terça-feira, 29 de outubro de 2013

sera??




A boa educação não recomenda, mas tem horas em que um bom palavrão é insubstituível.
Segundo Nelson Rodrigues o palavrão é indispensável para o bom futebol – “Como jogar ou torcer se não podemos xingar alguém?”, pergunta ele.
Outra situação em que o xingamento de boca cheia se mostrou eficaz é no controle da dor. Aquela cena clássica, na qual o sujeito dá uma topada com o dedinho no pé da cama e vê estrelas enquanto xinga a torto e a direito tem sua razão de ser. Xingar e falar palavrão é uma atitude agressiva, e por isso induz no nosso organismo a resposta de fuga-ou-luta – diante de situações ameaçadoras o organismo libera uma descarga de adrenalina que nos prepara para enfrentar o perigo, aumentando a frequência cardíaca, a respiração e diminuindo a sensação de dor. Pois é exatamente o que ocorre quando xingamos – pessoas submetidas a testes dolorosos sentiram menos e toleraram a dor por mais tempo quando falavam palavrão do que quando gritavam palavras neutras.
Mas é importante saber que quanto mais a pessoa fala palavrão ao longo do dia, menos ele funciona. Quem fala muito palavrão se acostuma com eles, fazendo com que percam seu caráter agressivo e, portanto, eficácia.
O bom xingamento, portanto, tem hora certa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário