sábado, 2 de novembro de 2013

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Eduardo Campos é o governador que mais eleva gastos no país

O presidenciável Eduardo Campos (PSB) é o governador que mais eleva gastos no país no atual mandato, mostra levantamento feito a partir dos relatórios dos Estados.

De janeiro a agosto deste ano, Pernambuco contabilizou despesas totais de R$ 23,6 bilhões, o que representa um aumento de 55,9% sobre os R$ 15,2 bilhões dos primeiros oito meses de 2010.

A taxa de crescimento está bem acima da média do conjunto dos Estados, de 35,9% no período. O levantamento não inclui Espírito Santo e Amapá, cujos dados não estavam disponíveis nos sites Compara Brasil (que reúne estatísticas fiscais de Estados e municípios) e do Tesouro Nacional.

Os resultados mostram que a aguda piora das contas públicas neste ano não será um tema confortável para os principais candidatos nas eleições do próximo ano.

A deterioração é mais visível na administração de Dilma Rousseff, mas os gastos também sobem mais que as receitas de forma generalizada entre os Estados, incluindo os governados pela oposição.

Em São Paulo e Minas, principais vitrines administrativas do PSDB, o superavit primário _a poupança destinada ao abatimento da dívida_ está em queda, o que tende a se acentuar com o calendário eleitoral.

Em Pernambuco, o afrouxamento fiscal é mais evidente: houve deficit primário nos anos passado e retrasado, e neste ano, até agosto, o saldo está em queda.

Isso significa que o Estado está se endividando para cobrir suas despesas rotineiras, como pessoal e custeio administrativo, e as obras públicas.

Todas as modalidades de despesas pernambucanas mostram elevação acima da média dos Estados, com destaque para os investimentos, que cresceram 78,5% de 2010 para 2013.

A gestão de Eduardo Campos tira partido do baixo nível de endividamento de seu Estado. Como a dívida equivale a 44,4% da receita anual e o teto fixado na legislação é 200%, há margem para tomar novos empréstimos.

No ano passado, os gastos com pessoal chegaram a 50,9% da receita, acima do teto legal de 49%; de lá para cá, caíram para 44,6%.

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