quinta-feira, 9 de maio de 2013

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Internautas vão ter que pagar para ver vídeos no YouTube



O YouTube anunciou nesta quinta-feira (9) que não vai mais ser totalmente gratuito. Os donos dos canais e vídeos agora vão poder cobrar dos internautas uma assinatura mensal, a partir de R$ 3,99. É parte de um plano de “monetização”, segundo o Google, dono da plataforma, e que pode acabar rendendo muito dinheiro para os produtores audiovisuais.

Basicamente, o internauta vai ter que pagar uma taxa por mês para poder assistir aos vídeos de determinado canal. “Todos os canais terão um período gratuito de 14 dias, e muitos oferecem descontos nas taxas anuais”, explica o YouTube em seu blog oficial. E vale para todos os dispositivos: pagando a taxa uma vez, você pode acessar de smartphone, tablet, computador e TV.

Nas próximas semanas, o YouTube deve, segundo o Google, oferecer novas ferramentas aos produtores. A ideia é tentar fomentar produção de conteúdo inédito, voltado diretamente para a plataforma — já que, desta forma, os autores podem ter retorno financeiro pelo produto.

R$ 12 milhões

Mas será que, na prática, você vai ter que pagar assinatura para curtir um vídeo de humor ou um clipe musical, por exemplo? Não necessariamente. Perguntamos aos autores do canal Porta dos Fundos, um dos mais populares do YouTube brasileiro (atualmente com 3 milhões de inscritos) sobre os planos de assinatura. E eles não planejam cobrar.

O Google, até a tarde desta quinta, ainda não havia entrado em contato com o Porta dos Fundos sobre a questão. “Esse assunto nunca chegou até aqui e estamos bem com a forma que ele está”, disse Antonio Tabet, que está por trás do canal e também do site de humor Kibeloco.

— Por enquanto, estamos muito bem disponibilizando nossos vídeos gratuitamente. Nós não precisamos de mudança alguma. Se o YouTube, que é um ótimo parceiro, propuser algo, avaliaremos sempre privilegiando nosso conteúdo e o internauta. Simples assim.


Se conta com 3 milhões de assinantes, o Porta dos Fundos poderia (hipoteticamente) cobrar R$ 4 de cada um e, de quebra, faturar R$ 12 milhões por mês. O Google ainda não especificou se vai reter parte do dinheiro da assinatura para si.

No entanto, Tabet não aposta que essa cobrança vá se tornar algo obrigatório. “Não é do feitio do Google. Muito pelo contrário”, disse. O plano deve começar em cerca de 50 canais, entre eles um do UFC, por exemplo.

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