viajou para a Etiópia acompanhada por uma comitiva de ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Luiza Bairros (Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial) e Aluizio Mercadante (Educação), além do porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, empresários e assessores.

Criada em maio de 1963, a União Africana (que reúne 54 países) assumiu a função de buscar soluções internas para os conflitos envolvendo as distintas nações, assim como o processo de progressiva democratização e fortalecimento institucional. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.

Picareta ein...



Jersey repassa cerca de R$ 4,5 milhões de Maluf para a Prefeitura de São Paulo
Maluf foi condenado em Jersey por desvio de dinheiro de grandes obras viárias

A Corte da Ilha de Jersey repassou 1,45 milhão de libras (cerca de R$ 4,5 milhões) de empresas ligadas à família do deputado Paulo Maluf (PP-SP) para os cofres do município de São Paulo. A liberação ocorreu nesta sexta feira (24), para uma conta dos advogados da prefeitura, em Londres. Na próxima terça-feira (28) — segunda é feriado na capital inglesa — os advogados vão providenciar a transferência do valor diretamente para o Tesouro paulistano.

A quantia faz parte do montante global de US$ 28,3 milhões — cifra atualizada com juros e correções, além de multas — que a Corte de Jersey mandou as empresas Kildare e Durant, controladas pelos Maluf, devolverem até junho aos cofres públicos municipais. O dinheiro das empresas está bloqueado em uma instituição financeira e será todo transferido para São Paulo.

Condenação

Maluf foi condenado em Jersey por "fraude em ampla escala" — segundo o Ministério Público paulista, quando exercia o cargo de prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, Maluf desviou dinheiro de grandes obras viárias, como a avenida Águas Espraiadas.


A Justiça de Jersey concluiu que Maluf sabia que o dinheiro depositado nas contas de fundos em nome das empresas era de origem fraudulenta e que ele e seu filho Flávio enriqueceram ilicitamente. Para a Justiça de Jersey, Maluf foi "o fraudador e também o arquiteto e principal beneficiário das estruturas que receberam e mantiveram os fundos".

Maluf sempre afirmou que nunca possuiu ativos no exterior. Ele nega ter desviado recursos públicos de obras em sua gestão.