Amigos criam site de financiamento coletivo para lançar cervejas artesanais
Investimento foi de R$ 300 mil e expectativa é faturar R$ 650 mil em um ano
Foi durante uma conversa entre amigos que surgiu o assunto financiamento coletivo, o crowdfunding. Como todos tinham vivência no mercado cervejeiro, eles resolveram juntar as duas coisas e criaram o Social Beers. Os sócios investiram R$ 300 mil para desenvolver a plataforma, onde será possível apoiar lançamentos de cervejas.
As primeiras discussões começaram no início do ano passado. Carlos Lima, Matheus Franco e Luiz Poppi gostaram da ideia, acharam que ela poderia dar certo e resolveram colocar tudo no papel. "Quando colocamos na cabeça que íamos fazer, a ideia parou de ser uma conversa entre amigos e tinha que dar certo. Desde então resolvemos fazer o negócio bem feito", conta Lima.
Já que as pessoas podem usar as plataformas existentes para financiar a produção da cerveja, o Social Beers foi buscar diferenciais. O primeiro deles é baseado no conhecimento dos sócios. Quem procura uma plataforma tradicional precisa ter todo o conhecimento do projeto a ser lançado. Já no Social Beers será possível lançar um projeto sem entender de cerveja já que a empresa poderá dar o suporte para o desenvolvimento da receita, registro e indicar cervejarias parceiras, por exemplo.
Outro diferencial é a possibilidade de promover votações. Se um restaurante quiser lançar uma cerveja, ele pode fazer uma votação para o público escolher o nome, o rótulo ou o estilo, entre outras opções. O Social Beers também não fica dependente de projetos de terceiros. O negócio pretende lançar em um ano dez cervejas, sendo que pelo menos metade será proposta pela empresa.
Valores. Para quem quiser usar a plataforma para arrecadação, o site cobra uma taxa de 10% do valor obtido. No caso da solicitação dos serviços de consultoria para desenvolvimento da bebida, o valor será negociado de acordo com o tipo de atendimento a ser feito.
No primeiro ano de operação, o Social Beers pretende lançar dez cervejas e registrar faturamento de R$ 650 mil. A meta é alcançar 10 mil usuários em 2014. "Queremos tentar fugir só de cervejarias e do mercado da bebida. Quanto mais áreas diferentes a gente conseguir agregar, melhor", destaca Lima, que já recebeu contatos de uma hamburgueria de São Paulo, um site de culinária e uma agência de design. Todos estão interessados no projeto.
Setor. Outra intenção do negócio é direcionar parte dos valores arrecadados para a compra de materiais para a fabricação da bebida que serão doados para faculdades de engenharia de alimentos ou engenharia química. O objetivo é difundir o tema no meio acadêmico. "A ideia é fazer parcerias com universidades e destinar parte dos valores mais baixos, que não rendem benefícios físicos para o apoiador, para esse projeto", diz Lima.
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