segunda-feira, 8 de julho de 2013

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'Médico estrangeiro passará por avaliação', afirma Dilma

A presidente Dilma Rousseff explicou nesta segunda-feira, 8, detalhes do Plano Mais Médicos, que será lançado hoje à tarde, em Brasília. Durante seu programa semanal de rádio, o "Café com a Presidenta", Dilma disse que os médicos estrangeiros passarão por um período de avaliação de três semanas em universidades brasileiras antes de serem contratados. Todos os médicos do programa, brasileiros ou estrangeiros, receberão R$ 10 mil mensais, mais ajuda de custo, que vai variar de acordo com a região de trabalho.

Os médicos estrangeiros assinarão contrato de três anos e trabalharão exclusivamente na rede pública de saúde. De acordo com a presidente, durante esse período eles serão supervisionados por universidades. "Vamos lançar um edital nacional para selecionar os municípios que querem receber novos médicos. A prioridade são as periferias das grandes cidades e aqueles municípios do interior", afirmou.

Dilma disse que não vai aceitar profissionais de países onde a proporção de médicos por habitante seja menor do que a no Brasil. "Fora isso, estamos abertos a receber médicos de qualquer país, desde que o profissional seja capacitado, com registro para atuar nos países onde se formaram, com experiência em atenção básica e com conhecimento do português", disse.

Ainda sobre a contratação de estrangeiros, a presidente ressaltou o caráter emergencial da medida e prometeu investimento em equipamentos e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Este ano, segundo anunciou, serão R$ 7,4 bilhões. Em 2014, R$ 5,5 bilhões em novas unidades. Para resolver o déficit de médicos, a intenção do governo é criar mais seis mil vagas em cursos de medicina até o final do ano que vem.

O ''Pacto Nacional pela Saúde - Mais Hospitais e Unidades de Saúde, Mais Médicos e Mais Formação'' será lançado às 15 horas em cerimônia no Palácio do Planalto. Os ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante, estarão no evento. Os objetivos da ação, segundo o governo, são melhorar o atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a formação do médico brasileiro. No entanto, apesar da resistência dos médicos brasileiros, o governo mantém no plano o recrutamento de profissionais estrangeiros.

A medida atende a reivindicação da Frente Nacional dos Prefeitos e será uma solução para os municípios. A mão de obra será toda financiada pelo governo federal, e a estimativa é de que as prefeituras economizem R$ 1,2 bilhão por ano quando o programa estiver funcionando.

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