segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

e amanhã é dia de Corrida de Sao Silvestre



Campeão em 2012, queniano esbanja confiança para o bi na São Silvestre
Fundista Edwin Kipsang Rotich espantou até o técnico com certeza da vitória. 'Suspetei dele', disse Moacir Marconi

O queniano Edwin Kipsang Rotich repete a rotina de seus compatriotas que vêm ao Brasil para participar da Corrida Internacional de São Silvestre: ele esbanja confiança em suas poucas palavras antes da prova.

O fundista de 25 anos, que é treinado pelo brasileiro Moacir Marconi, o Coquinho, foi campeão nas ruas de São Paulo no ano passado, em sua primeira participação na São Silvestre. Agora, ao ser perguntado se é o favorito ao bi, ele garantiu que sim. "Agora será mais fácil, conheço o percurso."

A sua confiança causou estranheza até em seu treinador. "No ano passado, a confiança era tanta que até eu ficava suspeitando dele. Ele dizia: 'Marconi, eu vou ganhar. Eu não prometi?' Era assim que ele falava, insistentemente."

O técnico, que trabalha apenas com atletas africanos (terá seis na São Silvestre, entre quenianos, etíopes e tanzanianos) na cidade paranaense de Nova Santa Bárbara, comenta que Rotich entra na prova na "quinta marcha". "Ele é um garoto que tem um potencial fantástico, treina muito." O fundista diz que em seus treinos faz "uma São Silvestre por dia".

Rotich aparece na 12ª posição do ranking da Federação Internacional de Atletismo da prova de 10 km – a São Silvestre tem percurso 5 km mais longo -, com o tempo de 27min45. A marca, que é a melhor de sua carreira, foi conquistada em Santos, no mês de maio.

No ano passado, Rotich venceu a São Silvestre em 44min05. A expectativa é que ele melhore a marca amanhã. O recorde do percurso de 15 km é de 1995, quando o pentacampeão Paul Tergat garantiu sua primeira vitória em 43min12. Mas o trajeto mudou – a prova não desce mais a Rua da Consolação.

A estreia de Rotich em solo brasileiro ocorreu na Meia Maratona do Rio, em julho de 2012. Ele foi selecionado por Coquinho em uma prova no Quênia e ganhou a chance de ser o coelho – corredor que puxa o ritmo da prova para determinada marca esperada pelos atletas de elite. "Ele correu 12 km", lembra o técnico. "Passou os 10 km em 28min48. Depois disso, ele começou a correr e a ganhar provas. Então falei que iria colocá-lo na São Silvestre e ele me disse que iria ganhar."

Rotich coloca seu compatriota Mark Korir, terceiro na São Silvestre passada, como um dos principais adversários na prova, mas também destaca a participação do brasileiro Giovani dos Santos, que conquistou o bicampeonato da Volta da Pampulha no início deste mês. "Ele vai ter o apoio da torcida e é um grande adversário."

Na prova feminina, a queniana Maurine Kipchumba, atual campeã, está confirmada. Suas principais rivais serão a compatriota Nancy Kipron e a etíope Kabede Gudeta.

A última vitória do Brasil na prova feminina ocorreu em 2006, com Lucélia Peres. Na masculina, Marílson Gomes dos Santos venceu em 2010.



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