sexta-feira, 30 de agosto de 2013

sempre dinheiro



Funcionários e familiares denunciam propina para liberar corpos de vítimas de desabamento de prédio
Segundo denúncia, funerária cobrou R$ 2.000 de cada família. Parente confirmou pagamento


Fontes ligadas ao IML (Instituto Médico Legal) central entraram em contato com a Agência Record para denunciar um esquema de propina no qual as famílias das vítimas no desabamento de um prédio na zona leste de São Paulo, na última terça-feira (27), tiveram que pagar R$ 2.000 para o transporte dos corpos.  

Segundo a denúncia, o dinheiro foi cobrado pela funerária Paraíso, localizada em Santana de Parnaíba (SP).

Nove dos dez corpos dos operários que morreram no desabamento receberam assistência da Paraíso.  

Um dos parentes de uma das vítimas confirmou o valor pago. Segundo ele, a funerária “informou que o estado do corpo estava bem crítico e por isso precisavam dessa quantia”.

Ele disse ter questionado o valor porque descobriu que a funerária Parnaíba, que retirou o corpo de Claudemir Viana de Freitas, não havia cobrado nada.    — Precisei pedir ajuda de toda a família para conseguir a quantia.  

Outro lado

A Agência Record entrou em contato com a Salvatta Engenharia e uma das funcionárias disse que todas as vítimas que morreram no acidente tinham seguro. Esse seguro, segundo ela, cobriu apenas uma parte das despesas de velório e sepultamento. O voo que levou os funcionários foi pago pela Salvatta, ainda de acordo com a funcionária.  

O R7 tentou contato com o advogado da Salvatta, mas ele não retornou a ligação até a publicação desta reportagem.

Na funerária Paraíso, uma funcionária informou que as famílias não precisaram pagar nada para a liberação dos corpos e que a Salvatta assumiu todos os custos, por meio da empresa Brasil Assistência. Porém, a funerária não podia informar valores porque a “a própria Salvatta pediu pra gente manter isso em off”.

De acordo com essa funcionária, a funerária Paraíso iria fazer o velório e sepultamento dos dez corpos, mas um deles, o de Claudemir, foi feito pela funerária Parnaíba porque um funcionário seria parente da vítima.

Procurada, a assessoria de imprensa da SSP (Secretaria de Segurança Pública) disse desconhecer a denúncia e que vai apurar o caso.  

Ainda segundo a denúncia, o esquema foi feito com um funcionário do setor, com um corretor da seguradora e com a funerária. O dinheiro foi repartido entre eles.

 via R7.COM

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