quinta-feira, 9 de maio de 2013

Menos 55 mil...




México sacrifica 55 mil frangos por causa de novo foco de gripe aviária
Quase quatro milhões de aves foram sacrificadas no México por causa de um foco de gripe aviária


O governo do México realizou nesta quarta-feira (8) o sacrifício preventivo de 55 mil aves de uma fazenda comercial no central estado de Puebla após ser comprovado um foco de gripe aviária nessa unidade, informou a Secretaria de Agricultura.

Em comunicado, a instituição indicou que o Serviço Nacional de Saúde, Inocuidade e Qualidade Agroalimentar (Senasica) ordenou com fins preventivos o isolamento imediato da fazenda, localizada no município de Palmar de Bravo.

No último dia 1º de maio, as autoridades sanitárias receberam mostras procedentes dessa fazenda com sinais clínicos e taxa de mortandade compatível à "Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, cujas provas de laboratório resultaram positivas para o subtipo H7".


"Investigações preliminares indicam que a origem da infecção ocorreu por causa da incorporação de frangos de 75 a 135 semanas idade, as quais puderam provir de estados afetados / desabrigados inicialmente", assinalou o Sanasica.

A Secretaria de Agricultura, que entregará aos produtores do estado mais de 33 milhões doses de vacina para aplicá-las de maneira preventiva em mais de 100 fazendas comerciais, acrescentou que os técnicos da Senasica inspecionam outras 271 unidades de produção em Puebla "e, até este momento, não foram identificados casos compatíveis com a doença".

No mês de abril, as autoridades mexicanas ordenaram o sacrifício preventivo de quase mil de aves no estado de Tlaxcala, vizinho a Puebla, por conta de outro foco de gripe aviária.

Quase quatro milhões de aves foram sacrificadas no México por causa de um foco de gripe aviária detectado em fevereiro no estado de Guanajuato, que se somam às mais de 22 milhões sacrificadas pelo surto registrado no último ano no estado de Jalisco.




Para especialistas, nova gripe aviária é 'ameaça séria'
Vírus H7N9 pode estar a caminho de se tornar transmissível entre humanos

O surgimento de um novo tipo de gripe aviária na China representa uma ameaça séria à saúde humana, mas ainda é cedo para prever se a doença poderá se espalhar em escala global, afirmam especialistas ouvidos pela BBC.

Desde março, quando o vírus H7N9 foi identificado, 126 pessoas foram contaminadas. Entre elas, 24 morreram e outras dezenas estão internadas em estado crítico.

Pesquisadores dizem estar monitorando de perto o ritmo e a seriedade da epidemia, mas esclarecem que até agora não há evidências de que o H7N9 pode ser transmitido entre humanos, levando a uma possível pandemia.

Pesquisas recentes sugerem que, para que isto ocorra, é necessário que o vírus sofra entre quatro e cinco mutações, mudando de um organismo hospedado por aves para um que se espalhe facilmente pelo ar.

'Até agora as pessoas que foram contaminadas tiveram contato direto com aves, provavelmente frangos comprados em um mercado chinês', afirma a pesquisadora Wendy Barclay, do Imperial College London.

— Mas o que nos preocupa é saber que o vírus H7N9 já sofreu ao menos duas mutações, ficando mais perto de se tornar um vírus que pode se espalhar pelo contato humano.
O professor John McCauley, diretor de um centro de saúde que colabora com a Organização Mundial de Saúde (OMS), diz que a organização está levando a ameaça da nova gripe a sério.

Ele diz que entre os sintomas da doença estão pneumonia, envenenamento do sangue - caracterizado pela presença de bactérias na corrente sanguínea - e falência dos órgãos.

A última gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, se espalhou rapidamente para humanos em 1997 e já matou mais de 300 pessoas.

Vírus inédito

O professor Jeremy Farrar, especialista em gripe aviária e diretor de uma das maiores fundações de pesquisa no mundo, a Wellcome Trust, disse que o H7N9 deve ser tratado com atenção.

— Se um vírus influenza pula de seu habitat natural (aves) para humanos, é razão para preocupação.

Em casos de gripe aviária, geralmente as pessoas mais velhas não contraem o vírus porque seu sistema imunológico criou mecanismos de defesa contra vírus semelhantes ao longo da vida.

No entanto, na epidemia mais recente, as idades das pessoas afetadas variam entre dois e 81 anos.

— Isso sugere que não há imunidade em nenhuma faixa etária e que, como humanos, nunca vimos este vírus antes. A resposta tem de ser calma e calculada, mas ao mesmo tempo firme.

Estudo publicado na revista médica britânica Lancet sugere que o vírus influenza H7N9 é uma mistura de pelo menos quatro vírus provenientes de patos e frangos.

Diferentemente da epidemia do H5N1, o novo vírus não é letal para as aves, o que torna mais difícil rastrear a extensão da epidemia.


FONTE:BBC BRASIL




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