sábado, 8 de junho de 2013

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SP cobrará prejuízos na Paulista do movimento
O Metrô estima R$ 73 mil de gastos com a troca de luminárias e vidros quebrados

O governo do Estado vai acionar judicialmente os responsáveis pelos danos ao patrimônio público causados durante os protestos do Movimento Passe Livre (MPL) ocorridos na noite de anteontem. Segundo o Metrô, a intenção é que "os contribuintes e demais usuários não tenham de arcar com o custo desse lamentável episódio".

As manifestações contra o aumento de tarifas de ônibus, metrô e trem em São Paulo deixaram anteontem um rastro de destruição na Avenida Paulista e em ao menos quatro estações de metrô - Trianon-Masp, Brigadeiro, Consolação e Vergueiro.

A reportagem do Estado percorreu ontem as vias por onde os manifestantes haviam passado - Av. Paulista, 9 de Julho e 23 de Maio - e encontrou marcas das barricadas de fogo no asfalto, lixeiras fora do lugar e bancas de jornais com vidros quebrados. Os acessos das Estações Brigadeiro, Consolação e Trianon-Masp, da Linha 2-Verde, estavam cobertos com tapumes de madeira e placas de plástico. Vidros dessas estações também foram depredados.

A reposição dos fios da rede elétrica da Rua Carlos Sampaio, próximo à Paulista, ocorreu na tarde de ontem. Quatro das 23 cabines da PM foram destruídas - uma queimada e três quebradas - e as lixeiras do prédio do Tribunal Regional Federal estavam amassadas.

O Metrô contabilizou um prejuízo de R$ 73 mil com as estações depredadas, sendo R$ 68 mil por causa dos vidros quebrados e R$ 5 mil em função das luminárias danificadas.

Na tarde de ontem, comerciantes locais que calculavam os prejuízos reclamaram do quebra-quebra. Pelo menos quatro bancas de jornais tiveram vidros e lanternas quebradas e portas amassadas. "Eu estava dentro da banca quando os manifestantes batiam com força na porta. Arrastaram a máquina de refrigerantes e quebraram as laterais. Nunca havia passado por isso na minha vida", afirmou a atendente Carina Regina Augusto, de 22 anos.

A Associação Paulista Viva, que mantém as cabines da PM na Avenida Paulista, afirmou que o prejuízo foi de mais de R$ 24 mil com as quatro unidades destruídas. "A causa do protesto é legítima, mas repudiamos o vandalismo contra o patrimônio público e privado", afirmou Antônio Carlos Franchini Ribeiro, presidente da associação.

Na manhã de ontem, representantes da Companhia do Metropolitano e comerciantes da Avenida Paulista foram ao 78.ºDP para registrarem boletins de ocorrência das depredações. A Polícia Civil vai apurar os casos .

Resposta. O Movimento Passe Livre diz que não é responsável pelos atos de depredação e, portanto, não pode ser penalizado. "Esses atos, contudo, foram uma resposta à truculência dos policiais. A manifestação era pacífica e só houve tumulto após a ação da tropa de choque", afirmou Nina Cappello, de 23 anos, integrante do MPL.

Questionado sobre a suposta ação truculenta da PM, que usou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os manifestantes, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem, em evento no Palácio dos Bandeirantes, que haverá apuração. "A polícia sempre apura. Ela tem um sistema de acompanhamento."

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