terça-feira, 1 de outubro de 2013
atençao mulheres
Os fatores que não te deixam emagrecer
Todo mundo tem um parente na família ou conhece alguém que come muito mais do que a média, mas é magro, não é verdade? Quem luta para emagrecer não deve se comparar aos demais. Segundo especialistas, cada metabolismo tem suas particularidades. O ganho de peso pode sofrer alterações não só do volume de comida que ingerimos diariamente, mas de outros fatores como hereditariedade, metabolismo, doenças, entre outros.
Segundo o nutricionista Gabriel Cairo Nunes, o gasto calórico de uma pessoa é composto pelo gasto calórico basal e pelo acessório. 'O basal é a queima calórica que mantém nossa vida, é o necessário para manter nossas funções vitais: respirar, fazer o coração bater, pensar, rins filtrarem a urina, os milhões de células receberem oxigênio e exercerem suas funções. Esse metabolismo basal representa cerca de 75% do nosso gasto calórico. Os outros 25% são provenientes do acessório, que depende de nossa atividade física', disse.
Não se preocupe se seu amigo ou marido tem emagrecido mais do que você. Segundo o nutricionista, as células que detêm a maior capacidade de queimar calorias são musculares e por isso, independentemente de praticar ou não uma atividade física, os homens sempre vão queimar muito mais calorias do que mulheres de mesma idade. 'Eles têm uma massa muscular muito mais desenvolvida. Parece injusto, mas as mulheres têm uma queima calórica menor, isso não é anormal, é o metabolismo feminino', disse.
Fator hereditariedade
Segundo o nutricionista Gabriel Cairo Nunes, a hereditariedade está relacionada às alterações metabólicas responsáveis pela predisposição à obesidade. 'Alguns genes predispõem ao ganho de peso, provavelmente por causarem interferência no gasto calórico basal das pessoas, mas as alterações mais conhecidas se devem à chamada resistência insulínica, um estado pré-diabético onde o organismo produz quantidades excessivas de insulina, que, por sua vez, favorecem o estoque de energia, em detrimento da queima dos substratos', explica.
Por isso, em alguns casos, vemos na mesma família várias pessoas com o mesmo problema. 'Nós herdamos não somente genes, mas também comportamentos de nossos familiares. É o que observamos, por exemplo, em uma foto de uma família inteira de gordinhos que posa ao lado de um cãozinho também gordo, revelando o quanto nossos hábitos comuns resultam em obesidade compartilhada', diz.
Metabolismo x idade
O metabolismo também sofre influências da idade. 'Porém uma queda no seu funcionamento se deve muito mais à inatividade física do idoso do que puramente ao 'metabolismo lento do idoso', como muitos pensam. A crença de que com 30 ou 40 anos de idade seu metabolismo torna-se mais lento não procede. As pesquisas indicam que o gasto calórico basal cai a partir dos 60 anos, e a redução calórica ideal seria de cerca de 100 calorias por década', observa Gabriel Cairo Nunes.
Medidas individuais
As pessoas magram comem na mesma proporção em que gastam calorias, por isso não engordam. 'É importante entendermos também que o peso e o tamanho dos pratos de duas pessoas podem confundir a nossa percepção, pois há pratos com conteúdos extremamente calóricos e leves, em contraste com outros mais pesados e menos calóricos. A única forma de descobrir o segredo destas pessoas é observá-los atentamente durante todo o seu dia, só assim, poderemos compreender como o metabolismo delas funciona realmente', ressalta o nutricionista Gabriel Cairo Nunes.
Não é necessário comer menos à noite
Você sabia que o nosso metabolismo é o mesmo em todos os horários do dia? 'Não procede a crença de que à noite devemos comer menos, porque queimamos menos. Quando fazemos ginástica pela manhã, esta prática realmente aumenta o nosso gasto calórico, mas de maneira prolongada, durante todo o dia, inclusive à noite. Quando calculamos o gasto calórico dos pacientes para programarmos uma dieta individualizada, nunca levamos em conta gastos calóricos diferentes, durante os horários do dia. Isso significa que numa dieta balanceada deve haver carboidratos em todas as refeições, inclusive à noite. O que deve ser evitado é a ingestão excessiva de carboidratos à noite, como nas demais refeições do dia', afirma o nutricionista Gabriel Cairo Nunes.
Doenças que interferem no metabolismo
Algumas doenças endócrinas interferem na queima calórica, como é o caso do hipotireoidismo. 'Os hormônios tireoidianos interferem na produção de calor corporal, na queima calórica e na eliminação de água do organismo. Logo, nas situações de redução dos hormônios da tireóide, uma doença chamada hipotireoidismo, há geralmente aumento de peso por redução do metabolismo e retenção de líquidos. Entretanto, uma vez diagnosticada a doença e a dose hormonal convenientemente reposta, o metabolismo volta ao normal e nenhum aumento de peso poderá ser imputado à alteração tireoideana', esclarece Gabriel Cairo Nunes.
O que pode ser mudado
Segundo o nutricionista, o aumento do gasto calórico se deve a dois fatores: o fracionamento das refeições e a prática regular de atividade física. 'Quando fazemos um jejum prolongado, geramos informações errôneas de escassez de alimentos ao nosso organismo, o que induz à queda do gasto calórico como forma de proteção dos estoques de nutrientes. O ideal é fracionar e depois queimar com exercícios', finaliza Gabriel Cairo Nunes.
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