segunda-feira, 17 de junho de 2013

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Sem ligação com movimento, grupos aderem a protesto contra tarifas


Muitas pessoas sem ligação com o Movimento Passe Livre ou outros movimentos também decidiram aderir ao protesto contra o aumento das passagens de ônibus, metrô e trens nesta quinta-feira. O grupo se concentrou no largo da Batata, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, antes de sair em passeata.

"Sou do movimento Tenho Consciência", brinca a professora de história, Daniela Oliveira, que participa do protesto contra as tarifas pela segunda vez. Na semana passada, ela foi atingida por uma bala de borracha --a marca permanece ainda nesta segunda-feira, mostra ela, que também apontou ser contrária ao envolvimento de partidos políticos na manifestação.

"Saí do trabalho e vim pra cá porque quero formar uma opinião própria sobre o movimento e sobre a reação da polícia, mas também porque sou contra o aumento das tarifas de ônibus", afirmou o estudante de Relações Internacionais, Nicolas monteiro, 22, que também não participa de nenhum movimento social.

Também sem ligação com os organizadores do protesto, o professor de inglês, Thiago Bagues, 24, afirmou que a manifestação "não é mais por conta dos R$ 0,20. Essa virou uma manifestação simbólica, que mostra a insatisfação do povo. É o primeiro bocejo da sociedade que estava dormindo", afirmou.

Ele estava com mais dois jovens que se encontraram no metrô quando iam para o local da concentração. "É interessante que um mesmo ideal tenha nos unido. A gente se conheceu vindo pra cá e descobre que tem pessoas com o mesmo ideal, com os mesmos desejos", afirmou o universitário Vitor Brolia Castilho,18


PROTESTO

Cerca de 30 mil pessoas, segundo estimativa da PM, se concentraram no largo da Batata, na região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, antes de seguirem em passeata pela região. O grupo, no entanto, se dividiu em três blocos, seguindo um para a marginal Pinheiros, sentido Brooklin, pela av. Faria Lima e outra em direção a av. Paulista.

As últimas manifestações do grupo foram marcadas por confrontos com a Polícia Militar. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

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