segunda-feira, 29 de abril de 2013

e so agora que perceberam...





Pesquisa da Anatel mostrou alta insatisfação entre os usuários de telefonia móvel, incluindo em relação à banda larga. O 4G pode melhorar essa percepção?
Sim. A pesquisa tem dados aparentemente contraditórios porque ela diz que o consumidor do pré-pago está mais satisfeito do que o do pós-pago.


Por que é contraditório?
Porque todo mundo está usando a mesma rede, os serviços são muito parecidos. Por que o consumidor do pré-pago estaria mais satisfeito? Acho que tem a ver com o 3G, que está congestionado. O usuário fica insatisfeito com o telefone, mesmo que o serviço de voz esteja melhor.

Para o sr. o serviço 3G hoje no Brasil não é adequado?
Não quero desqualificar o 3G. Aposto que, com a migração de clientes para o 4G, o 3G pode desafogar. Nós estamos cobrando infraestrutura e investimento no próprio 3G. Hoje ele está insatisfatório.

No leilão do 3G o governo também fez exigências sobre a cobertura do serviço. É possível garantir que a qualidade do 4G será melhor?
A Anatel mudou os critérios de cobrança. As empresas estão fazendo a cobertura de mais de 2.500 municípios com 3G no Brasil. Isso dá mais de 80% da população. Mas o serviço cresceu num ritmo expressivo e as empresas não se prepararam. Foi um erro. Mudamos os critérios, estamos fazendo um monitoramento mensal e vendo melhora.

A principal crítica ao 4G é que os aparelhos comprados no exterior e os dos turistas não vão funcionar aqui. Isto é um problema?
Nem todos os países usam o 700 MHz (frequência adotada nos EUA). Tem vários usando o 2,5 GHz (padrão brasileiro). Essa era a frequência que podíamos usar, porque o 700 MHz hoje é da televisão analógica. Caminhamos para usar o modelo da região Ásia-Pacífico, mais adequado à nossa realidade. A tendência é que os aparelhos funcionem em todas as frequências.

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