sábado, 30 de março de 2013

Ministério Público do RS quer mais tempo para analisar inquérito do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria





O Ministério Público do Rio Grande do Sul quer mais tempo para analisar o inquérito policial sobre a tragédia de Santa Maria. O prazo original de cinco dias termina nesta segunda-feira (1º). A força-tarefa do Ministério Público vai passar o fim de semana examinando os documentos, mas não há previsão para a conclusão dos trabalhos.

Os promotores David Medina da Silva, Joel Oliveira Dutra e Maurício Trevisan trabalharam no feriado desta sexta-feira (29), analisando o inquérito que tem 52 volumes e mais de 13 mil páginas. O promotor Dutra informou que o MP vai definir os nomes que constarão na denúncia que será oferecida à Justiça.

A Polícia Civil responsabilizou 28 pessoas pelo incêndio, 16 foram indiciadas por homicídio doloso. Segundo exames do IGP (Instituto Geral de Perícia), as 241 mortes aconteceram pela inalação de dióxido de carbono com cianeto, provocada pela queima da forração acústica da casa noturna. O incêndio na boate Kiss aconteceu no dia 27 de janeiro.

Polícia confirma que boate Kiss estava superlotada na noite de incêndio



O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, aconteceu na madrugada do dia 27 de janeiro e deixou 241 mortos e mais de cem feridos. O público participava de uma festa organizada por estudantes da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.

A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização dos bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.

Esta é considerada a segunda maior tragédia do País depois do incêndio do Grande Circo Americano, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Em 17 de dezembro de 1961, o circo pegou fogo durante uma apresentação e deixou 503 mortos.

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