Nordeste responde por 80% do aumento no consumo de energia elétrica residencial no País
No Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram queda entre abril de 2012 e 2013
O Nordeste foi responsável por cerca de 80% do aumento no consumo de energia elétrica nas residencias do País no comparativo entre os meses de abril desde ano e 2012, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira (29) pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Segundo o estudo, o crescimento de 365 GWh (gigawatts-hora) sobre o consumo com relação a abril do ano passado, a região Nordeste participou com a maior parcela: 295 GWh.
Para a Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, responsável pela pesquisa, os benefícios que os ganhos salariais vêm exercendo sobre o consumo das famílias nordestinas fazem com que a demanda por energia elétrica nas residências da região cresçam muito mais do que a média do consumo residencial das outras regiões do País.
Na região, o consumo de energia nas residenciais em abril cresceu 16,6% — com destaque para os estados de Pernambuco (24,6%) e da Bahia (23,4%) — contra 12% do crescimento da demanda comercial e 2,4% do consumo industrial, na comparação abril 2013 com abril 2012.
A EPE lembra, porém, que o ciclo de faturamento nesses mercados contou com dias a mais, comparado ao mesmo período do ano passado, e que descontado este efeito da sazonalidade, a taxa de crescimento da região cairia para 13%, mas ainda assim a maior do país.
Dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmam o crescimento de renda no Nordeste. Na área metropolitana do Recife, por exemplo, a massa de rendimento médio real da população ocupada cresceu 12% na comparação interanual, tendo março como base.
Por outro lado, o resultado do consumo residencial nas regiões Sudeste (0,4%) e Centro-Oeste (1,1%) foi afetado por um menor número de dias no ciclo de faturamento de seus principais mercados, registrando-se queda no consumo residencial no Rio de Janeiro (-2%), em São Paulo (-0,2%) e em Goiás (-4,6%). No Distrito Federal, a taxa de crescimento do consumo das residências foi 0,7%.
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