Argentina e Cuba desenvolvem vacina para combater câncer de pulmão
Medicamento começa a ser comercializado na Argentina em julho
Cientistas e pesquisadores argentinos e cubanos desenvolveram uma vacina que ajuda a combater o câncer de pulmão. O medicamento, resultado de 18 anos de pesquisa, começa a ser comercializado na Argentina em julho. Laboratórios de 25 países, entre eles o Brasil, México e Uruguai estão interessados em obter a licença de fabricação.
Em entrevista a Agência Brasil, o médico Daniel Alonso, um dos pesquisadores argentinos, detalha a vacina.
— A vacina reativa o sistema imunológico do paciente, para que ele possa criar anticorpos contra as células cancerígenas. Não substitui tratamentos existentes, como quimioterapia ou radioterapia. Mas contribui para aumentar a sobrevida do paciente.
Segundo Alonso, a maioria dos pacientes só descobre que tem a doença quando o câncer no pulmão está em estado avançado. Como os tumores são provocados por células do próprio organismo, que sofreram mutação, o sistema imunológico não detecta um corpo estranho e, portanto, não reage. Os médicos usam quimioterapia e radioterapia para matar as células cancerígenas, mas os dois tratamentos também destroem outros tecidos.
O câncer de pulmão é um dos mais agressivos e mata 1,38 milhão de pessoas por ano no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A vacina foi desenvolvida por um consórcio de empresas privadas e do setor público, da Argentina e de Cuba.
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