domingo, 28 de abril de 2013

Brasil né...




Condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato e ocultação do corpo de Eliza Samudio, Marcos Aparecido dos Santos pode ficar atrás das grades em regime fechado até meados de 2018, segundo estimativas do promotor Henry Vasconcelos. O ex-policial está preso desde julho de 2010 e pode conseguir o benefício do regime semiaberto em cinco anos.

Os sete jurados consideraram todos os agravantes propostos, o que caracterizou a condenação por homicídio duplamente qualificado, com pena em regime fechado de 19 anos. Por ser crime hediondo, o tempo referente à prisão seria de sete anos. Bola pegou pena máxima para ocultação de cadáver - três anos, e deve cumprir seis meses em regime fechado. Seriam oito anos atrás das grades, mas Marcos Aparecido já cumpriu dois anos e nove meses de prisão preventiva pela morte de Eliza.


Henry Vasconcelos considera a pena satisfatória e não pretende recorrer.

— Era o esperado. A sentença foi plenamente adaptada a todos os parâmetros de justiça. Por isso, a promotoria não estará recorrendo.

Inconformada, a defesa de Bola constou na ata do júri a pretensão de recorrer e manteve a postura de negar o crime. Antes da leitura da sentença, o condenado ouviu do advogado Ércio Quaresma: "Sou seu amigo e vou continuar sendo".

— A defesa já manejou o recurso e esperamos daqui a dois ou três meses apresentar as razões. A certeza que temos é que desde o início o Marcos Aparecido negou a autoria. Na rua Araruama fato algum aconteceu. O jurado julgou sem conhecer a verdade. De uma hora para outra o promotor vislumbrou a participação de outras pessoas [os policiais Gilson Costa e José Lauriano]. E se um deles confessar o crime? Como fica meu cliente? Como ficam esses jurados?

O fim dado ao corpo de Eliza permanece um mistério. Para o MP, a expectativa de arrancar a confissão era pequena.

— Desejávamos que o corpo surgisse. Mas, considerando os antecedentes de Bola e seus comparsas, o corpo de Eliza foi destruído e é inacessível.

 Já a advogada da mãe de Eliza, Maria Lúcia Borges, admite que Sônia de Fátima Moura queria uma pena mais severa e se decepcionou por não saber o que foi feito do corpo.

-— Eu a tinha preparado que dificilmente isso seria aberto neste julgamento.



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